< PreviousINSUMOS / EntrevistaDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201820www.docerevista.com.brA retomada no consumo de chocolates no país conta com o avanço de um segmento que já vinha bombando: a fabricação artesanal. Por uma singularidade do mercado brasileiro, a produção de trufas e bombons a partir de produto semiacabado (coberturas e compounds) é visto também como alternativa ao desemprego, desde que consumidores aderiram à essa atividade para complementar a renda doméstica. E a data em que essa demanda tradicionalmente aumenta acima do padrão é a Páscoa. “A oferta de produto semiacabado evoluiu muito no Brasil e, hoje, conta com itens de alto padrão e certificados, a exemplo da linha Genuine”, assinala Ludmila Roseiro, líder da linha de produtos de chocolate e compound na Cargill, detentora da marca. Na entrevista a seguir, a especialista detalha a atuação da companhia no setor de cacau e chocolates. DR – Qual é a história da Cargill com o segmento de cacau e chocolate?Ludmila – A Cargill tem uma experiência de quase 50 anos no segmento industrial de cacau e chocolate na Europa e nos Estados Unidos, e é considerada a primeira processadora do fruto a produzir chocolate e compound no Brasil. A empresa oferece importantes diferenciais, como garantia de origem da matéria-prima e integração da cadeia de fornecimento. Todos os nossos produtos estão disponíveis em uma série de opções para aplicações no mercado industrial e food service.DR – Qual é o diferencial dos chocolates e coberturas da Cargill?Ludmila – O chocolate Genuine é um produto nobre, produzido com manteiga SABOR DE EXCELÊNCIAExpertise da Cargill no processamento de cacau gera chocolates festejados pela produção artesanalCARGILL CHOCOLATE PRODUZIDO COM MANTEIGA E LIQUOR PROVENIENTES DAS MELHORES AMÊNDOAS DE CACAU.www.docerevista.com.br21Fevereiro/Março 2018 Doce Revista Digitaldo bem-estar e da dignidade social. Neste ano, o número de propriedades certificadas chegou a 90. Além do crescimento do número de fazendas certificadas, as mais de 3,2 mil toneladas de amêndoas de cacau originadas com certificado UTZ apresentaram uma diferença de qualidade superior àquelas sem o certificado.DR – Quais produtos da Cargill são encontrados no varejo doceiro?Ludmila – As lojas especializadas têm à disposição dos consumidores o Genuine Cacau em Pó 100%, ideal para decorar e aplicar em trufas, bebidas quentes e frias, bolos e sobremesas em geral (disponível na versão de 500g); o Genuine Chocolate em Pó 50%, que possui teor de cacau equilibrado, perfeito para diversas aplicações (disponível na versão de 1,05 quilo); e o Genuine Chocolate em Pó 33%, com cor e sabor mais suaves para ser usado em bolos, brigadeiros, recheios e liquor provenientes das melhores amêndoas de cacau. Proporciona sabor diferenciado e qualidade superior para suas formulações. Para atender o mercado industrial e o canal food service, o chocolate Genuine é comercializado nas versões ao leite, meio amargo, branco e blend, em barras de 1,05 quilo, 2,1 quilos e em kibbles (pedaços), em sacos de 25 quilos. A linha também dispõe de itens com certificação em sustentabilidade UTZ. Já a cobertura Genuine possui sabor e textura que proporcionam a aplicação perfeita em trufas, bolos, tortas e produtos de confeitaria em geral, aliado a um ótimo custo/benefício. A linha está disponível em barras de 2,1 quilos, nas versões ao leite, meio amargo e branco.DR – Como funciona o certificado de sustentabilidade UTZ?Ludmila – Ele garante a procedência da matéria-prima e assegura que foram adotadas as melhores práticas de gestão, cultivo e segurança em toda a cadeia produtiva do cacau, desde as fazendas na Bahia até a fábrica de Porto Ferreira (SP), onde o chocolate da Cargill é produzido. De maneira pioneira, a empresa incentiva a adoção da certificação UTZ na cadeia de valor do cacau, que exige que os produtores atuem sempre de maneira responsável, respeitando princípios como a