Um sopro de retomada

A persistente instabilidade econômica do país acabou impactando a trajetória de crescimento da indústria brasileira de chocolates, biscoitos e confeitos (confectionery). Apesar das medidas de praxe para segurar produção e vendas, o setor precisou redimensionar a oferta à demanda diante de uma desaceleração cada vez mais acentuada. Com PIB (Produto Interno Bruto) praticamente estagnado, o desempenho do setor nacional de confectionery refletiu previsões de estabilidade com viés de baixa. Nichos de mercado, no entanto, alcançaram alguma projeção, a exemplo dos segmentos de chocolates, biscoitos e candies especiais, de apelo indulgente ou funcionais, de maior valor e preço final, desdobrados de macrotendências globais de nutrição e alimentos. O consumo decorrente do fortalecimento no poder aquisitivo, fruto de uma política econômica implementada e mantida por duas décadas, continuou sendo o principal combustível da demanda de chocolates e candies até se exaurir com a recessão. Com produção e vendas declinantes em 2014 e 2015, o setor de confectionery não conseguiu estabilizar a demanda geral nos exercícios seguintes, consolidando a queda com índices baixos nos últimos cinco anos. Um sopro favorável bafejou os últimos dois semestres, com variação positiva na produção e consumo aparente de chocolates e candies, confirmam dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), ainda em processo de consolidação.

A melhora na renda e o fortalecimento de classes sociais emergentes, ao longo das últimas duas décadas, revitalizaram a atividade do setor de confectionery, estagnada durante os anos 1970 e 80 no Brasil. Com isso, um vasto contingente de consumidores ingressou no mercado e o salto dessa demanda revitalizou as perspectivas de crescimento do setor. Em paralelo, mudanças nos hábitos de consumo – de um lado mais indulgente e, de outro, interessado em saudabilidade e sustentabilidade – foram realinhadas a um perfil que passou a predominar no cenário doméstico. Além de uma renovação em todas as frentes de guloseimas, a formação desse público determinou o freio na estagnação verificada em períodos anteriores.

Detentora de fatia em torno de 9% do PIB nacional, a indústria de alimentos em geral (incluso bebidas) não passou incólume por uma das piores recessões da história do país. Ainda assim, fechou 2017 com receita da ordem de R$ 642,6 bilhões, cravando crescimento nominal de 4,6% em relação a 2016, capta a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia). Segundo a entidade, a produção do setor registrou alta de 1,3%, com melhora em relação a 2016, quando houve recuo de -1,0% no índice. As vendas também foram reabilitadoras, com avanço de 1,4%, ante a queda de -0,6% no período anterior. Já as exportações do setor diminuíram 2,5% em 2017, para R$ 124,1 bilhões; e a participação do setor de alimentos e bebidas no total dos embarques ficou em 17,9%.

Depois de dois anos consecutivos de quedas na produção, vendas e investimentos, as indústrias de alimentação previam uma retomada do crescimento no início de 2017. Essa expectativa levava em conta a previsão de crescimento da safra de grãos em relação ao ano anterior, a inflação mais baixa, a perspectiva de estabilização no nível de desemprego e de melhora geral na economia, com a aprovação de reformas pelo governo.

Com base nesse quadro, a Abia projetou para 2017 uma retomada que confirmou os prognósticos iniciais para a produção de alimentos. Houve, nesse período, uma migração do consumo de fora para dentro dos lares e, à medida que se consolidar alguma recuperação na economia, a expectativa é a de que o food service volte a crescer de forma mais acelerada que o varejo alimentar.

Menor em volume e mais encorpado em valor, o consumo brasileiro de chocolate segue ainda consistente e hoje se desdobra em várias frentes. Além de sinônimo de indulgência, continua sendo um dos últimos itens da lista de supérfluos a ser cortado na crise, pelo relativo baixo desembolso diante da recompensa que proporciona. Por uma singularidade brasileira, transformou-se em alternativa ao desemprego, com uma parcela de consumidores aderindo à produção artesanal para complementar a renda doméstica.

A data em que o consumo tradicionalmente cresce acima da média é a Páscoa. Acompanhando a estabilização na produção e demanda, a comemoração em 2018 seguiu o figurino. As grandes fabricantes de chocolates no país registraram um desempenho entre a estabilidade e crescimento nominal de 5-10%. O volume de chocolates produzido para a Páscoa de 2018 mostrou total descolamento da movimentação no varejo. Em 2017, foram produzidas 9 mil toneladas (t) de chocolate, o equivalente a 36 milhões de ovos. Se comparado à produção de 2016, o volume é 38% menor – a pior campanha da indústria chocolateira em três anos. Em 2016, foram 14,3 mil t e 58 milhões de ovos. Em 2015, foram 19,7 mil t e 80 milhões de ovos, repassa a Abicab.

