Avanço na produtividade
Depois de estrear no fornecimento de linhas para manuseio, transporte e dosagem de ingredientes, com a marca Penta, o braço local da corporação italiana Piovan avança a oferta de linhas para a indústria de confectionery com uma inovação tecnológica. Trata-se do Spray Stay, sistema desenvolvido pela também italiana Fea, mais nova controlada do grupo, para cobertura eletrostática de diferentes tipos de pós e pequenas partículas em produtos de padaria, snacks, massas e chocolates, repassa Ricardo Prado, vice-presidente Piovan do Brasil. “É um sistema de pulverização e/ou granulação onde grãos ou pós são carregados eletrostaticamente e, ao serem pulverizados no componente (ou mais de um), eles se depositam no produto principal garantindo a retenção com grande economia”, sintetiza o executivo. Além de utilizado para deposição de açúcar, o SprayStay pode também ser acionado para pó de cacau, aromas, sal, temperos, pistache e amêndoas granuladas, entre outros insumos. ”A sua grande vantagem é a economia e o baixíssimo tempo de retorno do investimento, melhorando ainda a capacidade produtiva do processo completo”, frisa Prado.
Graças à tecnologia eletrostática, acrescenta ele, obtém-se melhores resultados em comparação à deposição por sistemas gravimétricos convencionais, com 30-40% de aumento na produtividade, melhora na apresentação dos produtos e estabilidade do processo.
Recentemente incorporada ao grupo Piovan, a Fea produz sistemas chave na mão para cremes e caramelos e para gestão de chocolate, relata Prado. Já o Spray Stay é uma solução mais direcionada à fabricação de biscoitos cobertos, snacks e bolos. A produção desses itens, bem como de confeitos de chocolate e outros doces de massa, inclui em suas etapas de acabamento a necessidade de cobrir os produtos com pós, como açúcar, cacau e granulados. “Para manter a qualidade estética, é realmente importante ter um processo de cobertura capaz de assegurar uniformidade, homogeneidade e durabilidade”, sustenta Prado. Foi para atender essas necessidades que a Fea desenvolveu a tecnologia SprayStay, que atrai o pó para o produto e reduz o excesso de pulverização, com significativa economia. Assim açúcares, diferentes tipos de pós de cacau ou outras pequenas partículas podem ser depositadas em uma ampla variedade de itens assados, garantindo a redução de pelo menos 30% na matéria-prima utilizada para a cobertura e uma produção estável o ano todo, através de um processo completamente automatizado.
Métodos convencionais de cobertura por gravidade, contrapõe Prado, têm algumas limitações que causam grande desperdício de matéria-prima e perda de aderência da cobertura no produto acabado, podendo causar interrupção no processo devido à quantidade considerável de pó em suspenção no ambiente. Uma das primeiras usuárias da tecnologia SprayStay, a empresa italiana Canestrelli calcula poder economizar até 540 mil euros em 3 anos na produção de sua linha de biscoitos cobertos, em sua instalação europeia, considerando cinco dias por semana de produção em 3 turnos diários e 11 milhões de unidades produzidas por mês, exemplifica Prado.
Penta e Fea são empresas que projetam, fabricam e instalam sistemas automatizados para processamento e manuseio de ingredientes alimentícios e matérias-primas. Já o grupo Piovan atua no desenvolvimento e fabricação de sistemas auxiliares de automação para armazenamento, transporte e processamento de alimentos. Seu portfólio inclui silos, funis, unidades dosadoras, secadores, granuladores, unidades de controle de temperatura, chillers e softwares de supervisão. Com oito fábricas e 31 filiais de vendas e serviços em todo o mundo, o grupo garante assistência técnica e suporte contínuo desde a etapa do design até a instalação e start-up da planta. No caso do SprayStay, o maquinário é importado da Itália tanto para aplicações standard como customizadas. “As standard tem um tempo de entrega médio máximo de 90 dias, com instalação e partida bastante rápidas”, assegura Prado.
Ele comenta que, um pouco antes da pandemia chegar ao Brasil, a filial já tínha iniciado providências de proteção e higiene dentro da planta e treinamento de colaboradores, o que ajudou a criar uma consciência coletiva dos cuidados necessários, além da interdependência das pessoas diante da situação. “Mantivemos e melhoramos o espírito colaborativo interno, estendendo para os clientes, esses ganhos colaborativos e pudemos assim manter a fábrica sempre em sua capacidade máxima, garantindo apoio e rapidez aos nossos parceiros clientes neste momento difícil”, conclui o vice-presidente. ■
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