implantação de procedimentos de segurança, o manejo correto de equipamentos e defensivos agrícolas, a garantia de boas condições de trabalho aos seus profissionais e a promoção e caldas (disponível na versão de 1,05 quilo). Além disso, também temos o chocolate Genuine nas versões já citadas. Já a cobertura Genuine está disponível em barras de 2,1 quilos, nas versões ao leite, meio amargo e branco.DR – E quais as vantagens para quem utiliza os produtos?Ludmila – Além de produtos de excelente qualidade, que apresentam padrão em sua coloração e sabor, para garantir que as receitas dos nossos clientes saiam sempre como eles desejam, temos uma série de serviços que disponibilizamos aos nossos consumidores. Nas redes sociais Facebook e Instagram, inserimos toda semana uma receita nova, desenvolvida e testada por nossos chefs. Além disso, os consumidores têm a possibilidade de conferir no site da marca (www.chocolategenuine.com.br) a agenda de aulas exclusivas, pontos de venda (PDV) e dicas para executar as receitas.DR – Quais são as possíveis aplicações dos produtos derivados do cacau produzidos pela Cargill?Ludmila – Os derivados de cacau podem ser usados em uma gama imensa de aplicações, que vão desde o pó de cacau utilizado no segmento de panificação, para produzir biscoitos, ou no segmento de lácteos, para produção de bebidas achocolatadas, até a utilização da massa de cacau e da manteiga de cacau para a fabricação de chocolates e das deliciosas coberturas para sorvetes. ■LUDMILA PROCEDÊNCIA DE MATÉRIA-PRIMA ASSEGURADA POR CERTIFICAÇÃO UTZ.TENDÊNCIASDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201822www.docerevista.com.brEmbora as vendas do comércio para a Páscoa tenham cravado apenas 3,2% de crescimento em 2018, segundo levantamento da Boa Vista SCPC, a indústria de chocolate do país alcançou um importante feito. Nunca houve tanta escolha para os fãs de guloseimas à base do produto. De acordo com o Banco Global de Novos Produtos (GNPD/Global New Products Database) da consultoria Mintel, houve um aumento de 23% nos lançamentos de chocolate voltados para a Páscoa no período de março de 2017 a fevereiro de 2018, oferecendo uma infinidade de opções de chocolate em todo o mundo. “Os países que lideram a inovação em chocolates de Páscoa incluem o Brasil, que respondeu por 11% dos lançamentos globais, seguido pela África do Sul, Alemanha e Reino Unido, cada um com 10%; e França, com a fatia de 9%”, repassa Marcia Mogelonsky, diretora de insights da área alimentícia e de bebidas da consultoria. Na entrevista a seguir, ela detalha a posição alcançada pelo Brasil nos lançamentos globais.DR – Qual o desempenho dos lançamentos na categoria de chocolate em todo o mundo? Marcia – Refletindo a importância dos produtos sazonais como um todo, em 2017, quase um quarto (23%) dos lançamentos mundiais de chocolates foram posicionados A VANGUARDA DO CHOCOLATEMintel capta a força do Brasil entre os países que lideram a inovação na Páscoawww.docerevista.com.br23Fevereiro/Março 2018 Doce Revista DigitalTENDÊNCIASDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201824www.docerevista.com.brcomo sazonais, lançados para o Natal, Páscoa, Dia dos Namorados e Halloween. No geral, os EUA e a Alemanha lideram em termos de desenvolvimento total de novos produtos de chocolate (NPD), cada um representando 8% dos lançamentos em 2017. Depois vêm a França, com 7%; Reino Unido, com 5% e o Brasil, com 4%.DR – Qual é a posição da Páscoa entre os sazonais? Marcia – A data representa um desses momentos de “permissão de excessos” em que os consumidores gostam de presentear e ganhar guloseimas de chocolate.Também marca uma época de aumento da inovação na confeitaria, à medida que os consumidores buscam mais e mais novidades. O Brasil continua no topo do ranking em termos de desenvolvimentos e parece que não há fim para o apetite dos brasileiros pela inovação do chocolate de Páscoa. O motivo por trás desse sucesso sazonal no Brasil é