Avanço gelatinoso
Com margem até 400% superior a balas tradicionais, o segmento de gomas de gelatina vem polarizando as atenções do trade doceiro e investimentos na ponta da produção. Enquanto o filão de balas duras e mastigáveis se mantém estável, a categoria à base de gelatina cresce muito acima da média do setor. Essa demanda aquecida mobiliza a espanhola Sánchez Cano, detentora da marca Fini, que investe na ampliação de sua fábrica em Jundiaí (SP). Dados coletados no varejo indicam que o quilo da bala de gelatina é vendido entre R$ 32 e R$ 67, enquanto o preço da bala dura/mastigável oscila entre R$ 7 e R$ 21 o quilo. Com apelo saudável, menos açúcar e colágeno na formulação, as balas de gelatina vêm seduzindo tanto o público infantil quanto o jovem adulto, mesmo com preço mais alto.
A empresa informa que suas vendas cresceram 25% no primeiro semestre e, se manter esse ritmo, deve atingir receita de R$ 500 milhões até dezembro, projeta Donizeti Ferreira, diretor financeiro da Fini. Em julho, acrescenta ele, a companhia iniciou a construção de uma nova fábrica, que vai ampliar em 75% a capacidade atual da planta de Jundiaí. O projeto prevê investimento de R$ 70 milhões feito com recursos próprios a ser aplicado ao longo de três anos, confirma Ferreira, assinalando que a meta é chegar à liderança do setor de balas de gelatina no país.
A marca é vendida hoje em 180 mil lojas, mas o executivo prevê chegar a 250 mil pontos de venda (PDVs) em cinco anos. Segundo ele, há um grande potencial de expansão das balas enriquecidas com ômega 3, vitamina C, fibras e outros suplementos em redes de farmácias. “Existem no Brasil 90 mil farmácias e drogarias, porém estamos apenas em 20 mil desses PDVs”, grifa Ferreira, completando que essa diversificação vai cobrir uma parte do crescimento esperado na distribuição.
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