Ações solidárias
As mudanças ocorridas nas vidas profissional e pessoal diante do cenário global demandam que as empresas e pessoas repensem o dia a dia e intensifiquem o uso da tecnologia como aliada na busca de formas para atravessar o atual momento. Desde o início da quarentena imposta pela pandemia da Covid-19, a Nestlé preferiu seguir em ritmo normal de produção, porém com diversas alterações. Com 25 fábricas no Brasil, a companhia implantou o terceiro turno de trabalho em boa parte das linhas. O objetivo é que os funcionários mantenham distância segura enquanto trabalham, entre outras medidas sanitárias adotadas.
Há 15 anos a Nestlé mantém um Programa de Qualidade de Vida amparado em ações coordenadas de nutrição, atendimento psicológico e ginástica laboral. Apoiada nessa iniciativa, a empresa adotou uma série de inovações digitais e serviços remotos para apoio aos colaboradores, com algumas delas estendidas aos familiares, relata Enrique Rueda, VP de Recursos Humanos da Nestlé Brasil. Em um mês, a adesão ao programa aumentou em torno de 50%, constata ele. “O desafio maior foi fortalecer o programa rapidamente, pois normalmente isto se faz em seis meses ou um ano. Em poucos dias, com a agilidade necessária para que as iniciativas fossem ampliadas e estendidas a todos os colaboradores, priorizamos a saúde física e mental dos nossos times”, ressalta Rueda.
Entre os benefícios, desde março os funcionários têm acesso a psicólogo e nutricionista via e-mail, WhatsApp ou Skype. Anteriormente, os atendimentos eram somente presenciais, na sede da companhia em São Paulo. Com o novo momento, houve a recomendação para consultas remotas, e a Nestlé imediatamente ampliou os atendimentos. “Disponibilizamos virtualmente para todo o Brasil para que as orientações cheguem a um maior número de pessoas, entre outras medidas. Estamos diante de uma jornada sem prazo para acabar e não medimos esforços para assegurar bem-estar, saúde e segurança aos nossos colaboradores”, sustenta Rueda.
Marca de biscoitos, massas e torradas do portfólio da M.Dias Branco, a Piraquê canalizou suas ações para uma campanha de estímulo à solidariedade e doação de sangue durante a crise da Covid-19. Fabio Melo, diretor de marketing da companhia, repassa que a iniciativa #vocedoaagentedoa apoia três entidades. Para cada bolsa coletada no posto central do Hemorio (Hemorede do Estado do Rio de Janeiro), a marca doará 500 produtos a um dos maiores bancos de alimentos do país. A Piraquê confirma ainda doação ao RioSolidário, uma das organizações de apoio social ao Estado do Rio de Janeiro – onde está localizada a fábrica da marca -, com recursos destinados à compra de 1.000 kits de proteção individual (EPIs) para os profissionais de saúde. Os kits contêm luvas, máscaras e aventais para que eles possam atuar de forma segura durante a crise da Covid-19 e serão enviados a hospitais do Estado e ao Hemorio, referência em coleta de sangue e produção de hemoderivados no estado.
Para fazer com que a corrente de solidariedade seja ainda mais forte, a Piraquê também estimulará a doação de sangue, de forma segura e de acordo com as regras sanitárias. Até o fim de maio, para cada bolsa de sangue arrecadada nas campanhas do Hemorio, que está agendando as coletas de sangue pelo Disque Sangue (0800 282 0708), a marca doará 500 alimentos ao Mesa Brasil, banco de alimentos gerido pelo Sesc, confirma Melo.
Em paralelo, complementa ele, a Piraquê vai destinar seu investimento em mídia para conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue, especialmente em um período crítico como o da pandemia. “A ideia é engajar os consumidores na campanha, destacando o valor original de um ato de solidariedade, onde com apenas uma doação, o consumidor ajuda duas causas”, grifa o diretor de marketing.
A ação, ele conclui, faz parte de uma campanha nacional da M Dias Branco, que destinou um total de R$ 2,4 milhões em prol da doação de sangue, pesquisa em hematologia e reforço à alimentação de comunidades carentes em seis estados.
De acordo com Melo, a mobilização das marcas da companhia em torno da saúde e da doação de sangue, feita de forma segura e de acordo com todas as regras sanitárias, demonstra cuidado com o consumidor. “Mais do que destinar recursos financeiros a profissionais de saúde e hemocentros, queremos envolver a população em uma corrente do bem neste momento difícil”, ressalta o executivo.
O RioSolidário, por exemplo, vai receber R$ 200 mil da Piraquê para a compra dos equipamentos de proteção individual (EPIs) para profissionais de saúde. Fundada há 25 anos, a entidade desenvolve projetos de apoio a pessoas em situação de risco e tem realizado uma série de campanhas de assistência durante a crise da Covid-19, como distribuição de alimentos e máscaras para populações vulneráveis. Já o Hemorio, órgão da Secretaria de Estado de Saúde, abastece as principais emergências, maternidades e unidades de saúde da capital, além de enviar sangue, quando necessário, para hospitais em todo o estado.
