Semáforo ou triângulo preto?
As propostas para a rotulagem de alimentos em análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já despertam polêmica. Segundo um estudo encomendado por fabricantes do setor, a implementação dos modelos cogitados no âmbito da agência podem gerar um impacto negativo na economia de R$ 30 bilhões a R$ 98,8 bilhões por ano. O levantamento foi feito pela GO Associados e encomendado por 22 entidades da área de alimentos e bebidas, encabeçada pela Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia).
A Anvisa avalia atualmente duas propostas. Desenvolvida por um grupo que reúne o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Universidade Federal do Paraná e outras 19 entidades, uma delas propõe a adoção, na parte frontal da embalagem, de triângulos pretos, advertindo o consumidor sobre o excesso de ingredientes que podem fazer mal à saúde, como açúcar, sódio e gorduras. As indústrias, de outro lado, propõem a inclusão, na parte frontal das embalagens, de um “semáforo” destacando informações sobre o volume de açúcar, gorduras saturadas e sódio. A quantidade pode ser classificada como “alta” (em vermelho), “média” (amarelo) ou “baixa” (verde).
De acordo com o estudo da GO Associados, o modelo de rotulagem por semáforo pode gerar um impacto negativo na economia entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Já o modelo de advertência, sugerido pelo Idec, causaria a perda de quase R$ 100 bilhões.
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