Tem de ser gostoso
O estudo Consumer Insights 2019 – Aprendizados e Tendências, levado a cabo pela consultoria Kantar Worldpanel e divulgado em julho, analisou os hábitos de 11.300 domicílios que representam o universo de 56 milhões de famílias espalhadas por sete macrorregiões brasileiras. De maneira geral, em 2018, os consumidores da região metropolitana de São Paulo aproveitaram o fim de semana para satisfazer indulgências. Por exemplo, de sexta-feira a domingo, os gatilhos de compra dos produtos à base de trigo foram prazer e sabor, principalmente para as refeições do café da manhã e almoço. De segunda a quinta-feira, prevaleceram saudabilidade e conveniência, com o jantar e ceia noturna como ocasiões de maior consumo dessa categoria de produtos. O atacarejo (cash and carry) é destaque entre os canais e cresce devido ao aumento da frequência de compra, com menor preço, destaca a executiva.
Dentre os itens à base de trigo, os biscoitos formam a categoria de maior peso da cesta Abimapi, da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados, com atuação ainda mais forte entre consumidores (shoppers) até 29 anos. Com relação aos segmentos, os mais consumidos foram os biscoitos doces secos, com 39% do total vendido em 2018 (1,15 milhão de toneladas), correspondente a 448,5mil toneladas, repassa Claudio Zanão, presidente executivo da entidade. Em seguida, reporta ele, aparecem os salgados, com 33% (379,5 mil toneladas) e os recheados, com 19,5% (224,25 mil toneladas).
A Kantar também mostrou que os wafers se destacaram em 2018. Apesar de equivaler a apenas 6,7% do total de vendas, a categoria vem ganhando volume sobre segmentos como os de salgados e recheados e, sobretudo, fidelizando e conquistando novos perfis de compradores. Repetindo o ranking dos últimos três anos, Norte e Nordeste formam a macrorregião que apresentou maior índice de compra, responsáveis por 39,5% do consumo. Em seguida aparecem Leste e interior do Rio de Janeiro (14,6%), Sul (10,7%), Grande São Paulo (9,8%), Interior de São Paulo (9,6%), Centro-Oeste (8,6%) e, por fim, Grande Rio de Janeiro (7,2%). “Estudos assim ajudam o setor a entender os movimentos do mercado, a se antecipar com novidades de acordo com o perfil de consumo de seu público-alvo, bem como nos prepara para atuar diante das atuais tendências”, assinala Zanão.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.