A carioca do bem (em letras minúsculas), marca de bebidas reconhecida por ser 100% natural, está investindo em alimentos sólidos. Seguindo o mesmo conceito que tornou seu nome referência na cena de sucos prontos para beber (SPB), a empresa criou uma linha de barras de nuts com frutas sem açúcar, aromas ou conservantes. Rodrigo Motta, diretor comercial da do bem, estima que, já em 2015, os produtos alcancem 5% das vendas e, no próximo ano, atinjam 20% do faturamento. Para conquistar esse mercado, a marca aposta fichas na inovação que, frisa Motta, é algo presente no DNA da empresa. “Queremos oferecer uma opção saudável para um mercado com baixo índice de inovação”, assinala. Na entrevista a seguir, Motta analisa o mercado de alimentos saudáveis e antecipa os planos da do bem.
DR – Como analisa o mercado de alimentos/bebidas naturais no Brasil?
Motta – O segmento está em pleno desenvolvimento. O Brasil já é o quarto maior mercado do mundo para produtos saudáveis, segundo dados da Euromonitor International. Esse avanço se deve à busca das pessoas por hábitos de alimentação e estilo de vida que contribuam para elevar a saúde e o bem-estar. Os consumidores procuram mais informações, estão atentos aos ingredientes e não querem mais consumir tantos aditivos químicos.
DR – E como a empresa se insere nesse cenário?
Motta – A do bem surgiu em 2007, por obra de um grupo de jovens cansados da mesmice e focado em mudar o mundo das bebidas. Nossa história de transformação se iniciou quando começamos a oferecer bebidas naturais sem conservantes ou aditivos químicos, mudando os padrões do mercado brasileiro e questionando os caminhos utilizados pela indústria. Além dos ingredientes naturais, trouxemos uma outra noção de empresa, adicionando às bebidas naturais uma relação mais direta com as pessoas, uma pitada de bom humor e tecnologia em beneficio da natureza. Com adeptos no Brasil e no mundo, criamos muito mais do que uma determinada marca, uma cultura com objetivo de não apenas de vender produtos, mas de celebrar a saúde e o bom humor.
Assim a do bem foi à primeira marca no Brasil a produzir suco de laranja 100% integral, ou seja, sem aditivo químico. Temos muito orgulho de ter ajudado a construir esse mercado levando opções saudáveis aos consumidores.
DR – Por que decidiu ingressar no segmento de alimentos?
Motta – A missão da do bem é simplificar a vida das pessoas e deixar todos os corpos saudáveis. Dentro desse contexto, a barrinha complementa nosso portfólio como mais uma opção prática, pronta para o consumo e 100% saudável, isto é, sem açúcar, sem xarope de glicose, sem aromas, sem conservantes e sem gordura trans. As inovações não se limitam a alimentos e bebidas. Em 2013, a do bem iniciou sua divisão digital saudável, com engenheiros eletrônicos e de computação. Após um ano de desenvolvimento, lançamos a do bem Máquina, a primeira pulseira inteligente do Brasil, e aplicativos de monitoramento da pulseira para os sistemas IOS e Android. Esse departamento é uma área que veio para ficar e trará mais novidades em 2015, reforçando a missão de simplificar a vida das pessoas e deixar os corpos saudáveis.
DR – O mercado de alimentos portáteis não é uma proposta nova, certo?
Motta – Queremos mudar o mercado de alimentos portáteis, assim como fizemos com nossas bebidas, que são opções livres de aditivos químicos. Esse segmento ainda é voltado para produtos artificiais e a do bem chega para oferecer ingredientes naturais, simples e nutritivos. Por isso, a novidade está em levar opções saudáveis.
DR – Quais os planos para o negócio das barrinhas?
Motta – Esperamos num prazo de até cinco anos equilibrar o faturamento entre bebidas e alimentos. Além da chegada ao setor de alimentos, temos investido nas exportações. Fechamos acordo recentemente com a rede Casino e para nossos produtos serem distribuídos na França e no Paraguai, com presença em mais de 200 lojas nesses dois países. Hoje, aliás, a do bem também está presente na Espanha e Portugal.