De mãos dadas por um futuro melhor

A utilização consciente de recursos naturais e preservação do meio ambiente são fatores cruciais para garantir a qualidade de vida das futuras gerações. Pensando nisso, a ABIMAPI reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade ao abraçar o projeto “Dê a Mão para o Futuro – Reciclagem, Trabalho e Renda”. A iniciativa é coordenada pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e conta também com apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (ABIPLA). Fruto do empenho dessas entidades, o programa nasceu em 2006 visando criar oportunidades e gerar renda para pessoas que têm seu sustento baseado na reciclagem.
Aliás, o engajamento das associações na busca por soluções para dar destinação correta a embalagens pós-consumo e esforços para aumentar os índices de recuperação desses materiais existem desde antes da promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010. O projeto, inclusive, já foi apresentado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) com objetivo de atender às exigências dessa nova regulamentação. A PNRS estabelece princípios de responsabilidade compartilhada entre todos os elos da cadeia, incluindo indústria, comércio, governo e consumidores, e ainda promove a inclusão social. Segundo o MMA, perto de 50% do descarte no Brasil correspondem a lixo orgânico, enquanto 35% são resíduos secos. Os 15% restantes englobam outros materiais, tais como rejeitos que não podem ser reaproveitados por dificuldades técnicas ou por questões econômicas de cada região. Do lixo seco, aproximadamente 70% são embalagens.
Os municípios de Blumenau, Florianópolis, Joinville e São Bento do Sul, em Santa Catarina, foram os primeiros a receberem o projeto-piloto em parceria com a Fundação Banco do Brasil e, de cara, a iniciativa foi um sucesso. A partir daí, “Dê a Mão para o Futuro” não parou mais e foi implantado no Rio de Janeiro e Paraná e, em 2015, começa a ser colocado em prática em São Paulo.
Outra base do programa é fazer com que o resíduo sólido reutilizável seja visto como um bem econômico e de valor social. O modelo de coleta existente no Brasil surgiu devido a condições socioeconômicas desfavoráveis para grande fatia da população. Ao longo do tempo, catadores se uniram formando associações e cooperativas e, embora os padrões tenham avançado muito, esses trabalhadores ainda operam de modo informal, estrutura que ABIMAPI, ABIHPEC, ABIPLA e empresas associadas ao projeto lutam para aprimorar.
Por meio de ações de educação ambiental, “Dê a Mão para o Futuro” também estimula a mobilização de consumidores para que estes exerçam sua parcela de responsabilidade e façam a separação do lixo doméstico. As entidades idealizadoras do programa entendem que orientar a população sobre a importância do consumo consciente e cooperação com a coleta seletiva é vital para a perenidade do projeto. Depois disso, é fundamental que os governos municipais recolham e enviem os resíduos recicláveis para centros de triagem, que, por seu turno, geram matéria-prima. A indústria de reciclagem, então, transforma esse material em novos produtos, reiniciando um ciclo virtuoso.
A meta é que, ao longo de 2015, o programa esteja implantado em 159 cooperativas em cerca de 130 municípios brasileiros. “Continuamos nos empenhando para expandir a área de atuação e incluir no projeto novos catadores, que exercem papel de extrema importância na cadeia nacional de reciclagem. Nosso propósito é, cada vez mais, melhorar as condições de trabalho dessas pessoas e dar mais valor às embalagens pós-consumo”, enfatiza Claudio Zanão, presidente da ABIMAPI.
Dentro do escopo do programa, ABIMAPI, ABIHPEC e ABIPLA provêm os recursos financeiros necessários para capacitação dos trabalhadores e para aquisição de máquinas e equipamentos, além de assegurarem acompanhamento técnico, por um período de 24 meses, das associações e cooperativas contempladas. Cabe ainda às entidades a divulgação do projeto por meio de ações de caráter educativo, informativo ou de orientação social para conscientização da população.
Prefeituras e cooperativas também têm seu papel. Enquanto o poder público deve conceder e manter estrutura adequada para a triagem dos materiais, bem como investir constantemente em coleta seletiva, cooperativas ficam responsáveis por fazer a separação e descaracterização das embalagens, primando pelo trabalho digno, com saúde e segurança, de seus colaboradores. Conforme estabelece a PNRS, o objetivo é reduzir, até 2015, em 22% o volume de resíduos recuperáveis descartados em aterros e expandir em 20% os índices de reciclagem no país. •

