< PreviousCOMPLEXO DE CURITIBA INVETIMENTOS NA PRODUÇÃO PARA COMPORTAR INCREMENTO ESPERADO NA DEMANDA.Doce Revista Março/Abril 201810www.docerevista.com.brCom a reestruturação em curso no país, incluso o fechamento de duas unidades, o grande desafio da Mondelez é acelerar o crescimen-to nas categorias em que atua. Dados da consultoria Nielsen indicam que, no acumulado de 12 meses encerrado em fevereiro deste ano, a companhia detém 8,3% de participação em volume de vendas no segmento de biscoitos. Em chocolate, repassa o instituto, a fatia é de 34,7%. Segundo Augusto Lemos, pre-sidente da empresa, o plano para inten-sificar o crescimento inclui trazer neste ano produtos que já fazem sucesso no exterior. Na feira da Apas (Associação Paulista de Supermercados), promovi-da em maio em São Paulo, a Mondelez exibiu em primeira mão aos varejistas linhas que sobem às gôndolas a partir de junho, a exemplo de tabletes Lacta nos sabores de geleia de morango, baunilha e amendoim, caramelo salgado e coco. "São itens que existem lá fora e são muito bem-sucedidos e, portanto, a ex-pectativa é a mesma também por aqui", acalenta o executivo.Detentora de marcas como Lacta, Oreo, Club Social, Tang, Halls e Trident, a Mondelez vem promovendo uma sé-rie de ajustes em sua estrutura no país, como parte da estratégia global de redu-zir custos e melhorar a produtividade. "A meta é alcançar um equilíbrio entre ge-ração de receita e lucro, e sendo o Brasil o maior mercado da companhia na Amé-rica Latina, é impossível ficar fora desse plano", assinala Lemos.As mudanças por aqui incluem o fe-chamento, já em curso, das fábricas de Bauru (SP) e Piracicaba (SP); a ampliação de outras duas unidades e a abertura de um centro de distribuição (CD), além de extensões no portfólio. A Mondelez inau-gura em maio na cidade de Viana (ES) um CD dimensionado para atender os estados do Rio de Janeiro, Espírito San-to e Minas Gerais. A unidade reforça a cobertura dos centros de Louveira (SP), Araucária (PR), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Maceió (AL)Com a reestruturação, a produção de balas, gomas de mascar, chocolates, bebidas em pó, sobremesas e cream cheese fica centralizada no complexo de Curitiba (PR), um dos maiores do grupo fora dos EUA. Já a operação de biscoitos e chocolates se concentra em Vitória de Santo Antão (PE), a mais recente fábrica em operação da companhia. Sem abrir valores ou volumes, Lemos comenta que a Mondelez está investindo em ex-pansões nas fábricas do Paraná e Per-nambuco para torná-las aptas a receber esse incremento na produção e atender à demanda crescente no país. CRESCIMENTO NO TRIMESTRE Controladora da subsidiária local, a Mondelez International investiu US$ 3,5 bilhões entre 2014 e 2018 na reestrutu-ração de seus processos produtivos e lo-gísticos em todo o globo. A meta da com-panhia, com essa reestruturação, é obter uma economia anual de US$ 1,5 bilhão. Segundo o último balanço, a empresa fe-chou o primeiro trimestre com lucro líqui-do de US$ 938 milhões, resultado 48,9% acima do registrado no primeiro trimestre de 2017 e a receita líquida global cresceu 5,5%, atingindo a casa dos US$ 6,7 bi-lhões. Excluindo a variação do câmbio, o aumento foi de 2,4%.LEMOS, DA MONDELEZ COM RESULTADOS EM LINHA COM O PROJETADO, A META É MANTER O AVANÇO.AJUSTES NA OPERAÇÃOReestruturação na Mondelez visa incremento nos mercados de biscoito e chocolateVitrineLINHAS DE BEBIDAS EM PÓ LIDERANÇA ISOLADA COM MARCA TANG.www.docerevista.com.br11Março/Abril 2018 Doce RevistaTambém sem abrir números, Le-mos posiciona que as vendas no Bra-sil responderam bem ao crescimento esperado para o primeiro trimestre. "A companhia apresentou resultados em linha com o projetado e, para o resto do ano, a meta do grupo é manter o avanço, principalmente em países emergentes", frisa o executivo.No ano passado, a Mondelez inves-tiu mais em linhas que mesclam mar-cas campeãs nos redutos de chocolate e biscoitos, a exemplo de Bis Oreo e de Laka com Oreo. "Apesar da