Celebrado em 13 de setembro, o Dia do Amendoim ensejou uma série de ações destinadas à promoção do consumo e da produção da leguminosa, que é utilizada como ingrediente de um leque cada vez mais amplo de snacks e confeitos.
Na lupa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, os produtores paulistas respondem por 90% do cultivo nacional de amendoim. Tal participação tem sido favorecida por uma série de iniciativas, com destaque para o Programa de Melhoramento Genético do Amendoim, que visa atender às novas necessidades e exigências do mercado, principalmente com o desenvolvimento de cultivares do chamado amendoim alto oleico.
“Essa característica é muito importante por reduzir a rancificação do grão e aumentar a vida útil do amendoim processado, além de fazer bem para a saúde do consumidor”, afirma Ignácio Godoy, coordenador do programa.
Com ajuda dos investimentos em pesquisa e melhorias produtivas, a safra paulista de amendoim no período 2022/23 superou em 10,8% o volume colhido no ciclo passado, atingindo 736,3 mil toneladas. O número foi obtido pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati/SAA). Embora o consumo nacional venha aumentando a cada ano, a maior parte dessa produção vai para fora do país.
No estado de São Paulo há três regiões de destaque na produção de amendoim: Tupã, Marília e Jaboticabal. Elas respondem, respectivamente, por 13,6%, 12,7% e 12,2% do cultivo nacional da leguminosa.
Para destacar aspectos relacionados à saudabilidade de produtos industrializados contendo amendoim, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta) lançou recentemente a publicação gratuita Amendoim Industrializado: nutritivo, seguro e presente na cultura brasileira.
Segundo o levantamento, 93,3% dos alimentos à base de amendoim vendidos no Brasil não contêm corantes, 89,9% não possuem antioxidantes e 87,1% estão livres de conservantes. Além disso, a maioria dos produtos analisados oferece aos consumidores doses generosas de proteínas e fibras alimentares.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), que organizou uma viagem com jornalistas para as principais regiões produtoras de amendoim do interior paulista, atualmente o Brasil é o 5º maior exportador mundial da leguminosa. Considerado até pouco tempo atrás uma cultura secundária, o amendoim vem ganhando importância ano a ano. E o potencial de crescimento é enorme. Basta dizer que o consumo per capita nacional é de 1,2 kg/ano, dez vezes menor do que na China, por exemplo.
Imagem: reprodução Linkedin Abicab