Assim, a data mais importante para o setor no ano deixou um sabor amargo em 2016 e 2017, quando a produção cedeu em torno de 50%. Para a Abicab, o período foi atípico e, apesar da queda, o setor mostra disposição para recuperar o terreno cedido nas próximas campanhas.

Pelo monitoramento da entidade, o mercado de chocolates registrou avanço de 0,3% em 2017, comparado ao período anterior, totalizando 491 mil t. Embora represente avanço em relação a 2016, o resultado ficou abaixo das 507 mil t produzidas em 2015 e das 553 mil t atingidas no exercício precedente. Pelas estimativas da consultoria Euromonitor International, as vendas de chocolates no Brasil devem cravar avanço em torno de 7% em volume em 2018, para 274,5 mil t. Em valor, a alta prevista é de aproximadamente 11%, para R$ 13,284 bilhões. Nos últimos cinco anos, capta a Euromonitor, as vendas de varejo de chocolates saíram de R$ 12,093 bilhões em 2013 para R$ 13,284 bilhões, projetando avanço de 9,8% para 2023, equivalentes a R$ 14,519 bilhões.

Os dados da consultoria de inteligência de mercado Mintel também confirmam a retomada das vendas de chocolate no país, projetando já para o próximo ano uma receita de R$ 14,646 bilhões, equivalente ao consumo de 293,5 t. Os dados representam alta de 6,4% em valor e 2,2% em volume, em relação à projeção de 2018. Segundo ainda a Mintel, o mercado de chocolate acusou avanço de R$ 45,81 para R$ 47,95 no preço por quilo de 2018 em relação ao exercício anterior, com estimativa de subir para R$ 49,9 no ano que vem. Já o volume consumidor por quilo variou de 1,351 para 1,372 no ano passado, projetando 1,393 para 2019.

Aquisição sem fim
Anos depois de ter vetado a compra da Garoto pela Nestlé, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciou no primeiro semestre de 2016 a disposição de reavaliar o caso, a pedido da companhia suíça. Ela havia encaminhado em dezembro de 2015 uma revisão do ato de concentração Garoto/Nestlé, embasada por uma proposta de solução para a situação, pendente de decisão judicial desde 2010.

Na última década, a expansão das redes especializadas na venda de chocolates e o segmento de variedades premium transformaram o mercado chocolateiro no Brasil. Esse avanço no consumo e na competição pode ser um dos trunfos da Nestlé em seu pedido de reavaliação da compra da Garoto. Um levantamento do Departamento de Estudos Econômicos do Cade, publicado no site do órgão antitruste, reconhece que o mercado teve “significativas mudanças” e que a grife suíça já não desfruta o mesmo domínio anterior.
Acrescentando mais capítulos à novela da compra da Garoto há 15 anos, o Cade mantém pendente um recurso contra a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) determinando ao órgão antitruste a realização de um novo julgamento.

Em 2004, dois anos após a aquisição, o órgão impôs veto à operação alegando que havia potencial lesivo à concorrência, com a concentração de mais de 58% do mercado de chocolates no país pela junção das duas companhias. À época da compra da Garoto, inexistia legislação regulatória exigindo autorização prévia da autarquia para a conclusão de fusões e aquisições, fato que passou a valer depois de 2012 com a entrada em vigor da nova lei do Cade. A Nestlé, por sua vez, ingressou na Justiça comum para reverter a decisão. Mas em paralelo, o conselho e a companhia tentaram encerrar a disputa no Judiciário com um acordo no âmbito administrativo, envolvendo a venda de um pacote de ativos, que não se concretizou.

Passada mais de uma década do julgamento inicial, mais empresas ingressaram em alguns segmentos, novos canais de distribuição se desenvolveram, as preferências dos consumidores também evoluíram e tudo isso aconteceu em um ambiente mais amplo de mudanças econômicas e sociais. As três maiores empresas do setor (Nestlé, Garoto e Mondelez) mantêm sua liderança, mas já se percebe que esse domínio não é predominante.
Atentas às mudanças no setor e a uma demanda diferenciada, as redes de chocolaterias como Cacau Show, Brasil Cacau e Kopenhagen (Grupo CRM) degustam uma expansão que mudou de vez a concorrência. Pelos radares da Abicab, essas redes especializadas saltaram de 200 lojas para mais de 4 mil em uma década. Ganhando cada vez mais espaço e relevância, o segmento de chocolates premium já se aproxima de 7% da produção nacional, estima a entidade.

O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de chocolates no mundo e continua exibindo potencial para avançar. Cada brasileiro consumiu, em média, 2,5 quilo do produto em 2017, quase o dobro de dez anos atrás, porém menos que a metade dos Estados Unidos.

