< Previous10FAST NEWS Cataratas de inovaçãoCongresso Internacional das Indústrias gera mais de US$ 7 milhões em negóciosOrganizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães e Bolos Industrializados (Abimapi) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), o 16º Congresso Internacional das Indústrias teve como ponto alto mais uma vez a integração de fornecedores de equipamentos e insumos com representantes da indústria de alimentos. Promovido no início de abril, em Foz do Iguaçu (PR), o evento reuniu em mostra paralela 31 stands que exibiram soluções e indicaram tendências aos fabricantes que, por sua vez, apresentaram em showroom linhas de produtos de empresas com vocação exportadora, repassa Cláudio Zanão, presidente executivo da Abimapi. “Por meio do aplicativo que utilizamos no evento, os participantes classificaram unanimemente toda a programação da plenária como de alto nível, alcançando o objetivo em difundir boas práticas de gestão e agregar valor e conhecimentos aos profissionais, em prol do desenvolvimento das categorias representadas”, assinala ele. Durante os três dias de evento dedicados ao setor de alimentos foram promovidos debates sobre importantes temas, ressalta Zanão. O economista Alexandre Mendonça de Barros e o comentarista de política e assuntos internacionais Demétrio Magnoli, por exemplo, analisaram o atual cenário econômico e político do Brasil. Líder de business development da consultoria Nielsen, Daniel Asp Souza e Tathiane Frezarin, diretora de new business da Kantar Worldpanel Brasil, conduziram estudos inéditos de mercado, seguidos de Sandra Guerra, sócia-diretora da Better Governance, e do professor e filósofo Clóvis de Barros Filho, que discutiram sobre governança corporativa e ética, respectivamente. “Recebemos ainda Maurício Morgado, doutor em administração e especialista em varejo e serviços, que apresentou tendências de varejo e consumo verificadas em todo o mundo”, destaca o dirigente da Abimapi. Além do especialista Manoel Alves Lima pontuando sobre estratégias de inovação para o varejo, o congresso contou com apresentação do publicitário Walter Longo, que ministrou verdadeira aula sobre gestão na era pós-digital.Outro destaque foi alcançado com a segunda rodada internacional de negócios com as empresas participantes dos projetos setoriais Brazilian Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes (da Abimapi) e Brasil Sweets & Snacks (da Abicab), ambos realizados em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), lembra Zanão. ‘Reunimos 28 empresas em busca da promoção dos produtos e incremento das vendas no mercado externo, com 12 compradores e distribuidores de diferentes países, que fecharam aproximadamente US$ 1 milhão em negócios durante o evento e mais de US$ 6,2 milhões em negócios futuros”, relata o presidente da Abimapi.ZANÃO, DA ABIMAPI UNANIMIDADE NO ALTO NÍVEL DA PROGRAMAÇÃO ATESTADA POR APLICATIVO.CONGRESSOwww.docerevista.com.br11Fevereiro/Março 2018 Doce Revista DigitalSegundo maior mercado da Kellogg na América Latina, atrás apenas do México, o Brasil se transformou no foco dos investimentos recentes da companhia americana no exterior. Há dois anos, ela bancou sua maior aposta, adquirindo por R$ 1,38 bilhão 100% da catarinense Parati, detentora das marcas Trink, Hot Cracker, Minueto, Zoo Cartoon, Pádua, Bom de Bola e Granofibra. Com essa transação – a maior já realizada pela companhia no mercado latino-americano – a Kellogg triplicou a sua operação no país. Agora, acaba de anunciar o investimento de R$ 215 mihões na expansão do complexo da indústria em São Lourenço do Oeste (SC). “Fizemos progressos importantes no mercado desde a aquisição, pois ela permitiu alcançar um público maior e ampliar a distribuição”, argumenta Maria Fernanda Mejía, vice-presidente global e presidente para América Latina da Kellogg. Com a ampliação das linha atuais, ela vislumbra oportunidades para um crescimento saudável no país Ganhando músculosKellogg investe R$ 215 