Preços em recuperação

Setembro foi caracterizado por uma recuperação de preços nos mercados de açúcar...

Setembro foi caracterizado por uma recuperação de preços nos mercados de açúcar. As cotações da commodity no período partiram de 39,54 e atingiram 48,38 R$/lb, mostrando a remuneração ao produtor. Entre os fatores que ajudam a explicar o movimento de alta sobressaem os preços relativamente muito baixos do açúcar em cents de dólar/lb, que vinham sendo praticados até agosto, inibindo as vendas de produtores mundiais, com exceção do Brasil. O evento climático El Niño, que provoca pouca chuva na Ásia e um clima mais chuvoso no Centro-Sul do Brasil, foi se mostrando mais definido ao longo do mês, prejudicando as safras e, como conseqüência, acentuando a mitigação na oferta de açúcar. Por fim, o atraso na moagem de cana no Centro-Sul e uma safra mais alcooleira se traduziram também em menor oferta de açúcar.
O gráfico a seguir mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o primeiro vencimento de outubro.
No caso do açúcar negociado no mercado doméstico, com base no Estado de São Paulo, os preços seguiram o comportamento do mercado externo.
Com cotações em alta na cena internacional e um dólar cada vez mais valorizado frente ao real, a opção de exportar tornou-se muito atrativa para o produtor brasileiro. Com uma safra mais alcooleira e chuvas que ocorreram no mês em boa parte das regiões produtoras, obtém-se um cenário ideal para a alta dos preços.
Além disso, o andamento da safra na região, até 15 de setembro, indicava uma produção de açúcar menor em 2,6 milhões de toneladas, reforçando esse ambiente de alta para os preços.
O gráfico abaixo apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia de preços. •

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