Consumo per capita
Operando próximo ao limite de sua capacidade desde a década passada, o setor chocolateiro nacional vinha bombando até 2014. As mudanças nos hábitos, com conceitos como o de saudabilidade em alta nas escolhas do consumidor, acentuaram esse cenário. Em 2015, no entanto, a demanda sinalizou um início de saturação. A agitação em torno da produção, venda e consumo de chocolate no Brasil não tem precedentes em toda trajetória dessa categoria de alimento. Para se ter uma ideia da dimensão dessa evolução, há 40 anos o consumo per capita de chocolate no país, então com 90 milhões de habitantes, girava em torno de 300 gramas. A primeira e única campanha em prol do aumento da demanda que se tem notícia, envolvendo os principais fabricantes , foi levada a cabo nos anos 1970 e o índice saltou para cerca de 800 gramas. Desde 2010, o consumo brasileiro oscila entre 2 e 3 quilos/habitante/ano, volume considerado ainda modesto, mas com crescimento acelerado nos últimos anos. De vilão da alimentação, o chocolate virou a estrela do ramo funcional, entrando para a lista dos alimentos que comprovadamente trazem benefícios à saúde. A tiracolo dessas constatações, proliferam empreendimentos tanto do lado do fornecimento como da venda ao varejo. Em suporte a essa onda, também se multiplicam eventos como workshops, congressos e feiras.

A indústria, por seu turno, despejou investimentos condizentes com o avanço da demanda interna e externa. Esses recursos, no entanto, começaram a rarear quando o ambiente econômico-financeiro se estagnou e o PIB do país veio abaixo. Entre os empreendimentos bancados nesse período sobressai o do Grupo Vonpar, atual controlador da Neugebauer. Fundada em 1891, essa fábrica de chocolates está hoje instalada em terreno de 110 mil metros quadrados e se interliga à estrutura da divisão de balas e pirulitos da companhia, em Arroio do Meio (RS), totalizando um complexo de mais de 30 mil metros quadrados. O projeto da planta de chocolate segue o figurino das mais modernas instalações para processamento de cacau em todo o mundo. Ela reúne maquinário de procedência europeia, basicamente da Suíça, Alemanha e Itália, elevando a capacidade anterior em cerca de 200%. Com isso, a Vonpar triplicou os volumes de produção e a capacidade total da unidade hoje oscila entre 2-3 mil t mensais de diferentes tipos de produtos (barras, confeitos e bombons).

Potencial regional
O consumo de chocolates no Brasil ainda é considerado baixo. Um dos fatores desse quadro é o desafio logístico para cobertura da distribuição, consideradas as dimensões continentais do país. Um estudo da Mintel sustenta, entre suas conclusões, que o desenvolvimento do Norte/Nordeste brasileiro se insere como um importante foco do mercado. A consultoria observa que o aproveitamento do potencial de consumo, principalmente dessas duas regiões, tem se tornado um ponto essencial para a indústria. Assim, 47% dos consumidores do Norte e 38% do Nordeste pertencem à classe C, um total equivalente a 27 milhões, além de 28 milhões da classe D. A atração da indústria em particular pela região é fruto dos significativos 58 milhões de nordestinos e sua baixa participação no PIB (13,1% contra 16,5% no Sul). A flagrante melhora na economia regional tem impulsionado um forte interesse e investimentos. Ainda assim o nível de consumo de chocolate permanece muito mais alto no Sul/Sudeste.

Em média, o brasileiro consome 200 gramas de chocolate do tipo bombom per capita ao ano e 170 gramas de chocolate tipo tablete. No Norte/Nordeste, porém, essa referência representa apenas um quarto da média nacional. Mesmo assim, essas regiões experimentaram um crescimento de três dígitos no consumo de chocolates na década de 2000, contra um aumento de 37% no Sudeste, no mesmo período. O consumo médio no Norte/Nordeste, no entanto, permaneceu abaixo da média nacional com valores aproximados a 60 gramas per capita. A indústria chocolateira vem implementando projetos para expandir a produção local e atender à crescente demanda regional. Desde 2010, um pouco mais de um quinto dos consumidores afirmam que estão consumindo mais chocolates do que em anos anteriores. Nesse mesmo período, quase um terço dos consumidores no Sul disseram que aumentaram a compra do produto. A principal diferença entre as regiões está na quantidade de chocolates comprada em cada ocasião. Persiste ainda uma diferença entre o número de consumidores no Nordeste que come barras individuais tamanho padrão (48%) comparado aos do Sul (64%).