 

Hand in hand for a better future

sustentabilidade2The conscious use of natural resources and the conservation of the environment are crucial factors to ensure the quality of life of future generations. To that end, ABIMAPI reaffirmed its commitment to sustainability by embracing the project called “Give a Hand to the Future – Recycling, Work and Income”. The initiative is coordinated by the Brazilian Association of the Personal Hygiene, Perfumery and Cosmetics Industry (ABIHPEC), with the support of the Brazilian Association of Cleaning Products and Related Industries (ABIPLA). The program was created in 2006 as a result of the commitment made by these entities, and it aimed to create opportunities and generate income for people whose livelihoods are based on recycling.
In fact, the associations’ involvement in the search for solutions to give correct disposal of post-consumption packaging, and the efforts to increase the rates of recovery of these materials have been around since before the enactment of the Brazilian Solid Waste Policy (PNRS), in 2010. The project has even been presented to the Ministry of the Environment (MMA), aiming to meet the demands of this new regulation. The PNRS establishes principles of shared responsibility between all segments of the chain, including industry, commerce, the Government, and consumers, and it also promotes social inclusion. According to the MMA, close to 50% of all disposals in Brazil correspond to organic waste, while 35% are dry residues. The remaining 15% include other materials, such as waste that cannot be reused due to technical difficulties or based on economic issues in each region. Approximately 70% of all dry waste is packaging.
The cities of Blumenau, Florianópolis, Joinville, São Bento do Sul in the state of Santa Catarina were the first to receive the pilot project in partnership with Fundação Banco do Brasil, and the initiative was an immediate success. From then on, “Give a Hand to the Future” has not stopped, being implemented in Rio de Janeiro and Paraná, and in 2015 it will be put into practice in São Paulo.
Another basis of the program is to ensure that re-usable solid residue is regarded as an economic asset and a social value. The collection model currently in place in Brazil emerged due to unfavorable socioeconomic conditions faced by a large share of the population. Over time, waste pickers have joined to form associations and cooperatives, and although the standards have advanced greatly, these workers still operate informally, in a structure which ABIMAPI, ABIHPEC, ABIPLA, and companies associated to the project are struggling to improve.
Through environmental education actions, “Give a Hand to the Future” also promotes consumer mobilization to assume their share of responsibility and recycle household waste. The entities that created the program understand that instructing the population about the importance of conscious consumption and cooperation with selective collection is vital to the sustainability of the project. After that, it is essential that local governments collect and send recyclable waste to processing centers, which in turn generate raw material. The recycling industry then transforms this material into new products, restarting a virtuous cycle.
The goal is that throughout 2015, the program is deployed in 159 cooperatives in about 130 Brazilian cities. “We continue striving to expand the project’s operating area and include new waste pickers, who perform an extremely important role on national recycling chain. Our goal is to continuously improve their working conditions and give more value to post-consumption packaging”, says Claudio Zanão, President of ABIMAPI.
Within the scope of the program, ABIMAPI, ABIHPEC and ABIPLA provide the financial resources necessary to train workers and to purchase machinery and equipment, as well as ensure technical monitoring the related associations and cooperatives for a period of 24 months. The entities are also responsible for disseminating the project through educational and informative actions, or through social orientation for population awareness.
Local governments and cooperatives also have their role. While public authorities must provide and maintain an adequate structure for waste selection, as well as invest constantly in selective collection, cooperatives are responsible for separating and classifying the packages, striving to offer decent work, conducted in a healthy and safe environment for its employees. According to the PNRS, the goal is that by 2015 the volume of recoverable waste disposed in landfills is reduced by 22%, while recycling rates in the country are increased by 20%. •

 

