A marca do Brasil
Ação setorial para fomento das exportações brasileiras de biscoitos, massas alimentícias e pães e bolos industrializados, o projeto Happy Goods foi criado em 2005 em decorrência da evolução do posicionamento unificado das empresas do setor no mercado internacional. Inicialmente envolvendo apenas o segmento de biscoitos, sob a denominação Brazilian Biscuits, a marca coletiva Happy Goods foi desenvolvida pela consultoria norte-americana GadLippincott em 2013 enaltecendo as características atribuídas aos brasileiros em todo o mundo, como alegria e espontaneidade, bem como destaca as bases setoriais e a identidade nacional, sintetizadas no apelo “Baked in Brasil”. Assim, com a assinatura Happy Goods Baked in Brasil no portfólio de biscoitos, massas, pães e bolos, dentre outros relacionados, o setor busca melhorar a percepção dos produtos brasileiros os quais apoia no mercado global, aperfeiçoando o conceito já estabelecido pelas empresas mais engajadas do projeto.
A marca atua em favor da promoção internacional das linhas industrializadas brasileiras por meio da parceria entre a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães &Bolos Industrializados (ABIMAPI) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Além dos itens sob o guarda-chuva da ABIMAPI, o projeto inclui as categorias de cereais matinais, granolas e barras de cereais, além de salgadinhos (snacks), torradas e panetones, entre outras.
Detentora da marca e do domínio Happy Goods, cabe à ABIMAPI a gerência da missão de promover as exportações do setor em conjunto com a Apex-Brasil.O projeto é atualmente formado por cerca de 40 empresas brasileiras que exportam para mais de 80 países. Para participar da iniciativa, as indústrias devem ser associadas à entidade e produzir itens relacionados aos segmentos de forneados, massas e/ou panificação. Em contrapartida, elas recebem orientações técnicas em comércio exterior, apoio estratégico para negócios internacionais, indicações de melhores soluções para aperfeiçoamento da gestão e estrutura produtiva para exportar. Também têm acesso a estudos que auxiliam a realização de vendas continuadas para clientes estrangeiros. Além disso, participam de feiras internacionais, rodadas de negócios no Brasil e no exterior com potenciais importadores e distribuidores de seus produtos, bem como missões empresariais com o objetivo de sondar os mercados e suas oportunidades.
Como complementação à parceria com a Apex-Brasil, a ABIMAPI desenvolve diversas alianças para disponibilizar soluções aos associados no âmbito das exportações. Atua ainda na organização e realização de seminários e workshops com temas estratégicos para apoio à gestão de negócios na esfera do comércio exterior. Orientados para minimização de problemas enfrentados pelo exportador, os eventos mostram a visão de palestrantes e abordam casos reais, além de trazer sugestões, recomendações e soluções práticas para as empresas reunidas no Happy Goods.
Informações adicionais da iniciativa constam no site próprio (www.Happy Goods.com.br), criado com conteúdo em inglês e espanhol, além do português, para a divulgação do setor brasileiro, suas empresas, marcas e produtos.
Dados repassados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indicam que as exportações brasileiras de produtos do setor em 2014 atingiram 90 mil toneladas (t), volume equivalente a aproximadamente US$ 170 milhões. As empresas integrantes do projeto Happy Goods representaram cerca de 70% desses embarques. O faturamento das exportações brasileiras de biscoitos, por exemplo, foi responsável por 54,2% desse resultado total. No que se refere a volumes, além dos biscoitos, as massas alimentícias secas sem ovos atingiram 24,4% dos itens embarcados para o exterior (ver quadros à pág. 60).
No caso específico de biscoitos dos tipos wafers e waffles, considerados de maior valor agregado, o Brasil registrou exportações contínuas nos últimos anos que o posicionaram entre os 20 maiores fornecedores do segmento no mundo. Dominado por países europeus, especialmente no caso das vendas globais de waffles, o Brasil é o único fornecedor do Hemisfério Sul e mesmo da América Latina entre os principais players globais dessa categoria. Com um parque industrial que atende o segundo maior consumo mundial de biscoitos, o Brasil é hoje extremamente competitivo, por exemplo, no segmento de wafers, com faturamento que chega a US$ 2 bilhões somente no mercado interno, representando pouco menos de 10% das vendas de biscoitos no Brasil em 2014, indica a consultoria Nielsen.
