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Operação brasileira da Mondelez vai estimular o consumo mexicano de chocolate

Campeã de venda da categoria de chocolate no país, a Lacta ganhou a missão de conquistar o paladar do público do México. Estimular o consumo local de chocolates é o novo desafio da Mondelez brasileira, detentora da marca, na América Latina. Segundo a companhia , enquanto o consumo per capita de chocolate no Brasil alcança, em média, dois quilos/habitante/ano, o mexicano consome apenas 600 gramas anuais, volume no mínimo pífio para a nação tida como descobridora ancestral do chocolate. Para seduzir esse público, quatro novos produtos com a marca Oreo sairão da fábrica da Lacta em Curitiba (PR), maior operação de chocolates da Mondelez no mundo, que exporta para 11 países, informa Flavio Ackel, diretor de inovação em chocolate da Mondelez na América Latina.
Segundo ele, a estratégia é usar os formatos do bombom Sonho de Valsa e do tablete Diamante Negro, gigantes do giro no Brasil, para ganhar espaço no mercado mexicano. Por lá, informa o executivo, os consumidores preferem embalagens menores, entre 19g e 41g. Ele acrescenta que a marca Oreo foi escolhida porque a linha de biscoitos recheados é conhecida no mercado mexicano há duas décadas. “E o formato de snacks é mais vendido em lojinhas que nos supermercados”, observa. Diferentemente do Brasil, a venda de guloseimas da Mondelez no México é feita através de vans próprias, que saem dos centros de distribuição (CDs) da empresa para abastecer os pequenos comércios, relata Ackel, esclarecendo que não há previsão de introduzir chocolates com a marca Oreo no Brasil. A previsão é que as vendas no México cresçam 17% nos próximos cinco anos, crava ele.
De acordo com Ackel, pelo menos 20% da produção no Paraná é exportada para países como Estados Unidos, Chile, Paraguai, Colômbia, Uruguai, Espanha e Marrocos. A fábrica também exporta e é responsável pela metade do chocolate vendido na Argentina.
No segundo trimestre de 2018, as vendas no Brasil representaram 6% da receita total da Mondelez, que somou US$ 6,1 bilhões, alta de 2,1%, em base anual. Devido à greve dos caminhoneiros no fim de maio, a receita no país recuou um dígito. Mas Ackel sustenta que a economia mostra sinais de recuperação no semestre. “Na linha de Bis, por exemplo, estamos ocupando quase toda a capacidade instalada e algo semelhante também ocorre com a linha de Sonho de Valsa”, assinala o executivo, sem abrir números.
Atenta às possibilidades de crescimento no futuro, a Mondelez quer ampliar a operação de comércio eletrônico no país, iniciada na Páscoa do ano passado, criando novos canais de venda.

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