Mais doações
Atuando nessa mesma sintonia, a Harald programou a doação de cestas básicas para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade nas comunidades e favelas de São Paulo. Com o objetivo de contribuir para minimizar os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus, a empresa patrocina 730 cestas básicas (mais produtos da marca) nas regiões onde atua no estado de São Paulo: Cajamar, Marília, Santana de Parnaíba e Capital, informa Fernanda Sequetto, gerente de marketing da indústria chocolateira.
Para evitar aglomerações, acrescenta ela, as doações foram realizadas em abril diretamente às famílias por meio de oito instituições: Aldeia do Futuro, em Americanópolis e região; Central Única das Favelas, de Heliópolis e Parque Santo Antônio; Fundos Sociais de Solidariedade de Cajamar, Marília e Santana de Parnaíba; Gastronomia Periférica, na zona sul; Mensageiros da Esperança, da Brasilândia e região; e Projeto Semeador, de Santana de Parnaíba.
Segundo Fernanda, o compromisso da companhia com o trabalho dedicado às pessoas e com a sustentabilidade incluem também o cuidado com as comunidades nas regiões onde a empresa está inserida. “Parte dos nossos consumidores está nessas localidades, produzindo e vendendo doces para gerar renda. Portanto, precisamos estar ao lado deles para ajudá-los a superar mais este desafio”, sublinha a executiva, completando que “a Harald está engajada em dar suporte à sociedade nesse momento difícil, acreditando que a união do poder público com a iniciativa privada e as organizações sociais será importante para a superação de todos”.
Além da campanha de doações, a companhia tem se empenhado para implementar iniciativas em prol dos chamados transformadores, público que engloba confeiteiras, doceiras e microempreendedores. “O objetivo é fomentar essa parcela importante para a economia, composta pelos pequenos negócios, e contribuir para a sustentação de resultados nessa fase de isolamento social”, completa Fernanda.
As ações da Harald contemplam descontos em produtos e novidades nos seus canais digitais, como aulas com os chocolatiers Lucas Corazza e Rafael Barros, liberação de vídeos exclusivos de receitas e dicas, orientações sobre práticas de higiene, estratégias de vendas e entregas, além da divulgação de lojas que comercializam os produtos da marca para compras online ou por telefone.
Também a PepsiCo e suas marcas juntam esforços em ações de suporte social e doações a comunidades afetadas pela Covid-19. De acordo com Daniela Cachich, VP de marketing de alimentos da empresa no Brasil, as marcas Gatorade, Pepsi, Quaker, eQlibri, Toddy e Kero Coco estão contribuindo para o enfrentamento à situação de pandemia, através de uma campanha robusta de doação e suporte social às comunidades mais afetadas pela doença.
Ao todo, já são mais de 400 mil unidades de produtos próprios doados, o equivalente a 35 toneladas; mais de 115 mil refeições distribuídas por meio de parceria com o Banco Mundial de Alimentos e o Mesa Brasil (do Sesc); e suporte financeiro a cooperativas de reciclagem que pararam suas atividades devido ao estado de pandemia, relata a executiva.
As contribuições, no entanto, não param por aí. As marcas da empresa também têm colaborado individualmente com iniciativas e projetos para ajudar a sociedade nesse momento desafiador, aproveitando para reforçar parcerias com as comunidades com as quais mais dialogam. “Ao longo de décadas, a PepsiCo desenvolve um trabalho social robusto no Brasil e globalmente, abraçando iniciativas e projetos para ajudar a sociedade em momentos desafiadores, com doações, lives e ações de cooperação dentro de seus territórios de atuação, referenciando mais uma vez as causas que defendem”, frisa Daniela.
A grife de snack saudável eQlibri, por exemplo, é uma das linhas da PepsiCo que traduz externamente a sua proposta de valorização e reconhecimento da força das mulheres. Sob a sua chancela, foram doados mais de 1.200 cestas básicas de alimentos para famílias carentes, chefiadas por mulheres, em parceria com o Instituto Free Free e o Plano Feminino, além da doação de produtos para a Associação de Mulheres de Paraisópolis, em São Paulo.
Entendendo que profissionais de educação física e do esporte são um público vulnerável neste momento, a marca Gatorade lançou em suas redes sociais a plataforma “Vencer Vem de Dentro”, criada junto com um time de especialistas para vencer a falta de atividades físicas dentro de casa, informa Daniela. O projeto, ela detalha, propõe aulas gratuitas para o público nas redes sociais, ministradas por profissionais beneficiados pela iniciativa por meio de remuneração pelas aulas, com o intuito de mantê-los ativos no mercado de trabalho. Além disso, a marca doou mais de 4 mil produtos para auxiliar na hidratação de profissionais da linha de frente do estado de São Paulo, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e voluntários do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro.
Já a Pepsi apoiou o projeto SO+MOS Música, evento online com três dias de música, que arrecadou fundos para instituições de apoio a famílias em situação de vulnerabilidade. Mais de 1,8 milhão de pessoas assistiram às apresentações do projeto e puderam contribuir com doação em dinheiro. A marca também fez doações financeiras às instituições CUFA (Central Única das Favelas) e Gerando Falcões, que estão dando suporte àqueles que mais precisam neste momento.
Além das ações externas, a PepsiCo tem reforçado localmente as medidas de segurança e amparo aos seus funcionários, com a adoção de uma série de iniciativas para auxiliá-los na prevenção, proteção e nos cuidados no dia a dia. ■
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