Foi uma Páscoa de doações e ações online. Projetadas pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) para cair -8,5% no estado que é epicentro da pandemia no país, as vendas de Páscoa acabaram fechando em queda de -3.7%. A aparente “melhora” na previsão aconteceu por causa do aumento pontual do movimento presencial nas lojas, durante a semana santa.
“A pandemia do coronavírus impôs um cenário difícil para todos. Seguir as recomendações de distanciamento social é necessário e importante, mas não podemos deixar que o isolamento nos traga desânimo. Assim como temos nos adaptado para realizar tantas coisas à distância, vamos encontrar uma alternativa para celebrar a Páscoa, uma data tão tradicional na cultura do povo brasileiro”, alertou Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e
Balas) que, em iniciativa conjunta com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), promoveu a campanha #VaiterPáscoa. O objetivo foi incentivar a celebração da data mesmo em momento de isolamento social e fomentar as vendas dos produtos sazonais com todo o cuidado e o respeito à saúde e à segurança dos consumidores.
Mas diante da queda brusca na demanda, alguns fabricantes de ovos de chocolate decidiram doar uma parte da produção. A Nestlé, por exemplo, doou 20% dos ovos da campanha deste ano para comunidades carentes, hospitais, caminhoneiros e abrigos. O volume chegou a quase 2,4 milhões de unidades do total de 12 milhões de itens fabricados. A maior doação, de cerca de 1,5 milhão de ovos, contou com a parceria das Lojas Americanas, um dos principais canais de venda de chocolate na Páscoa.
Número um das vendas na data, a Cacau Show anunciou a doação de 1 milhão de ovos. A toque de caixa a empresa colocou em pé o projeto “Páscoa do Bem” destinando os produtos a ONGs, empresas de serviços essenciais, comunidades vulneráveis e hospitais de todo o país. De acordo com a empresa, as doações representaram cerca de R$ 30 milhões. Além dos ovos, a Cacau Show divulgou a doação de R$ 1,4 milhão em chocolates de todas as linhas da marca para instituições de saúde e R$ 1 milhão para o Estado de São Paulo para a compra de respiradores.
Ela, no entanto, não foi a única companhia a se mobilizar nesse momento de surto do novo coronavírus. Outros grandes players do setor de alimentação vêm promovendo campanhas solidárias pelo país. Com o objetivo de contribuir com a população em situação de maior vulnerabilidade, a PepsiCo doou para o município de Petrolina (PE) 19 mil unidades de água de coco. Trata-se da cidade onde estão localizadas a fábrica da Kero Coco e a fazenda de onde vem a matéria-prima.
Pioneira na produção de ovos de chocolates no Brasil, a Lacta reforçou sua atuação em canais de delivery, de e-commerce e revisitou seu posicionamento, que agora passa a ser “Lacta. Cada pedacinho aproxima. Mesmo estando cada um na sua toca”.
Principal grife do portfólio da Mondelez Brasil, ela bancou também uma iniciativa inédita em parceria com o aplicativo Rappi, em que consumidores puderam se cadastrar via site
(clique aqui) para serem vendedores afiliados. Cada inscrito teve um cupom atrelado para divulgar aos amigos. Além de aproveitar as promoções da marca no app, ajudaram a pessoa que enviou o código a ganhar uma premiação de 10% sobre o valor do ovo vendido (até o final dos estoques) com o código.