Festival arretado
Responsável por cerca de 80% da produção de cacau no Sul da Bahia, a agricultura familiar foi um dos destaques do Chocolat Bahia 2018 – Festival Internacional do Chocolate e Cacau, promovido de 18 a 22 de julho em Ilhéus (BA). Em sua 10ª edição, o evento atraiu um total de 65 mil visitantes, 10% a mais que em 2017, e movimentou R$ 15 milhões em negócios, resultado 50% superior ao da feira anterior. A receita inclui vendas diretas de 120 expositores, detentores de 42 marcas regionais de chocolate de origem. “Os pequenos produtores locais decidiram apostar na produção de amêndoas de cacau de qualidade e no chocolate de origem, com alto valor agregado, e o festival é uma espécie de vitrine, que está dando um novo impulso à economia regional”, afirma Marco Lessa, idealizador do projeto e organizador do evento. Com uma produção de 800 quilos por mês, a Bahia Cacau, da Cooperativa da Agricultura Familiar da Bacia do Rio Salgado, comercializa chocolates premium na Bahia e em outros estados brasileiros, além de nibs – pedaços de amêndoas de cacau torrados e triturados – e trufas, exemplifica Lessa, completando integram esse projeto cerca de 200 cooperados, que cultivam amêndoas selecionadas.
Além dos expositores, o público que foi ao Centro de Convenções de Ilhéus pôde conferir cursos de capacitação, debates sobre temas do setor, rodadas de negócios e palestras ministradas por especialistas internacionais, entre eles, Alessandra Marino (sócia-fundadora do Restaurante Maróstica), Abner Ivan (premiado chef confeiteiro especialista em chocolateria) e Lucas Corazza (jurado no programa Que Seja Doce, do canal GNT, especialista em chocolate e formado na França).
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