aposta tida como certeira, o retorno dessas linhas tem sido uma grata surpresa", salienta Lemos. Além de reformular outro hit do mercado, incorporando mais chocolate à linha Bis, a empresa introduz o Bis Black, com biscoito de chocolate na estrutura. Ainda nessa categoria, acrescenta à li-nha Crostini, da marca Club Social, os sabores ervas & cereais e alho com er-vas de Provence, anuncia Lemos. No segmento de candies, as mexi-das abrangem a categoria de gomas de mascar com o lançamento de uma embalagem com 18 unidades para a marca Trident. "Um número expres-sivo de consumidores só encontrava essa embalagem maior no exterior e cobrava da empresa essa opção dis-ponível também aqui no Brasil", grifa o dirigente, situando a fatia da empre-sa no mercado de gomas em 37,1%, em volume. No filão de bebidas em pó, a companhia também reformulou as embalagens do suco pré-adoçado Tang, número um da categoria com 50,6% de share em volume. •Doce Revista Março/Abril 201812www.docerevista.com.brImportadora de alimentos respon-sável pela introdução de linhas de guloseimas e snacks saudáveis no país, a curitibana Latinex garimpou gri-fes pelo mundo afora, encorpando um portfólio hoje com 151 itens, disponí-vel nas gôndolas das principais redes de supermercados, empórios e casas de produtos naturais de todo o Brasil, com marcas como Smart, Fit Food, Frontera, Taste&Co e Tyrrells. Para reunir esse sofisticado leque, o em-presário Eduardo Moraes visitou mais de 60 países, partindo da premissa de trazer alimentos para aproximar o público brasileiro das tendências mun-diais de alimentação. “Nosso catálogo oferece os melhores sabores do mun-do, incluindo hoje também marcas do Brasil, sempre com muita praticidade e qualidade, atendendo as diferentes ocasiões de consumo”, assinala o CEO da Latinex. Em sua estreia na Apas-Show, maior feira do setor supermer-cadista nacional, promovida em maio em São Paulo, ele surpreendeu clien-tes e convidados, anunciando linhas de fabricação própria. Na entrevista a seguir, Moraes relata a trajetória e evolução da Latinex e sua investida na industrialização. DR – O que motivou a criação da Latinex?Moraes – O objetivo foi viabilizar uma operação para trazer tendências globais de alimentação para os consu-midores brasileiros. O intuito é disponi-bilizar produtos inovadores para que as pessoas tenham mais opções de con-sumo e qualidade na alimentação do dia a dia.DR –Por que a empresa decidiu ingressar no mercado de snacks?Moraes – Como em todo e qual-quer investimento, primeiro fizemos um levantamento de mercado para visualizar o universo das possibili-dades em alimentos para o varejo. E decidimos ingressar primeiramente em snacks, porque vimos uma lacu-na na oferta e queríamos preenchê-la com opções saudáveis, que é a gran-de tendência global. O diferencial foi buscar essas alternativas dentro de um formato que entrega sabor e con-veniência para consumidores, cujo perfil inclui quem tem estilo de vida ativo e pouco tempo para escolher ou preparar suas refeições.DR – Qual era a sua experiência no segmento de varejo alimentar?O QUE IMPORTA É O CONSUMIDOR FELIZResponsável pela importação de snacks saudáveis, a Latinex ingressa na fabricação de guloseimasLINHA DE SNACKS ÉTNICOS SACADA DA LATINEX PARA APROXIMAR TENDÊNCIAS GLOBAIS DO PÚBLICO BRASILEIRO.Entrevistawww.docerevista.com.br13Março/Abril 2018 Doce RevistaMoraes – Nenhuma, o que de certa maneira foi positivo para o início das operações. Essa ausência de back-ground nos deu um olhar externo mais isento. Fomos selecionando e desenhan-do as linhas de produtos a partir de uma experiência mais individual como consu-midor. Dessa forma, considero que a em-presa não tem os vícios nem os limites dos grandes fornecedores de alimentos.DR – Como foi definido o portfólio de itens importados? Moraes – Trata-se de um trabalho ainda em curso e de maturação sem prazo definido, mas inicialmente foi a partir de estudos das macrotendências em alimentação (saudável, gourmet, in-gredientes, sabores) cruzados