Apesar do consumo interno muito abaixo do seu potencial, a indústria brasileira se posiciona entre os maiores produtores globais de chocolate. Ao ultrapassar a França, em meados da última década e, mais recentemente, o Reino Unido, o Brasil ascendeu ao terceiro lugar, revigorando um cenário marcado no passado pela estabilidade. Por mais de dez anos o país se manteve na quinta colocação, com produção e consumo de chocolate estagnados. Desde 2010, o setor mantém a atual colocação de destaque no ranking global, deixando para trás as indústrias chocolateiras francesas, italianas, suíças e dos países baixos, tidos como ilhas de excelência na produção do alimento. Na atual posição, o país só perde para os EUA e Alemanha, ficando à frente de potências como o Reino Unido, França e Itália.

A estabilidade econômica conferida pelo Plano Real nos anos 1990 trouxe maior poder de compra às camadas de baixa renda, conduzindo o mercado brasileiro a uma faixa que supera 100 milhões de consumidores. O país se transformou dessa forma em foco dos investimentos internacionais, sendo chocolates, biscoitos, snacks e candies as opções de maior destaque no menu de guloseimas. Pelos dados oficiais a produção brasileira de chocolates, que rondava a faixa de 200 mil t no início dos anos 90, alcançou volume acima de 300 mil t na virada do milênio e, na atual década, se sustenta em faixa superior a 400-500 mil t.

Pelos registros da Abicab, no período de 1992 a 2000, o consumo aparente de chocolate saltou de 169 mil t para 313 mil t, com picos acima de 300 mil t desde 1996, porém caindo para 298 mil t em 2001 e 2003. Desde 2006, a demanda vem se mantendo em patamar acima de 450 mil t, batendo em 500 mil t em 2010 e 585 mil t, em 2011 (ver gráfico à pág. 11).

Turbinada pela valorização da moeda, logo após a estabilização da economia, a abertura comercial do país deu asas às importações de chocolate. De menos de 500 t, em 1992, elas saltaram para patamar acima de 20 mil t nos exercícios finais da década. Mas a desvalorização do real em 1999 e a flutuação para cima da moeda fizeram com que o desembarque antes crescente de chocolate fosse contido. Esse movimento voltou a tomar pulso, a partir de 2010, com a importação na faixa de 25 mil t, na média dos últimos cinco anos.

As exportações, por sua vez, mantiveram-se estabilizadas ao longo da década passada na faixa de 30 mil t. Com o estímulo abalado pela valorização do real, os embarques, declinantes desde 2013, haviam caído para 28 mil t em 2016. Segundo dados da Abicab, elas mantiveram o recuo em 2017, mas sinalizam retomada desde o segundo semestre de 2018.

Na categoria de chocolate, um dos filões mais disputados no país é o de bombons do tipo bola (11%) que, somados a outras variedades como as caixas sortidas (35%), abocanha 46% da demanda total da categoria (ver gráfico à pág. 8). Os tabletes (30%) e linhas de impulso como snacks do tipo bite size (15%) e candy bars (6%) vêm em seguida, com mais da metade da preferência dos consumidores, cabendo os restantes 3% a confeitos de formatos diversos e coberturas. Fora do chamado consumo continuado, que ocorre durante todo o ano, a demanda de chocolate pode aumentar em até 20-30% entre maio e setembro, por conta dos meses mais frios no Brasil. Em março e abril, período de comemoração da Páscoa, ela cresce fortemente em relação às épocas de giro mais baixo.
Na faixa de 2,5 quilos por habitante/ano, o consumo per capita atual de chocolates também é considerado baixo e acusa uma variação bastante acentuada conforme a região do país. Chega a oscilar de 0,5 a 1 quilo nas áreas mais quentes, como o Norte e Nordeste, a 2,5-3 quilos no Sul e Sudeste, que concentram os maiores centros consumidores.

Revitalização do mercado
O mercado brasileiro de candies abrange uma gama ampla de confeitos doces (balas, pirulitos, chicles) que, a exemplo do que ocorre em outras categorias de alimentos, hoje busca se revitalizar, incorporando tendências globais da ala de nutrição e saúde. Mas o convívio ao longo de muitos anos com um quadro de superoferta transformou o segmento em um balcão de vendas de commodities. Sem perspectivas de exportar maiores volumes e, mesmo assim, com baixa rentabilidade, a categoria foi buscar novos filões de consumo doméstico e a radiografia atualizada flagra a disseminação farta nas apostas em desenvolvimentos de maior valor agregado. Mesmo assim, desde 2014, acentuam-se déficits na produção e consumo. Levantamento da Abicab capta que a partir de 2016, a produção de candies voltou a operar no azul, com alta de 1,3% em relação ao ano anterior. Mas em 2017, voltou a recuar, com déficit de 0,5% na produção.

