Preços seguem em recuperação

Movimentando a gangorra dos preços, as cotações no mercado internacional de açúcar em setembro apresentaram recuperação na bolsa de futuros de Nova York. O encerramento da tela de outubro contribuiu para a alta registrada, além da movimentação dos fundos que, apesar de ainda bem vendidos, acionaram ações de compras, reduzindo suas posições vendidas.

As novas previsões de déficit globais divulgadas e as chuvas abaixo da média na Tailândia contribuíram também para esse ambiente de preços.

Na Índia, o período das chuvas de monções finalizou com precipitações acima da média, sinalizando a ocorrência de boa safra, apesar dos possíveis estragos.
O gráfico abaixo ao lado mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, em cents/lb e R$/t, tomando como base o 1º vencimento.

No balcão doméstico de açúcar o comportamento dos preços acompanhou a recuperação ocorrida em Nova York.

A combinação da alta do dólar frente ao real com a valorização dos preços do açúcar na cena internacional ocorrida nas últimas duas semanas de setembro foi determinante para a elevação das cotações registrada no plano interno.

A ocorrência de chuvas, em particular, na última semana de setembro em alguns estados produtores, ainda que de maneira menos representativa, também contribuiu para sustentar, de certa forma, esse movimento de alta.

O gráfico abaixo apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia e Esalq.

As exportações brasileiras de açúcar apresentaram nesses seis primeiros meses da safra 2019/20 volume inferior ao mesmo período da safra passada, totalizando cerca de 1,43 milhão de toneladas. ■

Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente da JOB Economia e Planejamento.

Atuando há 25 anos no mercado, através de seus relatórios e trabalhos de consultoria, a JOB Economia tem como objetivo principal um posicionamento correto nas estratégias empresariais, incluindo contribuir para que seus clientes façam um bom trading.
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