milhões na expansão da ParatiINVESTIMENTOnos próximos anos. Segundo sua previsão, haverá aumento na produção de biscoitos doces e salgados, barras de cereais, massas e cereais para abastecer o mercado brasileiro e países da América do Sul.Dados da Euromonitor International, que audita o varejo doceiro, indicam que a Kellogg liderou o mercado brasileiro de cereais matinais em 2017, com 23,9% de participação. Na categoria lanches salgados, abocanhou 1,8% do mercado, incluindo os negócios da Parati e da marca Pringles. A Parati é a 11ª em vendas no segmento de lanches salgados, com 1,1% de participação. Na categoria de biscoitos doces, é a 9ª colocada, com 1,2%.Atualmente, a fábrica da Kellogg-Parati possui 78.000 m² de área construída. A expansão iniciada em abril ocupará mais 22. 000 m² quadrados e a expectativa é que entre em operação em 2019. COMPLEXO DA PARATI AMPLIAÇÃO DE MAIS DE 22 MIL METROS QUADRADOS.ESPECIAL / Balas, Drops e CaramelosDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201812www.docerevista.com.brA categoria de balas/drops/caramelos mimetizou a crise do país nos últimos anos e registrou uma queda na demanda que somente agora mostra sinais de retomada. Tradicionalmente associado a impulso e refrescância, o segmento bem que se esforçou, durante esse período, para reativar e manter a compra não programada, com ações que, em regra, acompanham estratégias e ferramentas implementadas no ramo geral de candies. Entre os exemplos, sobressaem revitalizações de embalagens, apostas em formatos atraentes e sabores inovadores. Nesse compartimento das formulações, envolvendo aromas, texturas, cores e novidades como ingredientes funcionais (edulcorantes, vitaminas, fibras), até que se observam avanços, ainda assim consideradas conquistas de nicho. No passado, balas/drops/caramelos foram associados diretamente a agentes promotores de bom hálito. Esse conceito, no entanto, tem sido superado, sem prejuízo para o chamado marketing da refrescância. Os fabricantes ainda posicionados na disputa por lugar ao sol nesse mar e ondas agora apostam em novos jeitos de curtir as guloseimas, reunindo aos esforços de agregar valor a produtos de relativo baixo desembolso estratégias que vão de experiências extremas de indulgência a mega-ações promocionais, passando por conceitos como o de cocriações. “O mercado de candies, que abrange os segmentos de balas duras, mastigáveis e pastilhas, teve uma retração nos últimos dois anos de cerca de 10%”, capta Fernanda Verrengia, gerente de marketing de Halls, grife campeã da Mondelēz Brasil e, disparada, a número um na ala de balas/drops/caramelos duros. Composta por produtos de impulso e focada no pequeno varejo, a categoria sentiu o impacto de fatores externos macroeconômicos, mas enfrentou esses obstáculos e hoje prevê resultados positivos, com os primeiros sinais de recuperação da economia, avalia a executiva. De fato, pelos radares da Euromonitor International, que audita o varejo doceiro, a categoria de balas/drops/caramelos (incluindo toffees e nougat) cravou avanço de 3,8% em valores no ano passado em relação a 2016, saindo de R$ 738,9 milhões para R$ 767,3 milhões, no período (ver UM MAR DE ONDASIndústria põe a lupa no consumo e capta os novos jeitos de curtir a balaBALAS/DROPS/CARAMELOS CRESCIMENTO DE 3,8% EM 2017 EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR.www.docerevista.com.br13Fevereiro/Março 2018 Doce Revista Digitalquadro à pág. 16). Refletindo a adoção de itens de maior valor pela indústria, o segmento de pastilhas, que inclui balas de goma e de gelatina, registrou alta em linha com o PIB de 2017, porém alcançando valores mais polpudos. Pelas planilhas da Euromonitor, o crescimento foi de 1% em 2017, movimentando R$ 2.212,9 milhões. NA BOCA DOS CONSUMIDORESLançamentos que implementam uma composição de portfólio para atender a demandas de diferentes ocasiões de consumo influenciam positivamente o crescimento do segmento, nota Fernanda. Halls, posiciona ela, tem lançado pelo