O mercado internacional de açúcar, no vencimento da tela de junho, acusou um recorde na entrega física do produto na Bolsa de Nova York, totalizando 2,1 milhões de toneladas de açúcar. A mudança para maior no volume de entregas foi um sinal de variação possível na tendência dos preços, condição esta que remete a 2015, quando ocorreu forte e brusca elevação nas cotações. O episódio foi reforçado pela posição dos fundos, que voltaram a comprar na última semana de junho e passaram a apresentar posição liquida comprada – considerada a posição em mercado de futuros, que não inclui o mercado de opções.
Por outro lado, no momento esse movimento altista nada mais é que uma possibilidade, tendo em vista que o período de chuvas na Ásia (monções) está apenas no início e se tornando cada vez mais intenso. Ou seja, a nova safra mundial de açúcar 2019/20 ainda não tem seu tamanho definido.
O gráfico abaixo mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, em cents/lb e R$/t, tomando como base o 1º vencimento.
Com o avanço da safra no Centro-Sul brasileiro e clima mais favorável à produção nas últimas semanas, observa-se o decorrente aumento na oferta de açúcar na região. Com isso os preços seguem relativamente estáveis com viés de baixa.
O desconto médio de preços do açúcar cristal JOB X Esalq na última semana de junho alcançou 4,8%. Com a safra avançando, uma melhora na qualidade e disponibilidade do produto tem sido observada, contribuindo para explicar a redução no desconto médio de preços.
O gráfico a seguir apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia e Esalq.
No acumulado da safra, a moagem de cana-de-açúcar, até 16/06/19, foi 4,1% menor que no mesmo período da safra anterior. Já o açúcar foi 10,4% menor. Após dois meses e meio de início de safra, esta ainda é alcooleira, com um mix de 66% para o etanol, ligeiramente maior que na safra passada (65%). Até agora, tudo indica que mais etanol será produzido e menos açúcar será exportado.
Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente
da JOB Economia e Planejamento
Atuando há 25 anos no mercado, através de seus relatórios e trabalhos de consultoria, a JOB Economia tem como objetivo principal um posicionamento correto nas estratégias empresariais, incluindo contribuir para que seus clientes façam um bom trading.
Dentre os produtos do portfólio, o relatório “Monitoramento Semanal dos Mercados – Açúcar & Etanol”, realizado desde 1995, busca fornecer informações claras, objetivas e isentas sobre os mercados de açúcar e etanol no Brasil e no exterior. O objetivo final é posicionar os clientes adequadamente em suas estratégias de compra e venda.
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