Profissionais que atuam na área de assuntos regulatórios apresentam diferentes formações e perfis: de farmacêuticos a químicos, passando por engenheiros em alimentos, veterinários, advogados e nutricionistas. Parte desses profissionais adquirem conhecimento sobre a atividade no dia a dia. São aliados estratégicos para o desenvolvimento e lançamento de produtos no mercado e, por essa razão, precisam estar em constante processo de aprendizado e aperfeiçoamento. Com o objetivo de desenvolver e capacitar mais profissionais para atuar em órgãos reguladores, setor produtivo, entidades de classe na área de assuntos regulatórios e relações governamentais na indústria de alimentos, o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) está lançando o primeiro curso de pós-graduação no Brasil com foco na área em regulamentação em alimentos, no formato de Pós-Graduação Modular.
Tatiana Raposo Pires, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), é coordenadora e professora do curso Assuntos Regulatórios e Relações Governamentais. “É uma ótima oportunidade, tanto para os profissionais que já atuam no mercado, quanto para os recém-formados, pois possibilita agregar conhecimento que, até então, não era ministrado no país com foco específico na área de alimentos”, reporta Tatiana, engenheira em alimentos pelo IMT, mestre e doutora em Ciência dos Alimentos pela USP. Segundo ela, a indústria de alimentos tem a missão de se modernizar constantemente, sendo relevante que as agências reguladoras acompanhem todo esse processo e participem da construção de marcos regulatórios, de acordo com as necessidades detectadas.
Para Tatiana, o escopo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), quando comparada a outras agências reguladoras, é extremamente amplo. No entanto, as categorias de alimentos não eram pautas prioritárias. Recentemente, a agência reguladora passou a priorizar temas relacionados à área de alimentos, a exemplo da publicação dos temas da Agenda Regulatória (AR) do Quadriênio (2017-2020), que possui 15 temas relacionados diretamente ao macrotema alimentos. Assim, o órgão fiscalizador tem realizado mudanças positivas junto a indústria.