A indulgência num click

E-commerce e delivery impulsionam guloseimas doces em ano de pandemia

Desde o começo da pandemia, o e-commerce e o delivery encorparam como opção de consumo viável para diversas categorias de alimentos, chocolates e candies inclusos. Segundo o mais recente relatório Consumer Insights , da consultoria Kantar, esses canais ganharam força e cresceram ainda mais no último trimestre de 2020. Trata-se de um cenário aparentemente irreversível, uma vez que os brasileiros passaram a confiar nessas ferramentas emergentes de compra, que também proporcionam conveniência e suprem parte da lacuna no lazer provocado pelo isolamento social.

Até o segundo trimestre de 2020, capta a consultoria, a busca por prazer foi a principal motivação para quem aderiu às entregas em domicílio. Mas ao longo do ano, as razões passaram a ser conveniência e hábito.

E entre as principais categorias alavancadas por essas modalidades de consumo sobressai a demanda de guloseimas doces que, impulsionada pelo isolamento social e mudanças nos hábitos, cresceu 50%, crava o relatório da Kantar. O estudo destaca ainda alta nas vendas de fast food, que cresceram 62% durante o ano em comparação com 2019, e o delivery de pizzas (34%), impulsionados pelo consumo sobretudo de crianças até 12 anos e adultos entre 25 e 34 anos.

Sob esse pano de fundo, o varejo digital apresentou um crescimento de 56,8% entre janeiro e agosto de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019, mostram os dados da ABComm e Neotrust. Segundo essas empresas, o número de transações efetuadas também aumentou em 65,7%, representando um salto de R$ 63,4 bilhões para R$ 105,6 bilhões nos seis primeiros meses de 2020. A pesquisa aponta, ainda, que mais de 135 mil lojas aderiram às vendas pelo comércio eletrônico, desde o início da quarentena. A média mensal antes da pandemia era de 10 mil lojas por mês.

Já com relação a consumidores que realizaram compras on-line pela primeira vez, foram 5,7 milhões de compradores apenas no segundo trimestre de 2020 e 5,8 milhões, no segundo semestre do ano. O aumento reflete a confiança desses novos consumidores digitais na segurança dos dados compartilhados.

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