A projeção de um PIB na faixa de 4%, em meados da última década, reacendeu a disposição do setor brasileiro de confectionery de retomar as vendas internas. O giro de candies açucarados no balcão doméstico permanecia mergulhado em fogo brando havia anos. Para sacudir essa estabilidade, a indústria foi buscar as gôndolas externas e conseguiu, através de embarques crescentes, neutralizar a quase ociosidade nas linhas de produção. De 1999 a 2004, as exportações vingaram com saltos anuais na faixa de 20%. Esse ritmo, no entanto, foi interrompido com a valorização crescente do real frente ao dólar. A disputa doméstica nesse período acabou sendo revitalizada pelo desembarque de marcas globais, que ajudaram a promover aprimoramentos sem precedentes no setor. A maioria das companhias transnacionais de confectionery aterrissou no país, sobretudo a partir da segunda metade dos anos 1990. Elas contribuíram para estabelecer novos padrões de qualidade e consumo, introduzindo conceitos de marketing e operação logística inéditos no cenário local. A chegada dessas empresas contribuiu também para o desenvolvimento de mercados inexistentes no país, a exemplo de confeitos especiais (diet/light, nutracêuticos ou funcionais), enquadrados na tendência de saúde e bem-estar (health and wellness), e de marcas com a tarja orgânica e/ou sustentável, ampliando o espaço dedicado a guloseimas doces no trade atacadista e varejista.

Esse olhar da indústria para o consumo doméstico abriu frentes em regiões onde o consumo per capita era ainda mais inexpressivo. Diversas empresas do setor dos mais variados portes, por exemplo, iniciaram na última década uma corrida ao Nordeste brasileiro, incluindo nomes como Mars, Nestlé, Arcor, PepsiCo e Mondelez, entre as organizações de maior envergadura. Elas atraíram os holofotes e puxaram um cordão engrossado por concorrentes mais intermediários.

Investimentos no parque
A saída da zona de conforto no setor de candies teve início na metade da década passada. O cenário ao longo dos anos 2000 mostra que indústrias do segmento conseguiam superar gargalos nas vendas domésticas, com investimentos no parque de máquinas e apostas em linhas mais sofisticadas. Essa mudança se materializou em itens de qualidade reconhecida pelo consumidor e custos e preços em ponto de equilíbrio, conduzindo a uma recomposição das margens do setor. Enquanto os volumes foram paulatinamente diminuindo o ritmo, a receita foi desenhando trajetória inversa. Com os aportes despejados em expansão de capacidade, desenvolvimentos e inovações, de 2010 a 2013 a produção fechou acima de 400 mil t de candies, sinalizando que o setor havia retomado a trilha do crescimento. A oferta contínua de linhas básicas, consideradas commodities pelo trade da categoria, acuou os fabricantes em um beco cuja única saída era a da renovação.

Com um consumo per capita também considerado baixo, a indústria havia se acomodado a uma situação de demanda cativa e só começou a mudar o quadro por conta da acirrada disputa e exposição a marcas internacionais, partindo em busca de outros mercados com portfólio renovado e competitividade afiada por insumos fartos, além de um câmbio, a princípio, favorável. Nesse início, os produtos brasileiros emplacaram como novidade e, por conta de trunfos como disponibilidade de açúcar a preços baixos – ao contrário do que se verifica hoje –, os embarques para o exterior ganharam músculos. De 2001 a 2004, as exportações saltaram de 90 mil t para 153 mil t, pico que a partir de 2005 entrou em declínio, estabilizando na faixa de 120 mil t.

Balas, confeitos, gomas de mascar e derivados encorpam no Brasil um filão de oferta e demanda diferenciado que, no entanto, não destoa da agitação verificada hoje na área dos chocolates. Depois de superar um ciclo de qualidade baixa e preços predatórios que varou as décadas de 1970 e 1980, a indústria foi sacudida pela abertura comercial e globalização nos anos 1990. Da exposição a artigos importados e intercâmbio comercial com o exterior, emergiu um setor mais atento à qualidade, antenado nas tendências internacionais e disposto a investir em marketing e promoção para sobressair com inovações e produtos de maior valor. Foi por essa trilha que a indústria nacional de balas e confeitos cavou boas oportunidades no flanco das exportações.

No início, com a imagem de fonte de itens populares, o país conseguia emplacar vendas em balcões de países da África, América do Sul e Central, pela oferta de preços atraentes. Mas já há alguns anos o setor vem trabalhando no sentido de agregar valor às linhas básicas e tem conseguido mudar essa imagem, como indicam os resultados obtidos em participações recentes em feiras de negócios internacionais, a exemplo da alemã ISM, maior vitrine global do setor de confeitos, tradicionalmente montada no início do ano na cidade de Colônia. Apesar da queda em volumes, os embarques se mantiveram em valores e, em alguns casos, até renderam superávit, com o reajuste das tabelas aos poucos assimilado pelos compradores. Com diversas empresas no espaço coordenado pela Abicab e pela Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), os confeitos brasileiros hoje sobressaem no circuito das inovações.

