Vendas fermentadas

As categorias sob o guarda-chuva da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi) registraram US$ 85,9 milhões em exportações no primeiro semestre de 2020. No total, houve 20% de crescimento em valor, representando um aumento de 73% em volume, equivalentes a 71 mil toneladas (t) vendidas no exterior, na comparação com o mesmo período do ano passado, reporta Claudio Zanão, presidente executivo da entidade.

O resultado, analisa ele, decorre do trabalho desenvolvido pelo projeto Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes, mantido pela associação em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) na busca oportunidades e aproximação entre as empresas nacionais do segmento e potenciais parceiros no exterior.

Zanão, da Abimapi: meta de superar US$ 100 milhões com avanço de 6% no ano.

De acordo com Zanão, apesar do cenário de instabilidade, com atual situação econômica do país e a alta do preço da farinha, a desvalorização do real refletiu favoravelmente nos embarques. “A meta é superar os US$ 100 milhões em exportações sob a previsão de crescimento anual médio de 6% no período”, crava o dirigente, complementando que, para atingir esse objetivo, a Abimapi vem colocando em prática estudos de mercado e pesquisas atualizadas, apresentados por meio de webinars, além de encontros virtuais e rodadas de negócios on-line com compradores internacionais, auxiliando os fabricantes a adequarem seus produtos para exportação. Além disso, os trabalhos têm possibilitado a manutenção de contatos com parceiros atuais e introduzido mais empresas e países interessados em negócios, ampliando as oportunidades.

Segundo os dados da Abimapi, a categoria de biscoitos somou US$ 43 milhões em faturamento e 26 mil t exportadas. Angola, Argentina, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Cuba, Portugal e México foram os destinos que sobressaíram na pauta exportadora.

Massas alimentícias encorparam a categoria que mais se destacou, já que o produto tem um custo baixo e por conta do momento de isolamento é um alimento com uma vida útil maior, atingindo um crescimento de 243% em valor (US$ 12 milhões) e 395% em volume (14 mil t), se comparado ao mesmo período de 2019. El Salvador, Uruguai, Chile e Venezuela se sobressaíram para a conquista desses resultados.

Os pães e bolos industrializados alcançaram aumento de 85% em faturamento, totalizando US$ 29 milhões e 31 mil t em volume, 204% a mais. Quanto aos países de destaque figuram a Venezuela, Uruguai, Portugal, Argentina, Bolívia, Chile, China, Estados Unidos, Japão, México e Paraguai.

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