O que vem por aí

Cinco tendências que irão impactar o desenvolvimento de candies e snacks em 2020
Revolução plant-based
Revolução plant-based: crescem as aplicações de ingredientes oriundos de vegetais em snacks e candies.

Uma pesquisa global com consumidores levada a cabo pela consultoria britânica  Innova Market Insights no ano passado capta o crescente interesse por ingredientes baseados em plantas (plant-based) e as recentes inovações em textura entre as principais tendências a serem incorporadas pela indústria de candies e snacks em 2020. Segundo o relatório da Innova, o capítulo batizado “Narrativas: Vencendo com palavras” (“Storytelling: Winning with Words”) inaugura a lista de tendências, com consumidores cada vez mais interessados no descobrimento pelas histórias por trás de determinadas comidas. Com relação a candies e snacks, essa corrente valoriza não apenas a proveniência de ingredientes mas também bastidores de pequenos lotes, a produção artesanal e a celebração de diferentes culturas.

Já a “Revolução Plant-based” (“The Plant-Based Revolution”) se refere ao  movimento escorado em exigências de produtos mais naturais, considerados sadios e ecológicos. Dois terços dos consumidores globais dizem que querem evitar produtos com formulações difíceis de entender. Como resultado, ingredientes conhecidos do mundo natural são favorecidos no desenvolvimento dos snacks. Essa corrente favorece especialmente a demanda por produtos vegetarianos, com guloseimas enquadradas na categoria de barras (de cereais, de frutas etc.) incorporando todas as espécies de ingredientes plant-based.

Entre 2018 e 2019, o número de consumidores globais que disseram esperar investimentos das companhias em sustentabilidade aumentou de 65% para 87%. Com isso, a corrente do “Domínio Sustentável” (“The Sustain Domain”) é outra tendência forte. O mercado de snacks e candies ataca essa questão de vários modos. No Japão, por exemplo, empacotadoras de papel substituíram o plástico nas barras de chocolate Kit Kat, da Nestlé, enquanto a questão de resíduos de comida também segue evoluindo, com frutos e verduras menos perfeitos sendo reaproveitados como ingredientes em candies e snacks saudáveis.

Os consumidores procuram cada vez mais “A Mordida Certa” (“The Right Bite”) bem como tentam equilibrar a vida agitada com apostas em bem-estar. O hábito de beliscar (snacking) é uma parte crucial disso pois snacks podem fornecer uma nutrição útil quando não há tempo para uma refeição  normal. Uma área que espera ganhar mais importância é a da comida de humor (mood food), com ingredientes ativos em snacks que ajudam consumidores a relaxar, melhorar o seu sono ou alternativamente sentir-se mais energizados para encarar o dia a dia. Ao mesmo tempo, as guloseimas mais doces e indulgentes contribuem para entregar mais conforto em um mundo estressante.

A quinta tendência-chave deste ano é o “Deleite da Textura” (“Tapping into Texture”). Ela é relevante para candies e snacks como um instrumento importante na entrega de novidade. Sete em dez consumidores globais pensam que a textura confere ao alimento uma experiência mais interessante, e isso é especialmente evidente em grupos de idade mais jovem. Um total de 56% de idades entre 26 e 35 anos diz que se preocupa mais com a experiência de textura do que com a lista de ingredientes. Portanto, as apostas em texturas podem ser um instrumento útil visando o público millennial.

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