A produção na faixa de 400 mil t nos últimos seis anos mantém o Brasil na terceira colocação mundial do segmento de balas e confeitos de açúcar, atrás dos Estados Unidos e Alemanha, permanecendo à frente de pesos-pesados do setor, como o Reino Unido, Japão, Espanha e França, repassa a Abicab. Pelos monitores da entidade, o balanço de chocolates e candies se manteve sem sobressaltos nos últimos dez anos, registrando declínio nos últimos 2-3 anos.

Integrante do International Office of Cocoa, Chocolate and Sugar Confectionery (IOCCC) e do conselho da ICA (International Confectionery Association), a Abicab congrega os sindicatos que atuam regionalmente, representando mais de 90% do mercado de chocolates e cerca de 70% do universo dos fabricantes de balas e confeitos. Desde 2001, ela incorpora a categoria amendoim, reunindo produtores e indústrias sob o guarda-chuva do projeto Pró-Amendoim, que instituiu o Selo Abicab de Qualidade, criado com o propósito de defender e promover a categoria de doces e confeitos à base da oleaginosa e cujos associados têm representatividade acima de 80% do segmento.

Estabilidade em candies
Com produção em torno de 350 mil t no início dos anos 1990, o reduto de balas e confeitos de açúcar acusou salto superior a 30% no final daquela década, patamar esse mantido até 2010, quando se fixou na faixa das 400 mil t. Projeções da Abicab indicavam que, em decorrência da manutenção dos investimentos em capacidade, desenvolvimentos e inovações, 2016 deveria retomar o avanço, com o setor dando continuidade à trajetória de crescimento sustentado, apesar da queda de 3,6% em 2015 (ver quadro nesta página). A previsão vingou e a indústria cravou alta de 1,3% em 2016 em relação ao exercício anterior.
Levantamento da Euromonitor International no varejo da categoria indica que, nos últimos cinco anos, as vendas de confeitos açucarados saíram de R$ 7,814 bilhões em 2013 para R$ 8,242 bilhões em 2018, projetando avanço para R$ 8,606 bilhões em 2023. Consolidadas separadamente, as vendas de gomas de mascar saltaram de R$ 3,929 bilhões em 2013 para R$ 4,928 bilhões em 2018, projetando alta para R$ 5,147 bilhões em 2023. Em volume, a consultoria apurou que no período dos últimos seis anos, as vendas caíram de 308,8 mil t em 2012 para 257,5 mil t em 2018, projetando redução para 252,9 mil t em 2023.

Depois de ultrapassar a barreira das 400.000 t, a produção manteve esse patamar até 2013. No triênio de 2014 a 2016, produziu aquém desse volume. A trajetória de alta coincide com o avanço no consumo bancado pela estabilização da economia. Da mesma forma, o consumo aparente que partiu de 305 mil t em 1992, bateu em 400 mil t cravadas na virada para 2000, com picos acima dessa faixa em 1995, 1996 e 1998, declinando nos anos seguintes.

Já as exportações largaram no começo da década de 1990 com 46 mil t, alcançando a marca de 85 mil t em 1993. Depois de cair nos anos seguintes, despencando para 27 mil t em 1998, os embarques reagiram, mantendo-se acima das 100 mil t desde 2003. Em recuperação em função do câmbio desfavorável, fecharam 2016 com 79 mil t, assinalando alta de 17,4% em comparação com os embarques do período anterior. A persistir essa tendência, a Abicab estima que no balanço de 2018 as exportações acelerem o ritmo, pois em 2017 elas mantiveram os volumes e a alta verificada no exercício anterior. As importações, por sua vez, que não ultrapassavam 700 t em 1992, saltaram para 20 mil t em 1995, exibindo o pico de 37 mil t no ano seguinte. A partir de 1999, entretanto, foram declinando, com o inibidor ajuste cambial, sendo mantidas em 5 mil t, nos balanços até 2007, avançando a partir daí para a faixa acima de 6-7 mil t. Em 2016, os volumes cravaram 7 mil t, registrando queda de 23% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2017, elas registraram alta de 16,8% contra o mesmo período do exercício anterior.

Distante do seu potencial, o consumo per capita de balas e confeitos de açúcar no Brasil evoluiu de 1,5 quilo por habitante/ano, no início da década passada, para 2-2,5 quilos, na média dos últimos anos, cravando 2,01 quilos na atualidade. A exemplo da demanda de chocolate, ele também varia bastante conforme a região do país. Pelas sondagens oficiais no varejo, parte de 0,50-0,95 quilo no Nordeste, alcança 2-3 quilos em alguns pontos do Sudeste e cai para menos de dois quilos em outras regiões. Esses índices, no entanto, são considerados baixos e demonstram que as vendas de candies ainda contam com muito espaço para avançar.