o ovo de Páscoa. Ele é um “must have” para os consumidores e uma parte importante da indústria brasileira de chocolate. Trata-se do evento anual mais importante em termos de novos itens à base de chocolate no país, com uma riqueza de variações inundando o mercado, tanto das chocolaterias especializadas quanto das mais convencionais.DR – Quem lidera hoje o ranking do lado do consumo e qual a posição do Brasil? Marcia – Em todo o mundo, ninguém ama tanto chocolate quanto os britânicos. O britânico médio consumiu 8,4 quilos de chocolate em 2017. Logo depois estão os suíços – na Suíça cada pessoa consumiu 8,3 quilos –, seguidos de perto pela Alemanha, com 8,2 quilos. Entre os 10 maiores consumidores de chocolate per capita, a Rússia registrou o maior aumento, de 2,2%. Enquanto isso, a Áustria registrou o declínio mais acentuado, com -1,9%. Estima-se que o brasileiro consumiu 1,2 quilos de chocolate em 2017. DR – Como aparecem os diferentes tipos de chocolate no banco global de novos produtos? Marcia – Enquanto a sedução do chocolate continua forte, parece que muitas pessoas os consomem como um elemento de autocontrole. De acordo com o GNPD da Mintel, os lançamentos globais de produtos de chocolate posicionadas como “mordidas” cresceram 50% nos últimos cinco anos; com “chocolates finos” vindo não muito atrás, aumentando 48% em relação ao mesmo período. Assim como os formatos pequenos estão aumentando em popularidade, os consumidores estão perdendo o apetite pelas versões ”light” do produto – em referência a variedades com pouco açúcar ou baixo teor de gordura. Lançamentos de produtos descritos como light caíram 22% entre 2013 e 2017. O crescimento do mercado de chocolate do tamanho mordida, por sua vez, aponta para a tendência atual de tolerância permissível. Pré-medidos, pacotes de 100 calorias de chocolate ou outras guloseimas perdem a popularidade à medida que o consumidor se afasta de dietas com contagens rigorosas de caloria. Oferecer aos consumidores chocolate do tamanho de uma mordida ou do tipo fino fornece uma maneira mais fácil de controlar o que se come. DR – O que o GNPD apurou em relação à dietas vegetarianas? Marcia – A pesquisa da Mintel também destaca um potencial considerável para o chocolate vegano em toda a Europa. Mais da metade dos consumidores de chocolate na Espanha (55%), França (53%) e Polônia (53%) estão interessados em chocolate vegano, com suas contrapartes na Itália (48%) e Alemanha (44%) ficando um pouco atrás. Atualmente, há um foco na alimentação baseada em vegetais no setor de chocolate. Os fabricantes respondem a esse crescente interesse substituindo o leite de vaca por leites derivados de nozes ou grãos em produtos de chocolate ao leite. Em alguns mercados, isso pode estar respondendo a uma necessidade potencial, mas ainda não articulada. ■MARCIA MOGELONSKY, DA MINTEL O BRASIL É RESPONSÁVEL POR 11% DOS LANÇAMENTOS GLOBAIS.www.docerevista.com.br25Fevereiro/Março 2018 Doce Revista DigitalÚnica revista nacional totalmente voltada ao setor de candies e seus canais de distribuição31 anos de edições ininterruptasÚnica a atingir diretamente o trade doceiroÚnica a exibir newsletter digital semanal com novidades do setorÚnica a ter, além de seis edições impressas, cinco edições digitais anuais com notícias e temas diferenciadosÚnica a produzir caderno especial para os fornecedores (ingredientes e máquinas) da indústria de candiesÚnica a promover um ranking Melhores Marcas de Chocolates e CandiesÚnica a editar um Anuário com análises dos segmentos de máquinas, ingredientes, embalagens, produtos finais e distribuiçãoÚnica a premiar – através do PDR, já em sua oitava edição – a cadeia de atacadistas/distribuidores especializados em candies123456789Rua Sergipe, 305 - casa 5 - Higienópolis - CEP 01243-001 - São Paulo - SP - BrasilTelefax: (11) 3666-8301 | docerevista@docerevista.com.br | www.docerevista.com.br/docerevista/doce_revista/doce-revistaNESTAS PÁGINASNÃO HÁ DISPERSÃONext >