Supridora de gelatinas e proteínas de colágeno para aplicações em balas e confeitos, a Gelita alinha sua infraestrutura no país ao pilar corporativo que traduz cuidados com as pessoas, a sociedade e o meio ambiente. As ações nessa direção podem ser constatadas nas três plantas brasileiras e nas práticas cotidianas dos mais de 300 funcionários locais, observa Danilo Scarpari, gerente ambiental da companhia. Publicado em julho passado, reporta ele, o Relatório Anual de Sustentabilidade da empresa destaca as metas adotadas para crescer, sem agredir o meio ambiente, adotando, por exemplo, uma política de otimização de recursos hídricos. “Somente entre 2014 e 2015, houve diminuição de 11% no consumo de metros cúbicos de água por tonelada de gelatina produzida na planta de Mococa (SP), e, na unidade de Maringá (PR), a queda foi de 13%”, repassa Scarpari.
A adoção de sistemas de tratamento de recursos hídricos, de projetos de minimização de consumo e de reaproveitamento de água integram o programa de excelência operacional da Gelita, e faz parte da cultura de inovação e constante melhoria de processos da empresa.
Dentre os projetos que o programa contempla, o uso racional de todos os insumos ganha destaque, a exemplo dos ganhos com a sua aplicação no consumo de energia elétrica. Entre 2014 e 2015, relata Scarpari, a empresa obteve diminuição de 10% no consumo de energia elétrica por tonelada (kWh/t) de gelatina produzida na planta de Mococa, sendo que, em Maringá, a queda foi de 6%, crava o executivo.
Outro insumo com utilização otimizada de forma sustentável foi o vapor, sublinha o gerente. Com consequente economia do combustível empregado em sua geração, nos últimos dois anos, a empresa obteve diminuição de 9,5% no consumo de vapor por tonelada de gelatina produzida na unidade de Mococa e 8% de queda em Maringá.
As melhorias de processos envolvendo reciclagem também exibem resultados, informa Scarpari. A Gelita aplica o plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS) em todas as suas fábricas. Em 2015, somente no moinho de Cotia, destinou ao reaproveitamento cerca de 5 toneladas (t) de sucata de ferro, 35 t de plástico e 20 t de papel. Outra medida ambiental de destaque é o uso de filtros retentores de poluentes atmosféricos emitidos em determinadas fases da produção industrial, como no recebimento, tratamento e depilação de matéria-prima. Os filtros também são usados nas caldeiras de biomassa e nas áreas de moagem.
“As medidas de sustentabilidade são incorporadas aos insumos que produzimos e divulgadas no produto final do nosso cliente para um público cada vez mais consciente e seletivo”, observa Scarpari.
Plantas e peixes
Na área de educação, situa ele, a empresa apoia o projeto Mad Science, grupo internacional que se apresenta em várias partes do país, com a missão de mostrar que a ciência pode ser uma atividade capaz de atrair a atenção das crianças.
“Além de curiosidades do mundo da ciência, os ‘cientistas malucos’ levam às escolas de Mococa e Maringá aulas específicas sobre gelatina, explorando, por exemplo, uma torre de densidade que indica o percentual de proteína que existe em nosso corpo”, relata o gerente ambiental. O projeto, acrescenta ele, também ajuda as crianças a descobrir do que a gelatina é feita e de que forma ela está inserida no dia a dia da população, em produtos como sucos, águas, iogurtes, sorvete, chocolate, confeitos, livros eletrônicos, impressoras 3D, cimento e até mesmo na produção de peças automotivas. Mais de 2.700 alunos de cerca de 10 escolas públicas das duas cidades e região já foram beneficiados.
No campo da saúde, assinala o porta-voz da Gelita, vem sendo realizadas campanhas de prevenção aos vírus que transmitem dengue, zika e chikungunya. “A ideia é informar os colaboradores e as comunidades do entorno sobre formas de evitar a reprodução do mosquito aedes aegypti, que transmite essas doenças”, sublinha ele.
Aumentar a fauna aquática, proteger as áreas ribeirinhas e os cursos de água – a partir da recomposição das matas ciliares – e promover a conscientização da população em defesa do meio ambiente também são ações inclusas no projeto ambiental da Gelita. A empresa já soltou mais de 40 mil alevinos (filhotes de peixe) no trecho do rio Pirapó, que passa próximo à planta de Maringá, e é responsável pelo abastecimento de 85% da população da cidade paranaense.
Além da soltura de peixes de espécies como dourado, pacu, corimba e pintado, a empresa investe no plantio de mudas de árvores nativas. “Somente nas margens de um córrego de Maringá foram plantadas 1,5 mil mudas de árvores nativas, muitas delas frutíferas, para alimentar a fauna”, informa Scarpari. •