Volatilidade continua

Ronaldo Lima Santana
Ronaldo Lima Santana
Ronaldo Lima Santana
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2016 iniciou com queda nos preços do açúcar no mercado internacional. O declínio persistiu ao longo de janeiro e, entre muitos fatores, pode ser explicado pela alta do dólar, remuneração ao produtor relativamente alta, queda nos preços do petróleo e a esperada superssafra 2016/17 no Centro-Sul do Brasil.
A liquidação de posições compradas pelos fundos, no mercado de futuros, reforçou o ambiente de baixa verificado.

Diante desses fatores e do nível de preços que o açúcar atingiu no final de 2015, tudo indicava que uma correção técnica de baixa iria ocorrer. Em seus relatórios semanas, a JOB Economia alertou para esse fato.
No inicio de fevereiro, após ter atingido a mínima de 12,89 cents/lb, o mercado de futuros vem se mantendo acima de 13,00 cents/lb.

E a volatilidade tende a continuar. Os fundamentos de médio prazo seguem indicando déficit global. Por outro lado, a superssafra do Centro-Sul brasileiros, estoques mundiais relativamente altos e a valorização mundial do dólar desde meados de 2013 são baixistas para preços.
O gráfico a seguir mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o primeiro vencimento de março.

No caso do açúcar negociado no mercado doméstico – Estado de São Paulo – os preços iniciaram o ano apresentando tendência de alta, contrariamente ao movimento no cenário externo.

A oferta concentrada, os estoques reduzidos, particularmente de açúcar de qualidade superior e o bom volume de exportações, que vinha sendo registrado, deram sustentação à alta de preços. As chuvas ocorridas em janeiro prejudicaram as unidades que continuaram em safra, contribuindo para o movimento de alta nos preços.

A partir da última semana de janeiro, com o ambiente externo acentuando e consolidado suas perdas, o mercado local não resistiu e começou a seguir o mesmo movimento.

O gráfico a seguir apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia de preços:

Diante do cenário descrito recomendamos aos clientes da usina a utilização de instrumentos de hedge para proteção do preço de compra do açúcar. A possibilidade das cotações em Nova York continuarem se apreciando não está descartada.•

A JOB Economia realizará no próximo dia 8 de abril, no Hotel Intercontinental em São Paulo – Capital, a 15.ª edição de seu seminário anual, sob o tema Estratégias Empresariais para Açúcar e Etanol. Em um mundo globalizado, onde uma série de variáveis trazem influências sobre o mercado de açúcar, cada vez mais a excelência na gestão do negócio de venda ou compra e uma boa estratégia empresarial, farão a diferença no resultado econômico-financeiro do negócio. Esse desafio é incorporado aos objetivos do seminário, que aproveita a rica experiência profissional dos participantes para informação e posicionamento estratégico, oferecendo ideias e conceitos que ajudem no entendimento correto da situação atual. Mais informações, inscrições e programação completa pelo site www.jobeconomia.com.br.

Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente
da JOB Economia e Planejamento

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