com as oportunidades no mercado brasileiro. O câmbio também teve uma forte influen-cia no início, uma vez que tudo estava em teste e não podíamos repassar os incrementos aos nossos clientes.DR – Qual linha pode ser considerada carro-chefe? Moraes – Temos a felicidade de não ter um carro-chefe, mas uma divi-são saudável entre as marcas, linhas e itens. Algumas têm maior volume e me-nor margem, outras o inver-so. É um conjunto em que cada marca tem seu papel claro e complementa a ou-tra para um negócio forte e crescente. DR – O que pesou na decisão de investir na fabricação dos produtos?Moraes – Como estamos crescendo num ritmo ace-lerado, vimos a necessida-de de melhorar o tempo de resposta aos clientes. Além disso, com produção local nós podemos nos lançar a planos mais ousados em termos de volume. O ano passado foi de aprendizado, no qual mudamos o modelo de negócio. Passamos de importadores de marcas de terceiros para uma indústria com mar-cas próprias. Apesar de trocar a roda com o car-ro andando, tivemos um crescimento expressivo, de 40% e, para 2018, esperamos novamente algo na mesma ordem.DR – Quais os planos para a ala de produção neste ano?Moraes – Investi-mos em tecnologia de ponta, inédita no Brasil, para oferecer o que há de mais moderno em salgadinhos saudáveis. Alem disso, na linha de temperos investimos em automatização e controle da cadeia para oferecer ingre-dientes exclusivos com rastreabilidade total. Somos ágeis e flexíveis, porém nosso principal trunfo é desenhar mar-cas e produtos pensando em quem de-cide: o consumidor.DR – Qual lançamento destaca nesse semestre?Moraes – Introduzimos a linha de temperos e molhos Masterchef Bra-sil, que é assinada pelo chef Erick Jacquin, atendendo fãs da culinária e público das classes A/B/C. Foi apre-sentada em primeira mão ao varejo na ApasShow, em São Paulo, com um mix de 20 produtos com qualidade superior e embalagens exclusivas, que se destacam dos produtos tra-dicionais.•MORAES VISITA A MAIS DE 60 PAÍSES PARA CRIAR PORTFÓLIO COM 151 ITENS.GULOSEIMAS SAUDÁVEIS DEMANDA CRESCENTE NO BRASIL E NO MUNDO.Doce Revista Março/Abril 201814www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br14DÁ VONTADE DE COMERAgora considerados aliados na nutrição, os snacks do grão sinalizam demanda explosiva na combinação de Festas Juninas com Copa do MundoA proximidade do período das fes-tas juninas, que coincide com as rodadas da Série A do Brasileirão e, excepcionalmente neste ano, com a Copa da Rússia, instiga o consumo de amendoim nas suas mais diferentes versões de receitas salgadas e doces. A maioria da população brasileira con-some amendoim nessa época do ano. Antes atribuída mais a uma intuição geral, essa constatação foi confirmada por estudo de mercado dando conta de que quase a totalidade dos brasileiros consomem guloseimas, confeitos doces e salgados à base da oleaginosa e tam-bém o produto in natura – em receitas culinárias – no período que compreen-de os meses de maio a julho (ver qua-dro à página 18). Apesar da disposição e apetite do brasileiro para consumir amendoim, são poucos os dados disponíveis sobre essa demanda. Segundo levantamento da Euromonitor International, o volume total de amendoim vendido a granel no Brasil (processado e não processado, com ou sem casca e não embalado) su-biu de 231,5 mil toneladas (t) em 2012 para 248,3 mil t em 2017, cravando alta de 16,3% no quinquênio. Confirmando a crescente industrialização e agrega-ção de valor às linhas à base do produ-to, a consultoria projeta incremento no volume nos próximos cinco anos, alcan-çando 276,6 mil t, em 2022.