Desde março o mercado internacional de açúcar vem apresentando forte oscilação de preços. Nesse período, o primeiro vencimento no Mercado de Futuros da Bolsa de Nova York apresentou variação entre US$ 13,64 cents/lb e US$ 11,93 cents/lb. Em centavos de R$/lb, que mostram a remuneração ao produtor, a oscilação de preços foi inferior. Entre os fatores que influenciaram o mercado de açúcar nesses momentos (em US$ cents/lb) se destacaram para a baixa de preços os estoques mundiais ainda elevados, gerando pressão de oferta (principal fator baixista para preços); as chuvas ocorridas no Centro-Sul do Brasil, ampliando as expectativas de produção na safra 2015/2016 e a valorização do dólar frente ao real, tornando a exportação do açúcar brasileiro mais atrativa. Entre os fatores que levaram a alta sobressaíram os momentos em que o real apresentou alguma valorização frente ao dólar e a expectativa de uma safra mais alcooleira no Centro-Sul, sugerindo menor produção de açúcar e, consequentemente, uma menor pressão de oferta do açúcar brasileiro no mercado mundial. Em ambos os momentos, de alta e de baixa, a atuação dos fundos contribuiu para reforçar o movimento.
O gráfico abaixo mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o primeiro vencimento de maio.
No caso do açúcar negociado no mercado doméstico, tomando por base o Estado de São Paulo, o viés dos preços até meados de abril foi de alta.
A oferta mais escassa e concentrada no final da entressafra, um dólar valorizado que, mesmo nos momentos de desvalorização frente ao real, deu suporte aos preços no mercado interno, foram os fatores que deram sustentação a esse movimento de alta.
Já a partir de meados de abril, com o início da safra 2015/2016, os preços começaram a perder força e apresentaram recuo.
O gráfico a seguir apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia de preços. •