Balcão internacional
O plano do governo brasileiro de buscar saldos positivos na balança comercial no final da década de 1990 se desdobrou em apoio oficial à ofensiva do setor de confectionery no cenário internacional, costurado através da parceria entre a Abicab e a Apex-Brasil. Com o auxílio do órgão, os embarques ao exterior saltaram 87% em dólares nos primeiros cinco anos da última década, contabiliza a entidade. Havia dez anos, o Brasil exportava para cerca de 80 países e, a partir de 2006, a lista saltou para mais de uma centena de destinos.
Fonte de preocupação para os exportadores nacionais na atualidade, o câmbio esteve favorável aos embarques a partir da virada do milênio e foi pivô dessas expansões de capacidade e novas plantas industriais concretizadas durante a década. Entre os projetos de longa maturação e que fogem desse quadro conjuntural, sobressai o complexo industrial da Mondelez, em Curitiba (PR), erguido com parte de um aporte de US$ 700 milhões despejados pela corporação em sua operação local e apresentado como a maior e mais atualizada planta integrada de guloseimas como chocolates, biscoitos, queijos, refrescos e sobremesas em pó do grupo no planeta. Ao lado dos complexos da Nestlé e Garoto, em São Paulo e Espírito Santo, respectivamente, no Sudeste brasileiro, ela simboliza o perfil da nova indústria brasileira de chocolates e candies.

O desembarque das linhas de candies do Brasil no mercado internacional, no entanto, aconteceu ainda na década de 1980, quando a Abicab promoveu a estreia de algumas indústrias em feiras internacionais, como a ISM. Foi a crescente adesão do setor à delegação brasileira em eventos no exterior que mobilizou a entidade na busca de apoio governamental. Assim, ela idealizou a união de empresas brasileiras em feiras no exterior no espaço de ilhas, identificadas pelo símbolo nacional com a logomarca Sweet Brasil. Esse esforço para construir a imagem de exportador coincidiu com a criação pelo governo brasileiro da agência de promoção de exportações que, em síntese, banca 50% do orçamento nos projetos de participação em feiras internacionais da indústria para elevar as vendas externas. Na ativa desde 1998, o projeto Sweet Brasil é o conjunto de ações do plano setorial integrado celebrado entre a Abicab e a Apex-Brasil para a ampliação das exportações do setor. Consiste em ações de promoção (feiras, eventos e rodadas de negócio) e inteligência comerciais (estudos de mercado, relatórios comerciais e de oportunidades), entre outras atividades estratégicas conduzidas junto aos exportadores para o incremento quantitativo e qualitativo de suas vendas internacionais.

Escoradas em escala de produção, alta qualidade e unidas em torno do projeto Sweet Brasil, as empresas associadas à Abicab construíram ao longo da última década um corredor de exportação, que vem sendo mantido mesmo com o câmbio desfavorável e sacrifício de margens de contribuição. Operações de menor porte foram incluídas nesse processo através da contribuição de entidades como o Cereal-Chocotec (Centro de Tecnologia de Chocolates, Balas, Confeitos e Panificação), do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas (SP). Em parceria com a Abicab e apoio da Apex-Brasil, a instituição foi acionada na execução de um programa de desenvolvimento de produtos voltados ao mercado externo para indústrias que nunca haviam exportado. Essa atividade contínua criou nos últimos anos uma consistente mentalidade empresarial do setor voltada ao comércio exterior, solidificando a imagem do Brasil como player internacional.

O atual estágio da indústria brasileira de confectionery é fruto da revitalização implementada a partir da abertura do mercado interno, ainda no início da década de 90. Essa transformação ganhou consistência com a estabilidade na economia e controle dos índices de inflação. A concorrência no âmbito doméstico conta na atualidade com a participação das maiores corporações globais do setor de chocolates e candies. Além dessa cobertura, o abastecimento é reforçado por um escalão crescente de empresas nacionais de pequeno e médio porte. Com foco maior em confeitos de açúcar do que em chocolates, esse cinturão de indústrias intermediárias aloja fabricantes com capacidades ao redor e acima de 30 mil t anuais, aptos a desenvolver produtos atualizados para, sobretudo, disputar o mercado externo.

Fornos acesos
Com produção na faixa acima de 1 milhão de toneladas nos últimos dez anos, a indústria nacional de biscoitos sobressai na vice-liderança mundial da categoria, atrás apenas dos EUA, repassa a Abimapi. A instituição congrega o terceiro maior mercado global produtor e consumidor de biscoitos e massas alimentícias e o sétimo em pães e bolos industrializados, além de representar 75% do setor que gera mais de 100 mil empregos diretos. Só no Brasil, responde por um terço do consumo nacional de farinha de trigo. Ela também aglutina os principais fabricantes nacionais de biscoitos, sendo que os 20 de maior porte respondem por 70% do faturamento geral da categoria, que fechou 2017 com R$ 24,054 bilhões (fábrica) em caixa, resultado 0,4% inferior ao do exercício anterior. Pelas planilhas da entidade, refletindo a performance de todo o setor, a categoria acusou redução de 2,8% no volume de vendas – com a colocação de, aproximadamente, 1,818 milhão de toneladas – e retração também do consumo per capita, que caiu de 9,053 para 8,757 quilos/habitante/ano.
Os dados repercutem o comportamento do consumidor que, diante da crise econômica enfrentada no país, diminuiu sua frequência de compras, mas não retirou da cesta os produtos básicos para o dia a dia, como biscoitos do tipo água e sal/cream cracker e laminados secos doces, modalidades que foram, inclusive, os principais impulsionadores do crescimento da categoria em 2016/2017.