menos dois novos sabores a cada ano. “Em abril, estamos disparando o Halls Duo, que apresenta, pela primeira vez, dois sabores (maçã verde e pêssego) em uma mesma embalagem”, informa ela. Halls está na boca dos consumidores brasileiros há mais de 40 anos, lembra a gerente. É a marca de balas mais lembrada, que virou sinônimo de categoria e refrescância. “Além de uma marca forte em que o consumidor confia, contribuem para que Halls mantenha sua liderança as inovações constantes e a distribuição massiva do produto em todo o país, presente em mais de 600 mil pontos de vendas (PDVs)”, ela grifa. Em sincronia com os novos jeitos de curtir a bala, a Mondelez implementou recentemente as plataformas Halls Fruit Explosion e Halls Tropical Air, que trouxeram para o portfólio quatro sabores bem-aceitos pelos fãs: frutas vermelhas, blueberry, laranja e limão-menta. “Novidades como essas ajudam a ganhar participação de mercado, além de alavancar a frequência de consumo”, argumenta Fernanda. Segundo monitoramento da Nielsen (YTD 2017), Halls abocanha 55,3% de participação no mercado doméstico de balas/drops/caramelos. No ano passado, a marca inseriu uma megapromoção que distribuiu prêmios instantâneos aos consumidores. Além de premiar centenas de pessoas, levou o vencedor do concurso a uma viagem exclusiva para Londres. Além disso, promoveu a ação #RespiraEVai, embarcando em uma jornada rumo ao pico do Everest com a alpinista Karina Oliani, a brasileira mais jovem a alcançar o cume do monte. SURPRESA GREGA Campeã no segmento de caramelos de leite e balas mastigáveis, a Arcor direciona todos os radares ao monitoramento dos hábitos de consumo. “Os brasileiros são bastante antenados, sempre de olho nas novidades e, com a Internet e as redes sociais, inovações e tendências globais acabam sendo instantaneamente assimiladas. Por isso, estamos sempre atentos para entregar os desejos desse consumidor”, reporta Anderson Freire, gerente de balas, chocolates e biscoitos da empresa. Uma amostra da eficiência dessa estratégia, exemplifica ele, gerou a criação da linha Grego – derivada da versão de iogurte que se tornou a coqueluche da categoria – , dentro da família de caramelos Butter Toffees, líder absoluta em seu reduto. Além das pesquisas de mercado, a companhia também utiliza o seu serviço de atendimento ao consumidor FERNANDA, DA MONDELEZ PELO MENOS DOIS NOVOS SABORES DE HALLS A CADA ANO.EXCLUSIVIDADE DA MARCA HALLS DOIS SABORES NA MESMA EMBALAGEM.ESPECIAL / Balas, Drops e CaramelosDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201814www.docerevista.com.br(SAC) para sondar tendências e necessidades. “Recebemos várias sugestões que foram levadas em consideração para lançamentos e, em paralelo, realizamos pesquisas de campo para reunir mais informação e, inclusive, trabalhar com cocriação”, assinala Freire, exemplificando com as ações de cobranding realizadas com o artista plástico Romero Britto, a estilista Martha Medeiros e com a marca de moda Le Lis Blanc. “São ações que ajudam a gerar valor agregado para a marca”, sublinha o executivo. Ele frisa que a busca por inovação conduz a linha Butter Toffees a oferecer uma experiência única com indulgência, sabor e sensação. “O caramelo desperta os cinco sentidos, desde sua embalagem atraente até a experiência de consumir seus sabores FREIRE, DA ARCOR SEMPRE ATENTOS PARA ENTREGAR OS DESEJOS DO CONSUMIDOR.De garupa na preferência do público fã de candies importados, a Berto International assumiu em 2017 a distribuição local da linha austríaca PEZ de balinhas de frutas apresentadas em icônicos dispensers de plástico colecionáveis. Graziela Johann Reckziegel Nunes, gerente de marketing da importadora, destaca que, desde 1962, a fabricante austríaca produz os dispensers das pastilhas com licenciamentos de personagens de desenhos animados, filmes, games e celebridades. “Somos distribuidores exclusivos para o Brasil e essa parceria com grandes licenciadores somada ao apelo colecionável do produto tornam