Potencial exportador

Um Brasil com potencial exportador de alimentos muito além das commodities...

Um Brasil com potencial exportador de alimentos muito além das commodities, capaz de produzir e entregar uma variedade de iguarias saudáveis, inovadoras, produzidas em consonância com práticas de sustentabilidade para enriquecer receitas da gastronomia mundial. Esse foi o menu de 34 empresas brasileiras – inclusos fabricantes de chocolates, biscoitos e candies – apresentadas a compradores e potenciais parceiros estrangeiros em pavilhão (de 315m²) organizado pela Apex-Brasil na Summer Fancy Food Show, promovido em junho em Nova York. Considerada a mais importante feira comercial dos EUA para alimentos gourmet, especiarias, produtos regionais, orgânicos e naturais – estes, aliás, tema da reportagem de capa da presente edição –, o evento reuniu mais de 2,5 mil expositores de 54 países e 47 mil visitantes qualificados (importadores, distribuidores, representantes de restaurantes e serviços de alimentação). Com mais de 200 mil itens especiais em exposição, a Fancy Food é também uma vitrine global de lançamentos. Dentre os destaques brasileiros sobressaíram linhas com açaí, tapioca e castanhas. Mas o leque também incluiu bebidas (alcoólicas e não alcoólicas), frutas, vegetais, produtos congelados, comidas naturais e saudáveis, mel, própolis, cafés especiais, pratos tradicionais (feijoada, carne seca, mandioca) embalados a vácuo, condimentos orgânicos e sustentáveis, massas, pães, bolos, cereais, grãos, especiarias e panetones, além de chocolates, doces, balas, biscoitos e confeitos. Dentre as participantes nacionais, a Apex selecionou cinco empresas para a categoria “Vitrine” – Sabor das Índias, Vapza, Petruz, Mister Bey e a fabricante de chocolate premium Nugali. Elas foram escolhidas por uma banca curadora nacional e internacional para promover os atributos de sustentabilidade, inovação, criatividade e diversidade brasileiros no universo dos alimentos. Dados do relatório State of the Specialty Food Industry, produzido pela Mintel e pela Specialty Food Association, organizadora da feira, indicam que as vendas de alimentos especiais (specialty food) nos EUA alcançaram US$ 140,3 bilhões em 2017, representando crescimento de 11% em relação a 2015. Com relação ao Brasil, segundo dados do Comex Stat de 2018, o país exportou US$ 3,8 milhões de tapioca hidratada e é o quarto maior exportador mundial. Para os EUA as vendas de tapioca alcançaram US$ 1,34 milhão. As empresas que produzem pão de queijo exportaram US$ 5,08 milhões, sendo US$ 3,2 milhões para os EUA. O Brasil exportou ainda US$ 29,3 milhões de açaí, sendo US$ 20 milhões para os EUA. Dados do Trade Map, também do ano passado, indicam que foram exportados U$$ 15,6 milhões de cachaça, sendo US$ 3,1 milhões para os EUA. A mesma fonte aponta que foram exportados U$ 116,1 milhões em castanha de caju, sendo US$ 54,07 milhões para os EUA. E o Brasil é o 13.º maior exportador mundial do produto. Ainda segundo o Trade Map o país embarcou US$ 42,9 milhões em castanha do Pará em 2018, sendo US$ 11,8 milhões para os EUA. Nesse segmento, o país é o 3.º maior exportador mundial.

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