O mágico Choco OZ

A curitibana OZ Candy Company pode ser ainda desconhecida do grande público. Mas o seu Choco OZ, linha de chocolate premium, totalmente inédita e inusitada, já coleciona fãs. Desde felizardos que encontram as barras de 100g e 40g nas lojas Dufry em oito aeroportos do Brasil a clientes das redes Zona Sul, no Rio de Janeiro, e Mambo, Eataly e St Marche, em São Paulo. Em Curitiba e grandes centros do Paraná, os chocolates e snacks da OZ Candy Company viraram hits nas redes Festval, Muffato e Angeloni. “Em breve, estaremos no Pão de Açúcar também, a bordo de uma gôndola-display exclusiva com 38 itens”, anuncia Rafael Nunes, criador da grife e encarregado geral da OZ, da formulação dos confeitos ao desenho das embalagens, vendas e divulgação da marca. Com formação ligada à distribuição de vinhos, ele se inspirou na unidade de medida (onça) para batizar a empresa e não na fábula o Mágico de Oz, do escritor norte-americano L. Frank Baum, como muitos acreditam.

Nunes, da OZ Candy Company: aplicação de conhecimentos do negócio de vinhos em chocolates.

Toda a linha de chocolates, no entanto, incorpora o clima e encantamento desse tipo de estória, do logo da marca, cuja estampa Nunes associa ao desenho em botas de cowboys do Velho Oeste, às embalagens finais dos chocolates elaboradas com papel cartão kraft e design estilo vintage, conferindo aspecto artesanal às barras. Para criar atmosfera lúdica, a Choco OZ mescla embalagens coloridas, com traços arrojados e elementos retrô, que reforçam o lado inusitado da marca, causando impacto no ponto de venda (PDV). A aparente contradição de inovar através de uma apresentação que sugere algo antigo é apenas o lado A da boa receptividade à linha Choco OZ. É através do sabor, ou melhor, dos sabores, traduzidos em dezenas de versões, que o chocolate da marca sobressai. Já conhecido por provocar sensações e despertar lembranças assim que começa a derreter na boca e revelar sua cremosidade, o Choco OZ se insere como sinônimo de prazer.

Além disso, tudo é exclusivo na linha, inclusive o formato da barra, composta por 17 pastilhas confeccionadas com chocolates combinados e harmonizados com diversos tipos de recheios entre versões cremosas, com castanhas (nuts) ou biscoitos e candies. A variedade de sabores conta com mais de 80 opções combinadas a temas como Sabores do Brasil, Sabores do Mundo, Sólidos, Nuts, Biscoitos, Drinks, Sólidos Premium e a linha Zero, sem adição de açúcares. “Quando pensei a Choco OZ quis associar nossa marca com a criatividade e qualidade das matérias-primas produzidas aqui no Brasil, oferecendo um produto único e diferente”, resume Nunes, acrescentando que, para alcançar os resultados desejados, ele faz pesquisas e ensaios exaustivos até conseguir desenvolver a massa de chocolate mais macia e cremosa e menos doce possível.

Avanço em canais
“Outro diferencial é a grande variedade de sabores, através do desenvolvimento de recheios exclusivos, inclusive algumas combinações inusitadas que traduzem a nossa proposta de sempre proporcionar uma nova experiência ao consumidor”, assinala o empresário.

O início nada convencional da OZ Candy Company é outra marca registrada da trajetória de Nunes. Para fabricar o primeiro mostruário, há cerca de dois anos, o investimento veio da venda de duas garrafas raras de vinho, cuja coleção ele havia iniciado. Com um portfólio de seis sabores, realizou a primeira venda na Apas Show de 2017 e não parou mais. Ele considera ser “sorte”, mas o fato é que nesse início conseguiu colocar o ChocoOZ no Hotel Fasano e na Galeria dos Pães, ambos em São Paulo, realização que se transformou em cartão de visita da marca, viabilizado o avanço em mais canais.

Para alcançar e manter o patamar de qualidade da linha, Nunes também fugiu às fórmulas convencionais. Utilizou temperadeira compacta na cozinha da própria casa para formular cada versão, terceirizou a produção inicial e, somente no último ano, adquiriu refinadeira e investiu em moldadora e moldes para assumir toda a produção de barras.

“Excecionalmente, nesse período de Páscoa, em que a demanda geral aumenta, vamos produzir 200 mil unidades”, anuncia o empresário. Para ele, um dos segredos do “bom chocolate” é não operar alta escala. A Choco OZ utiliza torrefadora de grãos de cacau de 500 quilos por batch e uma refinadeira Universal, adquirida no site especializado em itens de segunda mão OLX, de igual capacidade. Segundo Nunes, o grosso do cacau (liquor) utilizado é fornecido por uma processadora nacional e, ao menos por enquanto, a empresa não cogita partir para o modelo bean-to-bar (do grão à barra) para produzir o Choco OZ. ■

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