Como parte do plano para fortalecer e diversificar seu portfólio de texturizantes utilizados em alimentos e bebidas, a Cargill anuncia a construção no próximo ano de uma fábrica de pectina HM, agente versátil, à base de frutas, com aplicações na produção de doces, sucos e bebidas lácteas. Com investimento de aproximadamente R$ 550 milhões, a instalação da planta brasileira encorpa o projeto em curso na companhia de implementar melhorias nas unidades de pectina da Alemanha, França e Itália, informa Laerte Moraes, diretor de negócios de Amidos, Adoçantes e Texturizantes da Cargill na América do Sul. A localização do empreendimento, no entanto, ainda se encontra em fase de análise, repassa ele.
As pectinas consistem em complexos de polissacarídeos estruturais presentes em vários tecidos vegetais, que fazem parte de uma variada classe de substâncias denominadas pécticas. São amplamente utilizadas no preparo de geleias, doces de frutas (compotas), itens diversos de confeitaria e sucos, principalmente devido a sua capacidade de formar géis. Também são utilizadas em alimentos como espessantes, texturizantes, emulsificantes ou estabilizantes.
Crescimento robusto
Segundo Moraes, o mercado de pectinas HM vem há vários anos apresentando crescimento robusto, impulsionado principalmente pelo setor de bebidas lácteas, bem como pela crescente demanda geral e global por insumos naturais. “A pectina HM é um importante ingrediente utilizado em produtos que atendem ambas as tendências, pois é um agente texturizante à base de plantas utilizado em bebidas e produtos de confeitaria”, observa ele. O potencial investimento em uma fábrica no Brasil, que conta com suprimento abundante de frutas cítricas, permitirá à Cargill fornecer o ingrediente na escala crescente que os clientes necessitam para atender a também ascendente demanda dos consumidores, posiciona o executivo.
A unidade de pectina HM ou de alta esterificação (alto teor de metoxilas/ATM) vai permitir à Cargill expandir a produção, elevando a oferta de pectina premium para seus clientes em todo o mundo. Para Moraes, os investimentos reforçam o compromisso da empresa com seus funcionários e com as economias da Europa e da América Latina. “Vamos assim impulsionar nossa atuação no Brasil e seguir investindo na modernização e ampliação de nosso portfólio de negócios na região”, frisa o diretor da Cargill. Ele informa que a divisão de amidos, adoçantes e texturizantes processa milho, trigo, algas marinhas, cascas de frutas, girassol, colza (couve nabiça) e soja para fabricar um portfólio abrangente de ingredientes com valor agregado sob medida para as indústrias de alimentos e bebidas. •