Licença para crescer

Marici, da Abral o Brasil entre os cinco maiores mercados de licenciamento.
Marici, da Abral o Brasil entre os cinco maiores mercados de licenciamento.

O mercado de licenciamentos movimentou no Brasil cerca de R$ 17 bilhões em 2015. Apesar dos prognósticos negativos, a expectativa para o setor é de um crescimento em torno de 5% para este ano, repassa a Abral (Associação Brasileira de Licenciamento). “O Brasil está entre os seis países com maior faturamento em licenciamento de marcas do mundo. Só nos Estados Unidos o setor movimenta cerca de US$ 240 bilhões, o que nos indica um enorme potencial a ser explorado”, analisa Marici Ferreira, presidente da Abral, incluindo Japão, Inglaterra, México e Canadá na lista dos mais expressivos.
Para a dirigente, o segmento de alimentos ganha cada vez mais espaço no mercado de licenciamento. Hoje as gôndolas já apresentam diversas opções de produtos licenciados, desde guloseimas como biscoitos, snacks, chocolates, balas e derivados até itens antes desconsiderados pelos licenciadores, como sucos, iogurtes, congelados, frutas, verduras, gelatinas, bolinhos e pães, entre outros. “A oferta de produtos licenciados por parte da indústria alimentícia é cada vez maior e, atualmente, o segmento ocupa o quinto lugar no ranking dos que mais utilizam o licenciamento como ferramenta de marketing”, observa Marici, apontando os setores de confecção, papelaria, brinquedo e higiene como os campeões no uso do recurso.
Entre as várias categorias de alimentos, as linhas destinadas às crianças são as que mais reincidem no uso de licenciamentos.“Há ainda uma tendência em produtos de hortifruti (maçãs, tomatinhos, alfaces, minimelancias), que passaram a utilizar o licenciamento como diferencial para chamar a atenção de crianças e suas famílias para uma alimentação mais saudável”, nota a dirigente da Abral. Já o setor de guloseimas (chocolates, balas, chicles, pirulitos, salgadinhos, biscoitos) é um dos que mais buscam os licenciamentos como forma de diferenciar as suas marcas, nota a executiva. “A Fini e a Riclan fazem um excelente trabalho com diversas marcas em suas linhas de produtos, por exemplo. Mas certamente é um mercado com muito potencial de crescimento”, pondera.

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