Embora os cálculos variem, no geral estima-se que 50% do trigo consumido no país venha de fora. O leque de fornecedores é extenso e variável, incluindo países como Argentina, Itália e Ucrânia.
Além de deixar o Brasil à mercê das condições de mercado globais, tal panorama afeta diretamente os custos de produção e as margens da indústria brasileira de snacks, panetones, bolos e biscoitos, que tem no trigo uma de suas principais matérias-primas.
Recordes
A boa notícia é que a sonhada autossuficiência do país em relação ao trigo parece estar mais perto do que nunca.
Para melhorar, relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de fevereiro de 2023 aponta que a próxima safra de trigo do Brasil será ainda maior, cravando a marca de 10,55 milhões de toneladas.
Em entrevista à Abimapi, o engenheiro agrônomo Jorge Lemainski, chefe geral da Embrapa Trigo, afirmou que em em menos de cinco anos o Brasil atingirá a autossuficiência do grão.
Mantido o ambiente mercadológico positivo, o especialista da Embrapa vislumbra que até 2030 a safra brasileira de trigo pode superar a marca de 20 milhões de toneladas colhidas. Trata-se de uma notícia de dar água na boca da indústria brasileira de snacks, bolos, biscoitos e outras guloseimas. Resta torcer para que estas doces previsões se concretizem.