Produtor em primeiro lugar

Lançado globalmente em maio de 2019, o relatório Sustentabilidade 2017/2018 da Cargill Cacau e Chocolate destaca o trabalho feito pela empresa para melhorar a vida dos produtores e suas comunidades nos cinco países onde ela atua – Brasil, Camarões, Costa do Marfim, Gana e Indonésia. “Ele detalha como estamos colocando o produtor em primeiro lugar para agirmos em uma série de questões em todo setor cacaueiro, pois é vital que as nossas ações criem benefícios duradouros para os produtores, suas famílias e comunidades, capacitando-os para assumir a responsabilidade pela sustentabilidade do negócio e alcançar o sucesso como pequenos negócios, ao mesmo tempo que ajudam a proteger nosso planeta”, resume Harold Poelma, presidente da divisão Cocoa & Chocolate.

Poelma: capacitando produtores e lidando com questões urgentes por meio da tecnologia.

Segundo detalha o executivo, a companhia está focada em alcançar uma cadeia de suprimentos mais transparente e em implementar soluções escaláveis, por meio de abordagens baseadas em tecnologia e evidências. Ações recentes foram realizadas com o objetivo de aumentar a capacidade produtiva das propriedades, melhorar a rastreabilidade na cadeia de suprimentos, proteger os recursos naturais e aumentar o acesso aos treinamentos e ações educativas às famílias produtoras de cacau, visando a sua profissionalização. Entre elas, Poelma grifa o treinamento em Boas Práticas Agrícolas (GAPs, em inglês) para mais de 200 mil produtores de cacau em todo o mundo. Somente na Costa do Marfim, por exemplo, as taxas de adoção das GAPs dobraram, passando de 14% para 28%. “Isso permitiu que os produtores aumentassem sua produtividade e passassem a gerenciar suas propriedades de forma mais sustentável”, sublinha Poelma.

Outro ponto alto destacado pelo executivo no relatório é o mapeamento por polígono/GPS de 110 mil produtores. Trata-se do mapeamento realizado em parceria com a Global Forest Watch, de 188.065 hectares de floresta, dentro da cadeia de suprimentos de cacau da Cargill, que estabeleceu uma avaliação basal, identificando a origem do cacau, quais áreas podem estar em risco de desmatamento e também como mitigar esse risco por meio de intervenções específicas.

No diagnóstico completo das necessidades de 137 novas comunidades na Costa do Marfim e Gana, a Cargill atualmente desenvolve um Plano de Ações Comunitárias (CAPs, em inglês), que permite aos líderes comunitários avaliar suas necessidades locais, identificar recursos ou áreas para serem desenvolvidas e definir o caminho a ser perseguido.

Expansão no Cocoa Life
A Mondelez International informa que, até 2025, o programa de sustentabilidade Cocoa Life, implementado pela companhia no país no ano passado, vai garantir a entrega de todo o cacau necessário para a produção de suas marcas de chocolate. O anúncio foi feito após a companhia reportar a evolução do programa em seus primeiros seis anos. Criado em 2012, o Cocoa Life fornece apoio aos produtores já existentes na rede de suprimentos da companhia e busca o aumento de sua produtividade, bem como a prevenção do desmatamento. A expansão do programa deve avançar sobre os seis países em que a Mondelez atua em originação de cacau: Gana, Costa do Marfim, Indonésia, República Dominicana, Índia e Brasil.

Atualmente, 43% das marcas de chocolate da Mondelez adquirem cacau através do Cocoa Life. Até 2025, marcas como Toblerone e a brasileira Lacta também serão abastecidas de cacau apenas pelo programa, como hoje já ocorre com os chocolates Milka, Côte d’Or e Cadbury Dairy Milk.

Pagamentos digitais
A tecnologia cumpre uma função essencial para informar e acelerar o impacto da companhia nas regiões de originação de cacau. Usando pagamentos digitais, os produtores podem receber o valor de forma segura e oportuna pelas amêndoas, enquanto um sistema de gerenciamento cooperativo digital, utilizado pela Cargill, garante que os produtores e as cooperativas tenham autonomia para gerenciar suas operações.

Para Poelma, a integração da tecnologia em toda a cadeia de suprimentos também gera maior confiança e transparência – da amêndoa de cacau até a barra de chocolate. Os dados de mapeamento por polígono e as soluções eletrônicas de rastreabilidade das amêndoas mostram como a empresa projeta e implementa seus programas de sustentabilidade, ajudando os clientes a atenderem às demandas dos consumidores preocupados com a origem dos produtos que consomem.

O relatório deste ano, completa o dirigente, reflete a abordagem abrangente da Cargill quanto à sustentabilidade, que considera vários problemas distintos, porém interconectados, e incentiva a colaboração entre as partes interessadas para alcançar prosperidade no setor de cacau. Um dos destaques é o progresso alcançado nas cinco metas de sustentabilidade, que estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e foram adotados pela Cargill em 2017. Elas, aliás, fazem parte do Cargill Cocoa Promise, programa da companhia para melhorar a vida dos produtores de cacau e suas comunidades. “A jornada rumo às práticas de negócio sustentáveis é muito maior do que as ações ou interesses de qualquer empresa. Formando parcerias com outras organizações e contribuindo com nossas forças individuais, podemos conseguir, juntos, uma transformação fundamental e duradoura,” frisa Poelma. ■

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