O cenário é de pressão de oferta de curto prazo no mercado internacional de açúcar. Estoques globais relativamente altos em alguns países exportadores criam ambiente baixista para preços. E a valorização do dólar motiva o movimento de baixa nas cotações das commodities.
Os fundos, no mercado de futuros da Bolsa de Nova York, operaram vendas na semana inicial de março, reforçando a queda de preços verificada.
Na semana de 4 a 8 de março prevaleceram dúvidas crescentes sobre a performance do governo Bolsonaro para comandar a economia do Brasil e fazer as reformas necessárias, em particular, a da Previdência, com apoio do Congresso Nacional, criando assim um ambiente propício à desvalorização do real, que caminhou para R$ 3,90/US$.
No campo externo, contribuiu para a valorização do dólar o corte nas previsões de crescimento e inflação da União Europeia. Em função disso, o Banco Central Europeu postergou para 2020 eventuais aumentos na taxa de juros.
No mercado de açúcar do Centro-Sul brasileiro, a liquidez segue reduzida desde o inicio de março e os preços seguem em queda sem suporte do mercado externo.
O desconto médio de preços do açúcar cristal apurado pelo Índice JOB Economia em relação ao Índice Esalq, na primeira semana de março se elevou para 14,6%, maior patamar da safra atual e ocorre diante de uma maior oferta de açúcar de qualidade inferior, verificada desde o inicio de janeiro.