Mudanças recentes nos hábitos de consumo promoveram uma reviravolta nas vendas de alimentos, com reflexos diretos em categorias de guloseimas como biscoitos. As transformações nas atitudes dos consumidores também impactaram os canais de distribuição, com a valorização do formato de atacarejo e o aumento na oferta de produtos saudáveis. Por outro lado, o freio na compra por impulso, a multiplicação de marcas próprias e a retração em setores consolidados, como o de food service, inserido no corte do orçamento para entretenimento, patrocinaram o resgate das marmitas e a reabilitação da comida de rua pelo contingente formado por quem não encontra colocação formal.

Também distante do seu potencial, o consumo per capita de biscoitos no Brasil pulou, ao longo da última década, de 3,8 quilos/habitante/ano para os atuais 8,7 quilos. No varejo da categoria, o período histórico dos últimos anos demonstra que o mercado de biscoitos acusou crescimento satisfatório, tanto em valores como em volume, mas vem emitindo sinais de retenção no consumo e queda no preço médio unitário, face ao avanço de pequenas marcas e forte concorrência em preços. Confirmando o diagnóstico, o volume consumido em 2017 ficou ao redor de 1,3 milhão de toneladas, movimentando vendas no varejo acima de R$ 24,8 bilhões, conforme dados da Euromonitor International. Pelas projeções da consultoria, o varejo de biscoitos deve continuar movimentando volumes na faixa acima de 1 milhão de toneladas nos próximos anos, atingindo receita de R$ 27,6 bilhões no fechamento de 2023 (ver quadro abaixo) .

Com penetração acima de 90% nos lares brasileiros, o setor de biscoitos movimenta há cerca de uma década e meia um plano para sacudir a estabilidade doméstica, reforçando flancos como o da promoção externa, apesar da flutuação cambial nem sempre favorável aos embarques. Segundo a Abimapi, as exportações em 2017 foram da ordem de 43,7 mil t, volume 11% superior ao do exercício anterior, que representaram receita de US$ 91,5 milhões (FOB). Com resultados como esses, a ala de biscoitos ocupa a 36ª colocação entre os setores exportadores brasileiros. Os cinco maiores destinos são EUA, Paraguai, Uruguai, Argentina e Angola, sendo os biscoitos dos tipos wafers e recheados os principais itens da pauta, representando cerca de 40% do total exportado.

Ao longo dos últimos anos, a Abimapi promove a participação do setor em feiras internacionais em todos os continentes, através do Projeto Setorial Integrado (PSI), bancado em parceria com a Apex-Brasil. No início de 2013, a entidade lançou a marca Happy Goods para representar o setor no exterior e melhorar a percepção dos compradores em relação aos produtos brasileiros. A intenção é também chamar mais a atenção do mercado comprador internacional para o importante parque tecnológico, para a qualidade dos produtos e para a força das empresas nacionais. Essas características são valorizadas pelo selo Baked in Brasil, um slogan que acompanha as marcas reforçando a origem dos produtos nacionais.

Reformulada em 2016, a marca Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes resulta da posição da indústria com vistas à promoção de seus produtos no mercado internacional. A iniciativa também passou a denominar a parceria entre a Abimapi e a Apex-Brasil em favor das exportações. Das diversas atividades desenvolvidas nos últimos anos, sobressai a participação em feiras internacionais como Americas Food and Beverage Show Miami, Confitexpo Guadalajara, Summer Fancy Food New York, Sial Mercosul, Sial Paris, Fihav, Gulf Food, Foodex Japan, Anuga, ISM e FMI Dallas. Com mais de 17 anos de existência, a parceria Abimapi/Apex-Brasil promove cerca de 40 empresas que representam em torno de 70% das exportações nacionais destinadas a mais de 80 países nos cinco continentes.

Em 2019, a Abimapi conclui mais uma etapa do convênio com a Apex-Brasil. E uma nova leitura dos mercados prioritários, executada pelos associados e representantes da agência, indica como países-alvo os Estados Unidos, Portugal, China, Colômbia, Nigéria, Emirados Árabes e África do Sul.

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