Tem que pesquisar

Ovos de Páscoa tem variação de preços de até 150%
Ovos menores: procura maior para ovos de até 170g, diz Apas.

Depois de vendas frustradas, das festas de fim de ano até o Carnaval, o varejo abriu espaço antecipado para o feriado de Páscoa, permitindo que os fabricantes de chocolate colocassem seus produtos à venda. Na primeira quinzena de março, mais de 80% da produção nacional de ovos já estavam nas gôndolas dos supermercados, avalia a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Amendoim e Balas), entidade que representa mais de 90% das indústrias de chocolate no país.

Uma sondagem da Associação Paulista de Supermercados (Apas), aponta que os supermercados locais devem registrar crescimento de 5,5% em vendas. A tendência, capta a entidade, é que os consumidores procurem por ovos menores e mais baratos, por conta dos impactos causados pela crise da pandemia. Por conta dessa sinalização no consumo, o setor tem apostado em ovos com até 170g, além de elevar a encomenda de barras e caixas de chocolate. O levantamento também aponta inflação de 7% nos ovos de Páscoa, em relação ao ano passado.

Todavia, uma consulta da Horus, plataforma de inteligência de mercado, flagrou variação de até 150% no preço de ovos de Páscoa para o mesmo produto. Um mesmo chocolate que custa R$19,90 em uma rede de supermercados pode chegar até R$49,90 em outra, exemplifica a empresa. Com essa variação, o consumidor vai ter que pesquisar muito para fazer boas compras neste ano.

A Horus elaborou uma lista com os itens que mostraram maior variação de preço do mesmo produto. Conforme o levantamento, que leva em consideração 15 milhões de notas fiscais, um mesmo ovo de chocolate de 166g pode custar R$ 23,76 em um supermercado e R$ 57,99 em outro supermercado de São Paulo, uma variação de 144%. Já no Rio de Janeiro, a variação é ainda maior, chegando aos 150,7% de aumento entre o preço praticando em um lugar e outro para o mesmo produto.

A pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 17 de março em 56 redes de São Paulo e 58 redes do Rio de Janeiro. Na base de dados, entraram pequenos varejos, super e hipermercados e ainda os atacarejos. Para realizar a pesquisa, a Horus analisa dados de compras reais no varejo por meio das notas fiscais emitidas e, com isso, consegue levantar e analisar informações como preços, produtos, marcas, categorias, volume e presença no ponto de venda, além de dados precisos sobre o perfil e hábitos de consumo de seus compradores.

 

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