Entre os 30 maiores fornecedores globais de biscoitos e torradas, o Brasil figura como vice-líder da América Latina em ambos os segmentos, atrás apenas do México. A pujança do segmento é tamanha que, atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor e consumidor de biscoitos do mundo, depois dos Estados Unidos, com vendas no mercado interno que somaram US$ 8 bilhões e 1,2 milhão de toneladas em 2014, repassa a Euromonitor International.
O Brasil também cintila nas exportações de pães especiais e pães de especiarias. De acordo com dados do International Trade Center (ITC), o país se posiciona entre os dez maiores fornecedores mundiais desses produtos, com ênfase especial para o panetone, produto tradicional originário da culinária italiana que foi adaptado aos hábitos alimentares brasileiros com receptividade crescente em diversos países. Já há vários anos, os Estados Unidos são o principal parceiro do Brasil nessa categoria. Em 2009, conforme o MDIC, os norte-americanos importaram cerca de US$ 2 milhões e 720 t do produto brasileiro e, em 2014, atingiram quase US$ 6 milhões e 2 mil t em compras de panetones. Nesse período, o Brasil também fortaleceu relações comerciais com outros países da América do Sul, tais como Peru, Venezuela e Paraguai, que anualmente importam mais de US$ 1 milhão de panetones brasileiros.
O panetone representava, há cinco anos, apenas 5% nas exportações globais brasileiras do setor, com cerca de US$ 6 milhões, avançando para 8% e quase US$ 13 milhões em 2014. O crescimento anual médio ponderado das vendas externas do produto brasileiro no período foi de 17%, mas o acúmulo foi de cerca de 120%. Com alto valor agregado para o setor, incorporando alimentos processados brasileiros de qualidade ao comércio internacional, os panetones já atravessam o mundo chegando em países como África do Sul, Japão e Austrália.
Dados do comércio exterior do setor apurados pelo MDIC e ITC, entre 2012 e 2013, apontam ainda crescimento de 60% das exportações brasileiras de preparações obtidas de flocos de cereais, tais como biscuits e barras de cereais. O aumento posiciona o Brasil entre os 30 maiores fornecedores mundiais desse segmento que, em 2013, fechou com US$ 1,5 milhão e cerca de 333 t exportadas. Apesar dos números positivos de biscuits e barras de cereais, sobressaem nesse reduto as linhas de cereais matinais e os snacks de trigo ou milho, que somam o principal volume de exportações brasileiras no segmento, com mais de US$ 12 milhões e 4,6 mil t em 2014.
O Brasil também se destaca na cena global pelo avanço nas exportações de massas alimentícias secas com ovos. Entre 2009 e 2014, cravou índices de 83% de crescimento acumulado e 13% de alta anual média ponderada. O resultado incluiu o Brasil entre os 20 maiores fornecedores de massas alimentícias secas com ovos do mundo, com faturamento de US$ 4 milhões em 2014, equivalente a embarques de 1,2 milhão de toneladas.
Já no caso das massas alimentícias secas sem ovos, o Brasil é um dos 20 maiores fornecedores mundiais, tendo registrado a maior alta global nas vendas externas entre 2012 e 2013, com aumento de 82,3% em valor e 93,3% em volume. Claramente, o Brasil estabelece relações comerciais mais robustas para massas alimentícias secas sem ovos no mercado internacional. Isso significa que o país vende, mas também compra com grande intensidade massas dessa categoria. No ano passado, confirmam dados do MDIC, os embarques do segmento de massas sem ovos alcançaram US$ 50 milhões, equivalentes a 46 mil t.
Com ou sem ovos, o Brasil é o terceiro maior consumidor de massas alimentícias do mundo – atrás apenas de Itália e Estados Unidos– , com US$ 2,2 bilhões e 760 mil t de vendas internas em 2014, indicam dados da Euromonitor International. Com o dólar acima de R$ 3,00, os exportadores brasileiros renovam o fôlego com preços mais competitivos diante dos concorrentes, tornando as ofertas mais vantajosas para compradores internacionais. Assim, entre as principais tendências para as exportações brasileiras nos próximos anos inserem-se a elevação nos volumes de wafers, waffles, panetones, torradas e itens à base de cereais, além da aceleração no desenvolvimento de produtos específicos para atender demandas internacionais e a abertura de novos mercados, com ampliação da base exportadora.