“Constatamos por meio de pesqui-sas que o mercado de salgadinhos do tipo snacks apresenta queda pelo ter-ceiro ano consecutivo, porém os itens à base de amendoim crescem dentro da categoria, atingindo 10% no último ano móvel (maio2017/abril 2018)”, reporta Luis Roberto Bertella, diretor comercial da Santa Helena, potência na fabrica-ção e venda de guloseimas à base de amendoim. Para ele, o consumo do grão puxa os indicadores do mercado de snacks para cima, evitando uma que-da geral ainda maior. Em relação aos confeitos doces, acrescenta Bertella, o que se percebe é o consumidor cada vez mais em busca de algo diferente. “Por isso, estamos sempre inovando e expandindo a família dessa linha”, grifa o executivo. Já o crescimento observado na de-manda de confeitos de amendoim tem AMENDOIM 87% DOS BRASILEIROS CONSOMEM O PRODUTO DE MAIO A JULHO.Especial / Confeitos de Amendoimwww.docerevista.com.br15Março/Abril 2018 Doce Revista15www.docerevista.com.brsido compatível com o atual pulso do mercado e planejamento da Santa Hele-na. A empresa, de certa forma, provoca esse aumento por meio de lançamen-tos, revisões no portfólio, promoções e ações que buscam despertar o consu-mo, nota Bertella, frisando que, apesar dos esforços empreendidos pelas mar-cas que atuam no país, a categoria de amendoim ainda não está totalmente estabelecida. “Há um avanço regular em todos os segmentos, mas a Santa Helena acaba sobressaindo nos pon-tos de venda (PDVs) pelos produtos de maior valor agregado, sabores diferen-ciados, embalagens e apresentações inovadoras”, assinala o diretor. Com participação em todos os segmentos e canais, parte do portfólio de maior valor agregado se destaca nos canais mais sofisticados, observa ele. Nos últimos anos, situa Bertella, a Santa Helena vem intensificando o tra-balho no desenvolvimento da categoria de amendoim, conseguindo assim uma fatia significante nas operações, tanto de snacks quanto de guloseimas doces. “Como número um e maior especialis-ta no setor, a Santa Helena desenvolve essa segmentação para os varejistas”, grifa. ALIADO DA NUTRIÇÃONa Dori, o diretor comercial Paulo César Venturini e o head de ativação e trade marketing Luís Carlos Perei-ra confirmam o panorama atual na demanda de confeitos de amendoim. Ambos notam que a categoria vem apresentando crescimento nos últimos anos, bem como taxas superiores às dos demais snacks salgados. “No úl-timo ano, tivemos um crescimento de 10% e o principal driver desse avanço foi o aumento da percepção do consu-midor de que amendoim é um snack mais saudável”, pontua Pereira. Nesse capítulo da saudabilidade, o amendoim acentua a contagem de pon-tos, desde a descoberta de que é um grande aliado da nutrição humana. Se-gundo especialistas, ele garante a sa-ciedade por mais horas, inibe a inges-tão de guloseimas mais calóricas, ou seja, não engorda e ajuda no processo BERTELLA, DA SANTA HELENA AMENDOIM PUXA INDICADORES DA CATEGORIA DE SNACKS PARA CIMA.Doce Revista Março/Abril 201816www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br16ferior ao share que ele tem no universo de snacks”, observa Pereira. Para Venturini, o mercado de snacks de amendoim salgado tem crescido mais que as versões doces e isso ocorre tam-bém devido a uma percepção do grão como petisco de perfil mais adulto. Den-tre as versões doces, o diretor destaca a linha Disqueti de amendoim coberto com chocolate. “Mas a categoria tem mui-tas possibilidades e caberá à indústria entender o consumi-dor cada vez mais e ofertar produtos in-teressantes para as várias ocasiões de consumo”, comenta. Pereira insere que o varejo da categoria deveria destinar um espaço maior para o segmento de tal for-ma que possa expor para o seu consumi-dor toda a variedade existente. Para ele, com o aumento da demanda por sna-cks de amendoim é natural que haja um processo de seg-mentação e os pro-dutos que oferecem de reeducação alimentar, além de ser fonte de proteínas, fibras, antioxidantes e fitoquímicos, proporcionando diversos benefícios ao organismo. Por conta des-se perfil renovado, na Dori a recomen-dação ao varejista é a de prestar muita atenção no espaço destinado à cate-goria. “Muitas vezes encontramos em alguns PDVs espaço para amendoim in-diferenciações de sabores e crocância já tem seus consumidores fiéis. “Com 35% de market share, a Dori é líder no mercado de snacks de amendoim e jus-tifica essa