Com suporte da Lacta

Mondelez expande Cocoa Life para garantir suprimento sustentável de cacau
Produtores de cacau no Cocoa Life: desenvolvimento econômico e social dos produtores brasileiros e suas famílias.

Número um no mercado brasileiro de chocolate, a Mondelez International anuncia a expansão do seu programa global de sustentabilidade do cacau. Batizado de Cocoa Life, o plano objetiva criar comunidades agrícolas prósperas, através de uma maior capacitação dos agricultores, com foco na sustentabilidade e rentabilidade do cultivo, garantindo assim o suprimento de cacau e o futuro do chocolate. Segundo Christine Montenegro McGrath, líder global de sustentabilidade e bem-estar da Mondelez International, o Cocoa Life já está presente em Gana, Costa do Marfim, Indonésia, Índia e República Dominicana, países que se destacam na produção de cacau.

A companhia apoia a produção de cacau no Brasil desde 2014 e vai utilizar o aprendizado obtido para a expansão do Cocoa Life. No Pará, serão investidos cerca de US$ 200.000 por ano, nos próximos três anos, para a capacitação dos produtores e criação de comunidades de cacau prósperas e independentes. Na Bahia, onde os agricultores enfrentam uma infinidade de desafios relacionados ao manejo de culturas, o Cocoa Life fornecerá informações técnicas sobre as mais recentes ferramentas e boas práticas agrícolas para aperfeiçoar a produtividade e a qualidade do cacau produzido, além de reduzir o impacto ambiental. Os grãos de cacau produzidos pelas comunidades do Cocoa Life farão parte da cadeia de fornecimento da Mondelez International para a produção dos chocolates Lacta, informa Christine.

“Estamos animados com a chegada do Cocoa Life ao Brasil, que além de ser um dos maiores produtores de cacau é também um importante polo de fabricação de chocolates, onde nasceu Lacta, uma de nossas marcas centenárias que está entre as favoritas e mais consumidas pelos brasileiros”, assinala a executiva. Ela relata que o programa teve um impacto significativo nas comunidades de cacau da África Ocidental e a expectativa é que essa performance se repita no Brasil. “É importante ressaltar que o programa também contribuirá para a preservação da floresta amazônica e desenvolvimento da comunidade local”, sublinha Christine.

Foco na produtividade

Cadeia brasileira do cacau também investe no desenvolvimento sustentável

Iniciativa já conhecida no oeste da África, o Cocoa Action foi lançado em outubro no Brasil, em evento promovido pela World Cocoa Foundation (WCF). Trata-se de um programa de coalizão entre agricultores, indústrias, governo federal, estados produtores e organizações não governamentais, com o objetivo de unir esforços para garantir o desenvolvimento sustentável da produção. Eduardo Bastos, diretor executivo da Associação das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC), presente à solenidade de lançamento realizada em São Paulo, argumenta que a iniciativa pretende coordenar esforços para aumentar a produção, garantir renda aos produtores, erradicar o trabalho infantil e promover a igualdade de gênero no campo, além de combater o desmatamento.

O Cocoa Action começou na África como uma resposta do setor cacaueiro, após denúncias de trabalho escravo e infantil nas lavouras, principalmente na Costa do Marfim, maior produtor mundial de cacau. Atualmente, o foco principal do movimento em escala global tem sido na redução da pobreza no campo. No oeste da África, uma nova preocupação é o desmatamento relacionado à expansão da cacauicultura.

No Brasil, relata Bastos, o esforço principal do Cocoa Action será promover o aumento da produtividade nos cacauais, que têm sofrido nos últimos anos por conta de intensos períodos de seca na Bahia. “Sem produtividade, não aumentamos a renda dos produtores e não conseguimos reduzir o desmatamento, nem atendemos às demandas da indústria e não aumentamos a riqueza no campo”, sustenta o dirigente da AIPC.

A iniciativa tem prazo de cinco anos para que os diferentes atores do segmento criem um fórum institucional, realizem um planejamento do segmento e arbitrem questões dentro da cadeia – a exemplo do que já acontece no setor de cana-de-açúcar. Segundo Bastos, as entidades do setor público e privado envolvidas no Cocoa Action Brasil deverão se reunir até o fim do ano para traçar um planejamento financeiro e avaliar de onde virão os recursos e como serão investidos.

Parceria com TNC
A expansão do Cocoa Life no Brasil, acrescenta ela, é resultado de uma parceria com a ONG The Nature Conservancy (TNC) e seu projeto Cacau Floresta, criado para incentivar a agricultura familiar de baixo carbono, gerar benefícios sociais e econômicos e engajar os agricultores a se comprometerem com práticas zero desmatamento e restauração agroflorestal de áreas degradadas. Essa parceria traz uma nova perspectiva de expansão aos esforços da Cocoa Life, pois a região do Pará tinha uma das maiores taxas de desmatamento no Brasil e hoje exibe potencial para se tornar um exemplo de desenvolvimento sustentável e de restauração na floresta amazônica, pondera Christine. “Nos últimos cinco anos, a TNC apoiou o plantio de 450 hectares do sistema agroflorestal de cacau na Amazônia, beneficiando mais de 120 famílias nos municípios de São Félix do Xingu e Tucumã, no sudeste do Pará, e a meta é atingir mil famílias nos próximas cinco anos”, repassa ela.

Em parceria com o projeto Cacau Floresta, a Mondelez International estabeleceu entre as metas para os próximos três anos impactar positivamente ao menos 500 agricultores, implantar seis zonas de demonstração para compartilhar boas práticas agrícolas, promover o manejo ecológico do solo e boas práticas pós-colheita; transformar mil hectares de áreas de pastagem em agrofloresta de cacau; e reestruturar 750 hectares de fazendas de cacau existentes com novo manejo agroecológico do solo, além de restaurar 500 hectares de mata ciliar e proteger bacias hidrográficas.

Em paralelo, a Fundação Mondelez International vai expandir o programa Ação Saudável para as comunidades onde o Cocoa Life atua, agora no estado do Pará. Lá, a entidade INMED – Parceria para Crianças vai facilitar a atuação do programa, que promove alimentação saudável e práticas de atividades físicas com crianças de escolas públicas. O programa também envolverá o governo local na promoção do bem-estar e beneficiará cerca de 6.000 crianças e outras 18.000 pessoas indiretamente, entre pais, professores e a comunidade em geral. O projeto conta também com a parceria do Instituto Esporte & Educação (IEE) para conscientização da importância de atividade físicas.

“O objetivo do Cocoa Life é criar comunidades agrícolas de cacau empoderadas e prósperas e atingir mais de 200 mil agricultores em seis países, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas até 2022”, sintetiza Christine. A Mondelez, por seu turno, atua para que todo o suprimento de cacau da empresa seja fornecido de forma sustentável, principalmente via Cocoa Life. Por meio de parcerias com agricultores, ONGs, fornecedores e instituições governamentais, o programa integra o Impact for Growth, compromisso da Mondelez International para impulsionar o crescimento dos negócios com mudanças positivas no mundo. •

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