Forte alta à vista

Ronaldo Lima Santana
Ronaldo Lima Santana

O mercado internacional de açúcar apresentou forte alta de preços a partir da segunda quinzena de setembro.
Questões como recuperação da demanda neste ano de pandemia, oferta da Ásia, subsídios indianos para as exportações e impactos que o clima seco no Centro-Sul do Brasil pode trazer para a próxima safra têm gerado indefinições no mercado, dando suporte ao movimento de alta verificado nos preços.
O gráfico ao lado mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o 1º vencimento.
No plano doméstico os preços do açúcar apresentam elevação desde meados de setembro, acompanhando a movimentação no cenário internacional.
Com os preços externos do açúcar cada vez mais altos, as vendas internas dos produtores no Centro-Sul vivem um momento de euforia.
A restrição de oferta vem se mostrando mais evidente desde o início de outubro. Várias unidades produtoras
elevaram suas “pedidas”, com usinas ofertando produto
a preços com prêmio sobre o mercado externo.
O gráfico ao lado apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia e Esalq.
As exportações brasileiras de açúcar na safra 2020/21 devem se aproximar ou mesmo superar 30 milhões de toneladas (t), com ajuda de um real desvalorizado, cravando um recorde nacional, segundo previsões da JOB.
No acumulado de abril a setembro da atual colheita de cana-de-açúcar, o volume exportado da commodity foi de 17,83 milhões de t, cerca de 82,6% acima do registrado no mesmo período da safra passada.■

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