posição por uma administra-ção cuidadosa do mix e seu marketing”, sublinha o gerente, completando que os produtos oferecem qualidade superior , com posicionamento de preço justo; as embalagens já se tornaram icônicas e a distribuição é bem capilarizada, FORÇA DA INOVAÇÃOCom atuação em várias frentes de alimentos e bebidas no Centro-Oeste do país, a GSA registra que a demanda de amendoim e derivados degustava ascensão até 2014, mas entrou em de-clínio com a intensificação da crise no país. “Nos anos seguintes a queda no consumo se acentuou, porém 2018 ini-ciou de forma diferente, com a economia mostrando sinais positivos e o mercado ensaiando reação”, avalia Renata Melo, gerente de pesquisa e desenvolvimen-to (P&D) e embalagem da empresa. Na cena atual, ela observa uma retomada de crescimento, tanto em valor quanto em volume. “Esse cenário favorece a inovação, que volta com força no ramo dos confeitos de amendoim, conquis-ta pontos extras nas grandes redes de supermercados e de atacadistas, con-tribuindo para alavancar as vendas”, enfatiza. ARSENAL DA SANTA HELENA RENOVAÇÃO GERAL, DE CONFEITOS SALGADOS A DOCES TRADICIONAIS.Especial / Confeitos de Amendoimwww.docerevista.com.br17Março/Abril 2018 Doce Revista17www.docerevista.com.brAntes de se deteriorar, argumenta Renata, o consumo do amendoim entre os brasileiros se resumia à sua forma torrada com ou sem sal, servida como aperitivo, ou aos doces como o pé de moleque e a paçoca, até hoje atrações nas festas juninas. Estudos mostram que os benefícios do amendoim – rico em vitaminas e minerais – fizeram com que o varejo disponibilizasse mais es-paços para inovações, como a pasta de amendoim, farofa de amendoim, man-teiga de amendoim, óleo de amendoim, e claro, a evolução das versões doces, a exemplo de bolo integral, granola zero açúcar de amendoim e alfarroba, re-cheios, pipocas de pasta de amendoim e amendoins cobertos com chocolates zero açúcar. “O consumo voltou a cres-cer principalmente nas categorias de produtos saudáveis, por ser uma rica fonte de proteínas de origem vegetal, gorduras mono e poli-insaturadas, que são muito importantes para a saúde cardiovascular”, exalta a especialista. Além disso, completa Renata, o amendoim realmente confere sensação de saciedade, sendo muito utilizado em dietas. Dentro dessa nova percepção da categoria, as indústrias in-vestem mais a casa dia em produtos voltados para o fitness, onde o amendoim é apresentado em ver-sões como bolos, cremes de amendoim, manteigas/óleos de amendoim, gra-nolas e snacks saudáveis.Detentora das marcas Velly e Produtos Paulis-ta, a GSA opera por en-quanto com versões de amendoim torrado sem pele salgado e com o tipo torrado sem pele e sem sal em diferentes gra-maturas. O amendoim cru vermelho e branco com casca é comercializado apenas sob a marca Produtos Paulista. A empresa desenvolve promoções e in-centiva o consumo, com ações de trade marketing para o consumidor final e VENTURINI E PEREIRA, DA DORI TRADE DEVE ABRIR ESPAÇO MAIS CONDIZENTE COM SHARE DOS SNACKS DE AMENDOIM.Doce Revista Março/Abril 201818www.docerevista.com.brwww.docerevista.com.br18maior exposição do produto nas gôn-dolas. Na atual temporada, o diferencial nas vendas fica por conta da Promoção Arraiá Velly e Produtos Paulista, unindo pela primeira vez a tradição junina e a Copa Mundo, destaca Renata. “Com isso, esperamos um aumento de 25% nas vendas da categoria”, assinala ela. Na Santa Helena, Bertella também estima em 25% o incremento nas vendas de produtos à base de amen-doim durante as festas juninas e jogos do Brasileirão e Copa do Mundo. “As pessoas buscam cada vez mais alter-nativas para os diferentes momentos de consumo e temos atendido essa demanda com inovações em sabores e também embalagens para os diversos canais”, afirma.Carro-chefe da linha de confeitos, a marca Paçoquita ganhou uma versão com cobertura de chocolate e foi um dos 12 itens incorporados ao portfólio e apresentados em primeira mão ao trade na Apas Show (feira e congresso do