Assédio equatoriano

Villamar, da ProEcuador: interesse pelo mercado brasileiro.

Fonte global de chocolate e cacau, o Equador exporta em torno de 260 mil toneladas (t) de cacau, volume que nos próximos três anos deve atingir 400 mil t anuais. Segundo o ProEcuador Brasil, escritório comercial local do país sul-americano, o volume de exportação do cacau equatoriano alcançou US$ 8,5 milhões no ano passado. E para 2017, a expectativa é que esse montante chegue a US$ 10 milhões, estima o instituto responsável pela promoção das exportações e investimentos do Equador no pais.

Atraídas por esse incremento, empresas brasileiras como as paulistas Bricake Chocolates e Casa Santa Luzia aderiram ao chocolate do Equador, confirma Alexis Villamar, diretor do ProEcuador Brasil. “O mercado brasileiro é bastante atrativo para a comercialização de produtos diferenciados como a linha gourmet e de chocolates orgânicos produzidos no Equador, um país com condições naturais de clima, solos e luminosidade que dão ao cacau sabor e aroma particularmente valorizados”, argumenta o executivo.

As principais variedades, complementa ele, são o cacau Sabor Arriba (ou Nacional) e o Trinitário. Há mais de 100 anos o Equador desenvolve a cultura do cacau. Os cacauicultores de cidades como Los Rios, Babahoyo e Guayas, na costa equatoriana, produzem chocolate de forma artesanal. O processo inclui as etapas de secagem, tosta e moagem de forma manual. Foi assim que o processo ficou conhecido como “chocolate de mão”. Entre as dez maiores produtoras de chocolate orgânico no mundo está a equatoriana Pacari que, ao lado de empresas como Caoni e Hoja Verde, fabricantes de chocolate com 70% de sólidos de cacau, têm interesse em ingressar no Brasil, reporta Villamar.

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