Os produtos plant-based tem revolucionado o mercado de alimentos e bebidas em todo o mundo, mas ainda existem diversos níveis de maturidade de mercado entre os lugares. Para entender essas diferenças, a Gouvêa Foodservice, em parceria com a Toluna, empresa de inteligência de insumo, realizou um estudo que compara o mercado brasileiro com o norte-americano.
Andrea Barbosa, diretora de pesquisa da Toluna, explicou que eles consideraram três tipos de públicos para realizar o estudo e comparar o mercado dos dois países: os consumidores de produtos plant-based; os que conhecem, mas não consomem; e as pessoas que nunca ouviram falar deste tipo de produto.
A diretora revelou que a maioria dos consumidores de produtos plant-based se consideram carnívoros e, dentro desse público, metade se denomina flexiteriano, ou seja, a pessoa que segue uma dieta onde eventualmente comem carne. Entre as principais motivações citadas para se tornarem flexiterianas estão a 65% estão preocupados com a saúde e 15% com o meio-ambiente.
A pesquisa também mostrou que quando pessoas estão iniciando na categoria ou buscando um novo alimento ou bebida plant-based, elas buscam qualidade, sabor e preço acessível.
Segundo Ron Ruffinot, head de pesquisa Américas da Toluna, o mercado brasileiro ainda tem espaço para crescimento pois a maioria dos consumidores é novata e dizem ter entrado na categoria plant-based nos últimos 12 meses.
Mesmo com um mercado em estágio inicial, existem elementos que motivam o brasileiro a consumir alimentos plant-based como a busca por produtos que impactam na saúde o principal, o em explorar novidades e, em terceiro lugar, a mudança de lifestyle.
Entre os motivos citados pelos entrevistados para não consumirem produtos plant-based com frequência, 57% acreditam que eles são caros e 29% citam a dificuldade de encontrá-los.
Ruffinot ressalta a necessidade de deixar detalhado e explicito os nutrientes, os ingredientes e as certificações dos alimentos e sugere que as marcas eduquem o consumidor a entender a categoria e que o produto é para qualquer um e de consumo diário. Ele também acrescenta que as empresas precisam se fazer mais presentes nos supermercados e prateleiras, saindo de espaços nichados.