Nossa indústria está atenta às demandas dos consumidores

Festa Junina

Na entrevista a seguir, Ubiracy Fonsêca, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas – Abicab, analisa estratégias para alavancar as vendas juninas e algumas das principais tendências do setor, como o aumento da participação do e-commerce e dos atacarejos nas vendas. Ele também fala sobre o que a indústria de amendoins tem feito para salvaguardar a qualidade dos produtos na ponta do varejo e atender às demandas de consumidores cada vez mais preocupados com saúde e bem-estar.

Ubiracy Fonsêca
Ubiracy Fonsêca
O que destacaria em termos de qualidade nutricional do amendoim?

Apesar de ser uma leguminosa, o amendoim também compartilha inúmeras propriedades e benefícios com as oleaginosas, como as nozes e amêndoas, porém, com um valor muito mais acessível aos consumidores. A leguminosa contém gorduras saudáveis, principalmente as mono e poli-insaturadas, além de boa quantidade de proteínas vegetais, baixo em carboidratos, rico em vitaminas E, biotina, vitaminas do complexo B, fósforo, magnésio, dentre outros.

Quantas empresas têm o selo Pró-Amendoim hoje? Quando e por que o selo surgiu?

O selo Pró-Amendoim foi criado em 2001 com o objetivo de elevar a qualidade e gerar valor na cadeia produtiva do amendoim, com a premissa de produzir alimentos com ótima procedência e seguros ao consumidor. Neste ano completou 22 anos de atuação. São 12 empresas participantes, que passam por rigorosas auditorias em suas fábricas e têm alcançado conformidade de 100% em seus produtos. A Abicab organiza monitoramentos frequentes por todo Brasil através de auditoria e análises por laboratório acreditado pelo Inmetro. Como resultado, o Brasil é reconhecido pela qualidade do seu produto de amendoim, sendo o Programa Pró-Amendoim o principal responsável por garantir a segurança e a qualidade dos produtos fabricados à base de amendoim, cumprindo os requisitos da legislação.

Qual a importância das vendas online para o setor hoje?

Desde a pandemia, nossos setores se ajustaram rapidamente e investiram ainda mais em seus canais de venda online, parcerias com marketplaces e aplicativos de entrega. O novo perfil do consumidor prioriza a facilidade da pesquisa, conforto, rapidez na entrega e o cuidado no recebimento do produto. Isso fez com que diversos produtos chegassem a todos os lares brasileiros, aumentando a popularidade do e-commerce das empresas. No entanto, o varejo tradicional e as lojas ainda são os canais mais relevantes para nossa indústria.

Como avalia o impacto da crise das lojas Americanas – que sempre foram muito associadas às vendas de candies – na indústria brasileira de snacks e doces de amendoim?
A Abicab segue acompanhando as atualizações da Americanas, considerada importante parceira de negócio das empresas representadas pela Entidade. Reforçamos que as indústrias atuam para atender às necessidades dos consumidores, garantindo o abastecimento em multicanais e a disponibilidade de seus produtos.

O que a indústria tem feito para atender os consumidores com restrições alimentares, que estão interessados em saúde e bem-estar?

A indústria de alimentos está atenta às demandas dos consumidores e busca constantemente trazer ao mercado novos produtos, incluindo produtos destinados aos consumidores com restrições alimentares. Também é importante lembrar que a Abicab reforça a importância de uma dieta equilibrada e consumo porcionado dos produtos.

Qual a importância dos atacarejos para o giro de doces e confeitos? Como a indústria tem se adaptado a essa crescente tendência do setor de distribuição?

De acordo com os últimos dados contratados pela Abicab da Kantar Worldpanel, o atacarejo cresceu 4,1% em variação de unidades referente ao terceiro trimestre de 2021 comparado com o mesmo período de 2022 no Total Bens de Consumo Massivo. Essa tendência também ocorre para mercearia doce. De forma geral, considerando compras para dentro do lar, consumidores buscam a omnicanalidade, que segue como uma forte tendência. O que confirma o empenho das indústrias no investimento em seus canais de venda online, parcerias com marketplaces e aplicativos de entrega, além das vendas no varejo. ■

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