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Evitar aglomerações, passar o menor tempo possível em contato com outras pessoas e fortalecer o comércio de bairro são as principais buscas na internet dos consumidores neste momento de pandemia. Uma pesquisa realizada pela consultoria Kantar mostra que mais de dois milhões de lares passaram a comprar em pequenos comércios e pouco mais de 1,2 milhão, em varejos tradicionais, no primeiro trimestre de 2020, em comparação com os últimos três meses de 2019. Mesmo com essa alta, os pequenos negócios precisaram se reinventar. E a digitalização foi a principal saída encontrada para acompanhar as necessidades dos consumidores que optaram por não sair de casa para as compras.

Como solução rápida e segura para essas pequenas operações, desembarca no país a Wabi, ferramenta gratuita que tem o objetivo de fortalecer e apoiar a aceleração dos comércios de bairro no meio digital. Com o aplicativo, o lojista digitaliza seu estabelecimento sem custos ou taxas. Já o consumidor compra do pequeno, incentiva o comércio de bairro e recebe o produto adquirido em apenas 15 minutos, sem qualquer taxa de entrega. Desde o início do ano, o aplicativo desenvolvido originariamente na Argentina já está disponível no Rio de Janeiro e em São Paulo. Para começar a vender por meio da Wabi é preciso apenas entrar no site da empresa (www.eumecuidocomwabi.com) e realizar o cadastro.

“Ela permite que estes pequenos negócios mantenham suas atividades comerciais, fornecendo produtos aos consumidores do bairro e reduzindo o risco de contágio”, diz Carla Papazian, gerente nacional da Wabi no Brasil. “Trata-se de uma solução digital viável para esses estabelecimentos, porque é de graça e não têm intermediários”, completa.

Na Wabi, detalha a executiva, o consumidor encontra bens de consumo, itens de primeira necessidade como alimentos, chocolates, guloseimas, snacks, bebidas, produtos de limpeza, artigos de higiene, mantimentos e enlatados, entre outros. A disponibilidade dependerá do estoque ativo dos estabelecimentos perto dos usuários. O pagamento poderá ser feito pelo próprio aplicativo com a ferramenta WabiPay, em dinheiro, ou em cartão de crédito ou débito diretamente com o lojista.

“As pessoas são atendidas por estabelecimentos muitas vezes já conhecidos, localizados num raio máximo de três quilômetros de onde foi gerado o pedido, garantindo mais conforto e conveniência, de forma rápida e segura”, reforça Carla. As entregas são de responsabilidade do próprio estabelecimento.

Desenvolvida pela startup de negócios YopDev e impulsionada pela Coca-Cola argentina, a plataforma conquistou em poucos meses espaço em oito países: Argentina, Chile, República Dominicana, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Brasil, com mais de seis mil estabelecimentos conectados repassa a gerente. Ela conta que, com a pandemia e a maior necessidade de compras de forma remota, a Wabi registra crescimento continuado. “Duplicamos a nossa presença na América Latina e praticamente triplicamos as vendas nos últimos meses”, assinala.

Por enquanto, a meta no Brasil é expandir a atuação no Rio e em São Paulo. Cerca de 700 pequenos negócios já aderiram à solução desde o início deste ano. Apenas em abril mais de 20 mil pedidos foram realizados através da Wabi, contribuindo para ampliar a receita dos pequenos negócios. “O objetivo é atingir cerca de 3.000 estabelecimentos em São Paulo e 1.500 no Rio até o fim do ano. Aos poucos vamos colocando em prática nosso plano de expansão para algumas cidades do Nordeste como Recife, Salvador e Fortaleza”, conclui a gerente. ■

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