Imprescindíveis nas festas de fim de ano, os panetones industrializados subiram às gôndolas no início de novembro. Mesmo sob a pandemia da covid-19, a expectativa do setor é de que as vendas cresçam 10% em relação a 2019. Pelos cálculos da Abimapi (Associação Brasileira da Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), o faturamento da indústria deve alcançar R$ 848 milhões no período sazonal de novembro a janeiro de 2021, cravando alta de 5% em volume. Segundo a entidade, o setor faturou cerca de R$ 735 milhões no ano passado, quando foram vendidas 40 mil toneladas de produtos. “O panetone está presente em 53,6% dos lares brasileiros, representado um consumo per capita de 440g, que é equivalente a uma unidade inteira. Ainda assim é a metade da referência na Itália, país de origem da receita. Mas considerando o tempo em que em que esse alimento frequenta a mesa dos italianos, o alcance brasileiro é extraordinário”, comenta Cláudio Zanão, presidente-executivo da Abimapi.
Dados da consultoria Kantar Worldpanel mostram que a categoria cresceu 31% em ocasiões de consumo no segundo quadrimestre de 2020 em comparação com o mesmo período do último ano, superando a alta da cesta de alimentos e bebidas em geral, que ficou em 10%. Entre os momentos em que os panetones são consumidos, a maior concentração recai sobre o lanche da tarde, que representa 29,7% de todas as ocasiões em que o produto aparece na mesa. Entre alimentos e bebidas em geral, esse momento representa 8,9% das ocasiões, seguido pelo lanche da manhã (10,8% panetone versus 4,8% alimentos e bebidas) e café da manhã (49,4% panetone versus 29,2% alimentos e bebidas).
Ainda conforme pente-fino da Kantar, quando analisado o gênero, classe social e idade dos consumidores de panetone, a maior demanda se concentra no público feminino, das classes A/B e, principalmente, no público com idade acima dos 55 anos.
Número um nacional e global da categoria, a Bauducco anunciou no início de novembro seu portfólio de produtos para o Natal. Juliana Corá, grouper de marketing da companhia sublinha que o panetone é ícone do período e, neste ano, atendendo pedidos de consumidores, a marca aposta em novas versões de chocotone. Segundo ela, a empresa implementou uma segmentação de portfólio, desenvolveu embalagens, inovou em sabores e preparou formatos que atendem a públicos e momentos de consumo diversos. “Na campanha 2020, o panetone continua como um forte representante de conexão familiar, carinho e elo do Natal, mas é o chocotone o grande protagonista do nosso portfólio para a data”, confirma a executiva. Além de impulsionar o rejuvenescimento da categoria e ganhar as frentes de comunicação que atingem o público jovem e os consumidores que amam chocolate, as versões da Bauducco exibem diferenciação, via inovação em formatos e itens para mais momentos de consumo, dando vida à estratégia de Natal da marca, frisa Juliana.