Copo meio cheio ou meio vazio?

Alta de 1,35% ou queda de 2,27%? Apurada pela Fundação Instituto de Administração, da Universidade de São Paulo (FIA/USP) , a pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad) indica mensalmente os dados preliminares da evolução do setor atacadista distribuidor, apontando em termos nominais o avanço, estabilidade ou declínio da atividade. Vale lembrar que, apesar do avanço do autosserviço, o atacado responde pelo maior volume da distribuição nacional de candies e, por isso, o seu desempenho equivale a um termômetro da demanda no setor. Em nota divulgada no início de fevereiro, a entidade insere segundo seu banco de dados que, embora o ano tenha sido desafiador, o setor superou a meta de crescimento de 1% em 2018. Uma lupa nos números confirma que, em termos nominais, a pesquisa captou crescimento de +1,35% entre janeiro e dezembro do último exercício na comparação com o mesmo período de 2017. Em relação ao mês de dezembro de 2017, a alta foi de +3,5% e, no confronto mensal de novembro para dezembro de 2018, o desempenho também foi positivo: +2,05%. Segundo a Abad, o ano foi difícil e desafiador para todos. Mas ainda assim o setor conseguiu um crescimento modesto.

Em termos reais, repassa a Abad, o faturamento do setor cresceu 1,9% na comparação mensal entre dezembro e novembro de 2018, completando o terceiro mês consecutivo de crescimento real nessa base de comparação. Mas no acumulado do ano, de janeiro a dezembro, houve queda de -2,27%. Em relação ao mês de dezembro de 2017, a queda foi de 0,24%, crava a entidade, assinalando que todos os números tiveram evolução positiva frente ao mês anterior. Para os dirigentes da Abad, o crescimento consistente virá com a continuidade da redução do nível de desemprego, quadro que deve se consolidar gradativamente. A expectativa é pelas reformas estruturantes que o governo deve propor nos próximos meses. Elas devem reanimar ainda mais o setor no sentido de bancar investimentos e gerar emprego, disponibilizando renda para o consumo. Com isso, a roda da economia começa a girar retomando um ciclo positivo. A entidade destaca ainda que a expectativa para 2019 do setor é crescer em torno de 3%.

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