setor supermercadista), promovida em maio em São Paulo. Além de outra variante mais crocante de Paçoquita, também com cobertura de chocolate, a empresa destacou linhas de doce de amendoim com chocolate na massa, fondant de leite com amendoim, briga-deiro com amendoim e a Peanut Butter, sua versão da manteiga de amendoim americana. “Além disso, tivemos itens repaginados, como o amendoim cara-melizado, o doce de amendoim gibi e o pé de moleque crocante, com novas embalagens e gramaturas menores e mais fáceis de carregar”, complementa Bertella, frisando entre as estrelas no filão de snacks as marcas Mendorato e Crokíssimo.MENU DA COPA Também com novidades na Apas Show, a Dori apresentou dentro da linha de snacks Pettiz uma versão de sabor tomate seco e manjericão, desenhada sob medida para encorpar os aperitivos durante as festas juninas e Copa do Mundo. Outra contribuição para a linha de amendoins crocante foi o sabor de gergelim e linhaça. “São produtos dife-NOVIDADES DA DORI AGREGAÇÃO DE VALOR, COM ITENS SOB MEDIDA PARA AUTOSSERVIÇO.RENATA, DA GSA BENEFÍCIOS DO AMENDOIM GERAM INOVAÇÕES EM NOVAS FRENTES.PREFERÊNCIA NACIONALPesquisa do Conecta, plata-forma on-line do grupo Ibope, encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias de Cho-colate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), apurou que 87% dos brasileiros consomem confeitos à base de amendoim durante as festas juninas. Esse consumo é retomado por 21% da população nas comemora-ções de Cosme e Damião, em setembro, e 17% têm o hábito de degustar salgadinhos à base da oleaginosa em eventos esporti-vos como os jogos do Brasileirão, a partir de maio. O estudo tam-bém indica que, nas localidades onde prevalece a tradição da montagem dos arraiais típicos, o consumo de amendoim cresce 66%. No Nordeste, onde os fes-tejos mobilizam habitantes locais e turistas, o índice sobre para 77%. Além disso, é costume, para 62% dos entrevistados de todas as regiões do país, pres-tigiar as comemorações fora do lar, nas quermesses em escolas, clubes, condomínios ou mesmo em ruas, sobretudo no Centro--Oeste (78%) e Norte (71%) do país. Para esta amostra, o Co-necta entrevistou mais de 1.200 internautas brasileiros, entre ho-mens e mulheres, a partir de 16 anos, das classes A/B/C.Especial / Confeitos de Amendoimwww.docerevista.com.br19Março/Abril 2018 Doce Revista19www.docerevista.com.brrenciados em sabor e crocância e com um forte apelo de saudabilidade”, co-menta Pereira. Além do Disqueti Crispy, pastilha de chocolate crocante, também exibida no evento dos supermercadis-tas, a Dori anunciou a distribuição da linha Jubes Fruit Snacks. “Trata-se de um produto inédito, que oferece todo o sabor da fruta além de vitaminas e sais minerais, disponível nas versões Iogurte e Morango, Iogurte e Bluberry, Berries & Sour, Cherry Sour e Original & Frutas”, grifa o gerente de trade marketing. Estreante no filão de snacks de amendoim, a Brassuco decidiu dispu-tar a categoria ao observar, a cada ano, esse tipo de produto cair no gosto do paladar brasileiro. “A oferta hoje exibe itens de qualidade a uma distribuição diversificada, que encontra boa recep-tividade por parte do consumidor”, ana-lisa Emilia Ricardi, gerente de produtos da indústria, mais conhecida pelas li-nhas de bebidas em pó, sobremesas e doces. Segundo ela, a expectativa deste ano para os salgadinhos tipo aperitivo é bem alta por causa da Copa da Rússia, gerando a perspectiva de alto giro tanto para a indústria como para o trade. “A movimentação geral se intensifica e fa-vorece o consumo por impulso”, grifa a executiva.Ela conta que a Brassuco ingressou no reduto de doces e snacks em 2016 e a linha com amendoim já estreou com itens de maior valor agregado, que vêm sendo apresentados a PDVs diferencia-dos. Produtos sofisticados, com valor agregado, precisam estar em pontos específicos para que o produto gire e seja um sucesso, considera Emilia. “O LINHA DE SNACKSDA GSA APOSTA NA MARCA VELLY EM VERSÕES SALGADAS SEM PELE.Next >