De la mano para un futuro mejor

sustentabilidade3El uso consciente de los recursos naturales y preservación del medio ambiente son factores cruciales para garantizar la calidad de vida de las generaciones futuras. Pensando en eso, la ABIMAPI reafirmó su compromiso con la sostenibilidad, adoptando el proyecto  “Dê a Mão para o Futuro – Reciclagem, Trabalho e Renda”. La iniciativa es coordinada por la Asociación Brasileña de la Industria de Higiene Personal, Perfumería y Cosméticos (ABIHPEC) y también cuenta con el apoyo de la Asociación Brasileña de las Industrias de Productos de Limpieza (ABIPLA). Resultado del compromiso de estas entidades, el programa nació en 2006 con el fin de crear oportunidades y generar ingresos para las personas que tienen sus medios de subsistencia basados en el reciclaje.
De hecho, la participación de las asociaciones en la búsqueda de soluciones para el destino correcto de los embalajes post-consumo, y los esfuerzos para aumentar las tasas de recuperación de estos materiales, existen desde antes de la promulgación de la Política Nacional de Residuos Sólidos, en 2010. El proyecto incluso ya se ha presentado al Ministerio del Medio ambiente (MMA) con el fin de satisfacer las demandas de esta nueva regulación. El PNRS establece principios de responsabilidad compartida entre todos los eslabones de la cadena, incluyendo industria, comercio, gobierno y consumidores, y promueve la inclusión social. Según MMA, cerca del 50% de los desechos en Brasil corresponden a residuos orgánicos, mientras que el 35% corresponde a residuos secos. El 15% restante engloba otros materiales, como los desechos que no pueden ser reutilizados por dificultades técnicas o por cuestiones económicas de cada región. De los residuos secos, aproximadamente el 70% son envases.
Los municipios de Blumenau, Florianópolis, Joinville y São Bento do Sul, en Santa Catarina, fueron los primeros en recibir el proyecto en sociedad con la Fundación Banco do Brasil y, desde sus inicios, la iniciativa fue un éxito. Desde entonces, “Dê a Mão para o Futuro” ya no paró y se implantó en Rio de Janeiro y Paraná y, en 2015, comenzó a ser colocada en práctica en São Paulo.
Otra base del programa es hacer que los residuos sólidos reutilizable sean considerados como de tener un buen valor económico y social. El modelo de la recolección existente en Brasil surgió debido a las condiciones socioeconómicas desfavorables de gran parte de la población. Con el tiempo, los recolectores se han unido para formar asociaciones y cooperativas y, aunque los estándares hayan avanzado mucho, estos trabajadores aún operan informalmente, la estructura de ABIMAPI, ABIHPEC, ABIPLA y las empresas asociadas al proyecto se esfuerzan para perfeccionarlo.
A través de acciones de educación ambiental, “Dê a Mão para o Futuro” también estimula la movilización de los consumidores para que ejerzan su parte de responsabilidad y hagan la separación de los residuos domésticos. Las entidades creadoras del programa entienden que orientar a la población sobre la importancia del consumo consciente y la cooperación con la recolección selectiva es vital para la sostenibilidad del proyecto. Después de eso, es esencial que los gobiernos municipales recojan y envíen los residuos reciclables a centros de procesamiento, que a su vez, generan materias primas. La industria del reciclaje, luego transforma este material en nuevos productos, reiniciando un ciclo virtuoso.
La meta es que para el año 2015, el programa se implemente en 159 cooperativas de cerca de 130 municipios brasileños. “Continuamos tratando de ampliar el área de actuación e incluir en los proyectos nuevos recolectores, que ejercen un papel extremadamente importante en la cadena nacional de reciclaje. Nuestro propósito es cada vez más, mejorar las condiciones de trabajo de estas personas y dar más valor a los embalajes post-consumo “, subrayó Claudio Zanão, Presidente de la ABIMAPI.
Dentro del alcance original del programa, ABIMAPI, ABIHPEC y ABIPLA proporcionan los recursos financieros necesarios para la capacitación de los trabajadores y para la adquisición de maquinaria y equipo, además garantizar un seguimiento técnico durante un período de 24 meses, de las asociaciones y cooperativas contempladas. Cabe además a las entidades la divulgación del proyecto a través de acciones educativas, informativas o de orientación para crear conciencia entre la población.
Los municipios y las cooperativas también tienen su papel. Mientras que las autoridades públicas deben proporcionar y mantener una estructura adecuada para la separación de los materiales, así como invertir constantemente en la recolección selectiva, las cooperativas son responsables de hacer la separación y la descaracterízación de los envases, abogando por el trabajo digno, saludable y seguro de sus empleados. Como establece el PNRS, la meta es reducir hasta 2015, en 22% el volumen de residuos recuperables desechados en vertederos y ampliar en 20% los índices de reciclado en el país. •

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