a linha PEZ o sucesso mundial que hoje conhecemos”, sublinha a executiva. No Brasil, as pastilhas estão disponíveis nos sabores cereja, laranja, limão e morango e são vendidas em refis sortidos, informa Graziela. “O consumidor é cada vez mais atento e preocupado com questões como origem e composição do produto, e tem preferência por ingredientes naturais, demandas que as pastilhas PEZ atendem muito bem”, assinala. Graças aos licenciamentos, PEZ está sempre plugada em novidades de filmes, desenhos animados e personagens do momento, reproduzindo as imagens nas séries colecionáveis. Dessa forma, a marca atende às expectativas de diferentes públicos, observa a gerente. Em 2017, a coleção exibiu itens associados às licenças A Casa de Mickey Mouse, Patrulha Canina e Best of Disney Pixar, destacando personagens como Mickey, Minnie, Pato Donald, Chase, Skye, Nemo, Dory, Buzz Lightyear, Woody e Mcqueen, entre outros. “Eles acumulam legiões de fãs e estão muito bem representados nos dispensers”, grifa Graziela. Entre as novidades para o segundo semestre, ela destaca as licenças de My Little Pony, Shopkins, Jurassic World, Liga da Justiça, Peppa Pig, Blaze e Shimmer & Shine. “Nossas vendas iniciaram no segundo semestre de 2017 e representaram 1,28% do faturamento da empresa”, ela conclui. MANIA DE COLECIONADORARSENAL DA BERTO INTERNATIONAL PASTILHAS NATURAIS TURBINADAS POR LICENCIAMENTOS.NOVIDADE DA ARCOR SACADA TIRADA DE MONITORAMENTO DO CONSUMO.ESPECIAL / Balas, Drops e CaramelosDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201816www.docerevista.com.brdiferenciados com ingredientes selecionados, textura e recheio inconfundível, a exemplo do sabor de avelã”, diz. Outro exemplo é a marca de balas mastigáveis 7 Belo que, além da versão tradicional, pode ser conferida em blister drageado, com casca crocante e sabor de framboesa.”Conseguimos com tacadas como essas explorar novas formas de consumo e agregar valor à marca que, no ano passado, ingressou no segmento de balas de gelatina, item que saiu da condição de nicho e está em plena ascensão”, informa. CARAMELO EM DROPS No caso de Butter Toffees, completa Freire, uma das ideias recentes foi oferecer a bala como uma pequena sobremesa ou um doce diário para todas as horas. Além de manter os sabores tradicionais, a Arcor permanentemente cria opções como Creme de Avelã, Chocolate Amargo, a linha Grego e os já conhecidos Mousse de Limão e Mousse de Maracujá, inspirados em sobremesas bem brasileiras.Outra sacada tirada desse permanente monitoramento no consumo foi a percepção de que os fãs de guloseimas prezam cada vez mais a qualidade, praticidade e a compra indulgente. “Foi com base nisso que introduzimos Butter Toffees Drops em 2017, item com proposta de consumo a qualquer hora e lugar, principalmente por sua embalagem compacta e preço sugerido de R$ 0,99 a unidade”, sintetiza Freire. No segmento de caramelos, emenda ele, a Arcor promoveu a estreia de Butter Toffees Drops Doce de Leite, uma versão exclusiva e dura do caramelo, com 27,2g; e de Butter Toffees Pedaços de Doce de Leite, com miniporções da tradicional sobremesa cremosa e macia, em unidades 24,7g. Com toda essa movimentação, a Arcor do Brasil fechou o último exercício com crescimento de 3% no segmento de balas, totalizando receita de R$ 130 milhões, dimensiona Freire, completando que, a linha de caramelos Butter Toffees abocanhou em torno de 70% desse resultado.Na Florestal Alimentos, peso-pesado dos mercados brasileiro e latino-americano de candies, as linhas de balas/drops/caramelos vêm mantendo desempenho estável nos resultados dos últimos anos, cravando participação de 42% no faturamento total da empresa em 2017, reporta Adriano Orso, gerente de marketing da companhia, detentora de ícones da categoria como a Balinha do Coração e a Brazillian Coffee. “A constante análise e busca por novas texturas, formatos, sabores e sensações permitem manter no radar as movimentações feitas na indústria doceira, até mesmo em produtos de outras categorias”, avalia o executivo. ■ORSO, DA FLORESTAL BUSCA POR NOVAS TEXTURAS, FORMATOS, SABORES E SENSAÇÕES.