Braço natural

Sem revelar valores, a Unilever anunciou no começo de outubro a aquisição de 100% da empresa de produtos naturais e orgânicos Mãe Terra. Sediada em Osasco (SP), a indústria vai integrar a plataforma da múlti anglo-holandesa dedicada ao segmento de alimentos saudáveis. Na ativa desde 1979, a Mãe Terra é comandada pelo empresário Alexandre Borges, que assumiu o negócio há dez anos. Nesse período, a companhia ampliou seu portfólio, hoje com 120 itens, e expandiu a distribuição para todo o Brasil.

Segundo a Unilever, Borges será mantido no cargo de diretor-geral da Mãe Terra. O objetivo é que a empresa se torne um braço da companhia, mas com gestão independente, como ocorre com outras marcas do portfólio global, a exemplo da grife de sorvetes americana Ben&Jerry’s. A expectativa é dobrar a distribuição da Mãe Terra em curto prazo, aproveitando sinergias e o maior poder de barganha da marca de produtos naturais, envolvendo negociações com o extenso portfólio da Unilever. Considerada ainda de médio porte, a Mãe Terra vem crescendo 30% ao ano e opera hoje com efetivo de 300 funcionários, repassa Borges.

Fundador da Flores Online e da agência de comunicação Significa, também vendidas no passado, Borges considerou “um alento ver o interesse da Unilever em escalar a Mãe Terra, respeitando os princípios da marca”. O mercado de alimentos orgânicos e naturais movimenta por ano cerca de R$ 30 bilhões no Brasil, estima a Euromonitor International. O país é o quinto maior mercado de alimentos e bebidas saudáveis do mundo e, nesse segmento, a Mãe Terra é a nona maior empresa, com 0,5% de participação nas vendas de orgânicos. No país, a categoria é liderada por empresas dedicadas ao segmento, como a Usina São Francisco, com a marca Native, a Jasmine e a Superbom.

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