Surfando na onda de alimentos para fins especiais, a Vitalin surgiu em 2000 através da grife Sun Products, que operava exclusivamente para exportação a distribuição do Agaricus blazei, conhecido como cogumelo do sol. Quatro anos depois, a empresa passou a atender o mercado interno com a fibra de maracujá e, a partir de 2006, passou a atuar sob a denominação Vitalin Alimentos. “A empresa busca em diversas culturas e regiões do mundo produtos que proporcionem bem-estar e qualidade de vida aos consumidores, oferecendo, dessa forma, produtos com características únicas”, sintetiza Alline Schüncke, nutricionista e analista de marketing da Vitalin Alimentos. Na entrevista a seguir, ela analisa a trajetória da marca e comenta as últimas tendências.
DR – Como o mercado de produtos saudáveis vem evoluindo nos últimos anos?
Alline – Mantém um crescimento forte principalmente nos últimos cinco anos, devido à preocupação do brasileiro com a saúde. Hoje em dia, com o desenvolvimento econômico, as pessoas passaram a se alimentar melhor e ter acesso à alimentos com diferenciais, impulsionando esse mercado, que hoje oferece uma variedade crescente de itens alimentícios saudáveis. Essas informações vêm em parte do desenvolvimento de cartilhas sobre alimentação saudável do governo, e também através das próprias indústrias e profissionais da área. A medicina no Brasil ainda é muito voltada para cura, mas já conseguimos perceber uma parcela da população preocupada com a prevenção, e é aí que entra a alimentação saudável.
DR – Quais fatores influenciam mais o consumidor a optar por alimentos saudáveis?
Alline – O acesso a informações sobre os benefícios de uma alimentação saudável faz com que o consumidor se encoraje a buscar saúde através da alimentação. Ele está mais exigente e precisa saber o porquê de consumir um produto. Com o avanço da tecnologia ficou mais fácil de levar essa informação e, ao mesmo tempo, pesquisar antes de realizar a compra. Em contrapartida, as empresas oferecem cada vez mais opções desses alimentos e a maior variedade incentiva o consumo.
DR – Como a Vitalin ingressou nesse filão?
Alline – Decidimos lançar a linha sem glúten e pronta para o consumo em 2013. Para tanto, realizamos uma pesquisa na qual observou-se a dificuldade do celíaco (portador da doença celíaca, de intolerância ao glúten) em poder consumir algum alimento fora de casa. Foi levado em consideração a crescente onda de alimentos on-the-go e os escolhidos para lançar a linha sem glúten da Vitalin foram os cookies em embalagem individual. O desenvolvimento do projeto durou dois anos, e a maior preocupação foi oferecer um alimento sem glúten e sem lactose, o que já é um diferencial, além de proporcionar algo a mais. Assim, os cookies sem glúten da marca são isentos gordura trans, fonte de fibras, elaborados com grãos funcionais, e oferecem a praticidade da embalagem individual. A aceitação do produto foi excelente, tanto para as pessoas com restrição alimentar, como para aquelas que buscam uma alimentação saudável.
DR – Como é o portfólio atual?
Alline – São três linhas de produtos – orgânica, integral e sem glúten, mas todos os itens são isentos glúten. O carro-chefe hoje é a linha de cookies de 30g, com diferencial da embalagem e na parte nutricional. Para incrementar a sua aceitação, a Vitalin insere a partir de julho uma opção de embalagem de 90g para consumo de toda família.
DR – Qual o balanço da empresa no último ano e a meta para 2015?
Alline – A empresa fechou 2014 com resultados positivos. A marca obteve no ano passado um crescimento de 20% em seu faturamento, além de triplicar sua área produtiva. A estimativa para 2015 é crescer aproximadamente 54% e, para isso, está investindo na ampliação da linha de produtos. No fim de 2014, triplicamos a área produtiva e agora, em julho, vamos finalizar a ampliação da área administrativa. Ainda neste ano começaremos o projeto de construção de uma nova planta, que deverá ser finalizada em 2016. •