ÍCONES DA CATEGORIA VENDAS REPRESENTAM QUASE A METADE DO FATURAMENTO DA FLORESTAL. 2016 2017 Variação 2016/2017 Balas/Drops/Caramelos* 738,9 767,3 3,8%Pastilhas** 2.191,0 2.212,9 1,0%Outros confeitos 215,2 226,2 5,1%(*) INCLUI TOFFEES E NOUGAT (**) INCLUI BALAS DE GOMA E BALAS DE GELATINA | FONTE : © EUROMONITOR INTERNATIONAL LTD 2018VAREJO DE CANDIES em milhões de reaisCONSULTORES / AçúcarDoce Revista Digital Fevereiro/Março 201818www.docerevista.com.brO mercado internacional de açúcar voltou a oscilar nos pregões de março, em um intervalo de preços que variou de 13,70 cents/lb a 12,20 cents/lb, evidenciando clara tendência de baixa.A questão do excedente global crescente de açúcar prosseguiu dando o tom do mercado. Nesse contexto, os fundos mantiveram suas posições líquidas vendidas no período. O gráfico a seguir mostra o comportamento dos preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York, tomando como base o 1º vencimento.No caso do açúcar negociado no mercado doméstico (Estado de São Paulo) ao longo do período, os preços apresentaram queda, acompanhando o mercado internacional, porém com menor intensidade.Observou-se maior pressão do lado da oferta. O excedente de produto, decorrente de exportações em declínio, impediu uma recuperação de preços. Pelo menos no nível de suporte proporcionado pelo mercado externo que, se fosse respeitado, implicaria preços domésticos, em média, cerca de 6% superiores àqueles praticados.O gráfico acima apresenta os preços médios semanais negociados em São Paulo apurados pelo Índice JOB Economia e Esalq.Abril deu início à nova safra de cana-de-açúcar (2018/19), no Centro-Sul do país, com um forte Ronaldo Lima SantanaCLARO VIÉS DE BAIXAwww.docerevista.com.br19Fevereiro/Março 2018 Doce Revista Digitalviés alcooleiro, pois o suporte de preços do etanol, via gasolina/petróleo, será maior que o do açúcar. Assim, se repete a situação da safra 2015/16. Previsões da JOB Economia indicam que a produção de açúcar deve recuar para 30 milhões de toneladas (t) nessa safra, contra 36,1 milhões de t na safra 2017/18. Já a de etanol deve acusar uma elevação para 28 bilhões de litros, contra 26,09 bilhões, em 2017/18. Com relação à moagem de cana, a expectativa é de que o volume caia para 585 milhões de t em 2018/19, lembrando que, no ciclo passado, ela ficou em 596,3 milhões de t.Incertezas não estão neste momento do lado da oferta. As previsões de moagem de cana e produtos finais estão convergentes entre as diferentes fontes de informação. As incertezas residem do lado do crescimento da economia mundial que sustenta a demanda e preços. Um ambiente de guerra comercial entre países e conflitos de geopolítica graves prejudicam o crescimento econômico global e inibem a demanda, com menor suporte para preços. No caso do petróleo e gasolina, é muito relevante. A JOB Economia há mais de 20 anos no mercado, através de seus relatórios e trabalhos de consultoria, tem como objetivo principal antecipar movimentos de mercado para um posicionamento correto nas estratégias empresariais de seus clientes, contribuindo para um bom “trading”. Dentre seus produtos, sobressai o relatório “Monitoramen-to Semanal dos Mercados – Açúcar & Etanol”, realizado desde 1995, que fornece informações claras, objetivas e isentas sobre os mercados de açúcar e etanol no Brasil e no exterior. O objetivo final é posicionar os clientes adequa-damente em suas estratégias de compra e venda. Solicite gratuitamente dois exemplares do relatório com-pleto e veja com esse trabalho pode ajudá-lo na tomada de decisões. Ronaldo Lima Santana é sócio-gerente da JOB Economia e PlanejamentoO clima também é motivo de incertezas. Por enquanto tudo vai bem. Em caso contrário – e a possibilidade de La Ninã existe –, a produção de commodities agrícolas é prejudicada e os preços passam a ter movimento de alta. E para açúcar, isso é crucial. ■Next >