As exportações brasileiras de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados atingiram mais de 100 países em 2014. As empresas integrantes do projeto Happy Goods embarcaram suas linhas para mais de 80 destinos. Dessa forma, o setor brasileiro já cobre os cinco continentes. Ainda assim, é inegável a importância das exportações brasileiras na América do Sul, por conta, por exemplo, do bloco econômico do Mercosul. A região foi responsável por 49% das exportações nacionais do setor em valor e 57% em volume ou US$ 83 milhões e 49 mil t, respectivamente.
A segunda área mais importante para as exportações brasileiras em 2014 foi a África, que importou US$ 44 milhões e 24 mil t de produtos brasileiros. Diferentemente da América do Sul, que registra interesse por todo o portfólio oferecido pelo setor, a África concentra suas importações do Brasil em biscoitos. Angola e Moçambique, por exemplo, dividem os principais embarques ao continente africano especialmente com biscoitos tradicionais e wafers.
Já os Estados Unidos responderam por 17% em valor e 10% em volume das vendas internacionais dos produtos brasileiros do setor em 2014. Segundo projeções da ABIMAPI, em 2015, o Brasil deve exportar US$ 30 milhões e 9 mil t para a região. Os melhores resultados foram alcançados por biscoitos tradicionais, wafers, panetones, massas alimentícias secas com ovos e torradas.
Por meio do projeto Happy Goods as empresas brasileiras participam com regularidade dos principais eventos internacionais para negócios do setor. Entre as mais tradicionais, destacam-se as feiras ISM (Feira Internacional de Doces e Biscoitos) e Anuga (Feira Internacional de Alimentos e Bebidas), promovidas em Colônia, na Alemanha; a Gulfood, de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e o Sial (Salão Internacional da Alimentação), de Paris, na França. Considerando a abertura de mercados e maiores possibilidades de expansão das exportações, as empresas também iniciaram participação regular em feiras de alimentos e bebidas regionais de maior relevância. Incluem-se nesse compartimento as feiras Prodexpo e World Food Moscow, na Rússia; Expoalimentaria, em Lima, no Peru; a Summer Fancy Food de Nova Iorque, nos EUA; a Americas Food &Beverage, de Miami (EUA), a Foodex, em Tóquio, Japão; e o Sial China, em Shanghai.
Além da participação nesses eventos, as empresas brasileiras continuam presentes em agendas específicas de negócios. Assim, todos os anos participam de feiras em Angola, a exemplo da Filda e, em Cuba, da FIHAV, ambas multissetoriais. Essas atividades de promoção internacional do setor incluem também rodadas de negócios, a exemplo das programadas anualmente durante a feira da Apas (Associação Paulista de Supermercados), considerado o maior evento de negócios do setor de autosserviço na América Latina. •
The Brazilian brand
Project Happy Goods consolidates the joint action of producers of biscuits, pasta, and processed breads and cakes in the international market
The Happy Goods project is an industry action to promote Brazilian exports of biscuits, pasta, and processed breads and cakes. It was created in 2005 as a result of the evolution of the joint positioning of sector’s companies in the international market. The collective brand Happy Goods originally included only the biscuits segment and was known by the name Brazilian Biscuits. The brand was developed in 2013 by North American consulting company GadLippincott, acclaiming the features assigned to Brazilians throughout the world such as joy and spontaneity, as well as highlighting the sectoral bases and national identity, synthesized by the “Bakedin Brazil” appeal. Thus, displaying the Happy Goods Baked in Brazil signature in the portfolio of biscuits, pasta, breads and cakes, among other related products, the industry seeks to improve the perception of the Brazilian products supported in the global market, perfecting the concept already established by companies engaged in the project.
The brand operates in favor of the international promotion of industrialized Brazilian lines through a partnership between the Brazilian Manufacturers Association of Biscuits, Pasta and Industrialized Breads & Cakes (ABIMAPI) and the Brazilian Trade and Investment Promotion Agency (Apex-Brasil). In addition to the items covered by ABIMAPI, the project includes the categories of breakfast cereals, granolas and cereal bars, in addition to snacks, toast and panettone, among others.
ABIMAPI owns the Happy Goods brand and domain name, and it manages the mission to promote the industry’s exports jointly with Apex-Brasil. The project currently includes about 40 Brazilian companies that export to over 80 countries. In order to participate in the initiative, the companies must be associated with the entity and produce items related to the baked goods, pasta and/or bread segments. In return, they receive technical guidance in foreign trade, strategic support related to international business, information regarding better solutions to improve management and production structure to export. They also have access to studies that help ensure continued sales to foreign clients. In addition, they participate in international trade shows, business rounds in Brazil and abroad with potential importers and distributors of its products, as well as in business missions in order to probe the market and its related opportunities.
