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Fruto de investimento de R$ 550 milhões e com as obras adiantadas, a fábrica de pectina HM da Cargill em Bebedouro (SP) deve entrar em operação no primeiro semestre de 2021. O projeto visa fortalecer e diversificar o portfólio desse insumo da empresa para atender a uma demanda global, com taxa de crescimento de cerca de 3 a 4% ao ano, estima Laerte Moraes, diretor de negócios de Amidos, Adoçantes e Texturizantes da Cargill na América do Sul. A companhia, ele posiciona, possui atualmente outras três plantas produtoras de uma ampla gama de pectina na Alemanha, França e Itália. A pectina HM é um agente texturizante à base de frutas cítricas usado na produção de doces, compotas, sucos e bebidas lácteas.
Mesmo em um cenário de pandemia e com a obrigação de seguir rígidos protocolos de saúde, a construção da estrutura da fábrica está dentro do previsto e acumula até o momento mais de 96 mil horas de trabalho, de mais de 500 trabalhadores, projetando um pico de cerca de 700 pessoas no projeto total. Os próximos passos incluem a finalização da construção e a contratação de cerca de 100 posições diretas a serem alocadas na planta.
“Em poucos meses, a fábrica entra em operação com o compromisso de entregar esse projeto no prazo estipulado, de acordo com o orçamento e com todas as métricas de segurança”, assinala Moraes. A produção, acrescenta, atenderá não só o mercado local, mas também o global, com crescente demanda dos consumidores por ingredientes cada vez mais naturais, principalmente, vindas do mercado asiático.
À base de frutas cítricas, a pectina HM é um agente texturizante versátil, que confere diferentes funcionalidades, tais como estabilização, espessamento e gelificação, amplamente utilizadas na indústria de alimentos para preparação e obtenção de bebidas lácteas, sucos, doces de fruta e balas, entre outras aplicações. “Esse investimento reforça o compromisso da Cargill com seus funcionários, com seus clientes e com o desenvolvimento sustentável do Brasil. Vamos impulsionar nossa atuação no país e seguir investindo na modernização e ampliação de nosso portfólio de negócios na região”, frisa o executivo.
A divião Cargill Amidos, Adoçantes e Texturizantes processa milho, trigo, algas marinhas, cascas de frutas, girassol, colza e soja para fabricar um portfólio abrangente de ingredientes com valor agregado, dedicados às indústrias de alimentos e bebidas. A fim de melhorar o relacionamento com os clientes e impulsionar o crescimento sustentável, a companhia adota uma abordagem única para cada categoria. No setor de nutrição, exemplifica Moraes, ela se concentra em inovações de fibras e proteínas, enquanto as ofertas industriais são projetadas para fornecer soluções renováveis ​​que gerem valor para os clientes. O portfólio inclui xaropes de glicose, de frutose, de maltose, dextrose, poliois de baixa caloria e adoçantes sem calorias à base de estévia; amidos (nativo, funcional, modificado), maltodextrinas, lecitinas (fluidas, desidratadas, fracionadas e modificadas), carragenas, pectinas e biopolímeros (xantana e escleroglucana). ■

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