To complement the partnership with Apex-Brasil, ABIMAPI develops several alliances to provide export-related solutions to its members. It also organizes and holds seminars and workshops on topics that are strategic to support business management in the foreign trade sphere. The events focus on minimizing the problems faced by the exporter, showing the speakers’ points of view and discussing real cases, in addition to bringing suggestions, recommendations and practical solutions to the companies that are part of Happy Goods.
Visit the website for additional information regarding the initiative (www.Happy Goods.com.br). In addition to Portuguese, the site was developed in English and Spanish, aiming to promote the Brazilian industry, as well as its companies, brands and products.
Data submitted by the Ministry of Development, Industry and Foreign Trade (MDIC) indicate that in 2014, Brazilian exports of the industry’s products reached 90 thousand tons (t), a volume equivalent to approximately US$ 170 million. Companies taking part in the Happy Goods project accounted for about 70% of these exports. Revenues from Brazilian exports of biscuits, for example, accounted for 54.2% of this total. As for volumes, in addition to biscuits, dried pasta made without eggs reached 24.4% of exported items (see tables on page 60 ).
In the specific case of wafers and waffles, considered as having a higher added value, Brazil has recorded solid exports in recent years, placing the country among the world’s 20 biggest suppliers of the segment. Dominated by Europeans, especially in the case of waffles global sales, Brazil is the only supplier in the Southern Hemisphere and in Latin America among the main global players in this category. Currently Brazil is extremely competitive, and it has an industrial park that meets the world’s second largest consumer of biscuits such as wafers. Its revenues reach up to US$ 2 billion in the domestic market alone, representing slightly less than 10% of sales of biscuits in Brazil in 2014, as indicated by the consulting company Nielsen.
Brazil is among the 30 largest global suppliers of biscuits and toasts, and it is one of the leaders in Latin America in both segments, the second, just after Mexico. The segment’s strength is such that, currently, Brazil is the world’s second largest producer and consumer of biscuits, trailing behind the United States. Its domestic sales totaled $ 8 billion and it produced 1.2 million tons in 2014, as reported by Euromonitor International.
Brazil also shines in the export of specialty breads. According to data from the International Trade Center (ITC), Brazil is among the top ten global suppliers of these products, with special emphasis on panettone, a traditional Italian product that was adapted to Brazilian eating habits, with increased receptivity in several countries. The United States has been Brazil’s main partner in that category for several years. According to the MDIC, in 2009 the U.S. imported nearly US$ 2 million and 720 tons of the Brazilian product, and in 2014, panettone purchases reached almost US$ 6 million and 2 thousand tons. During this period, Brazil also strengthened trading relations with other South American countries such as Peru, Venezuela and Paraguay, which annually import more than US$ 1 million of Brazilian panettone.
Five years ago, panettone represented only 5% of Brazilian global exports in the industry, at about US$ 6 million, advancing to 8% and nearly US$ 13 million in 2014. The compound annual growth rate (CAGR) of foreign sales of the Brazilian product in the period was 17%, accumulating about 120%. With high added value for the sector, incorporating qualified Brazilian processed foods into international trade, panettones have been shipped across the world, arriving in countries such as South Africa, Japan and Australia.
Foreign trade data about the sector, collected by the MDIC and ITC between 2012 and 2013, indicate a 60% growth of Brazilian exports of prepared food obtained from cereal products, such as cereal cookies and bars. The increase has positioned Brazil among the world’s 30 largest suppliers in this segment, and in 2013 it closed the year at US$ 1.5 million and nearly 333 tons of products exported. Despite the positive numbers of biscuits and cereal bars, these figures include the lines of breakfast cereals and wheat or corn snacks, which account for the main volume of Brazilian exports in this segment, at more than US$ 12 million and 4.6 thousand tons in 2014.
Brazil also stands out on the global scenario by the advancement in exports of dried pasta made with eggs. Between 2009 and 2014, its accumulated growth rate was 83%, and its compound annual growth rate (CAGR) was 13%. The result included Brazil among the world’s 20 largest suppliers of dried pasta made with eggs with revenues of US$ 4 million in 2014, equivalent to 1.2 million exported tons.
As for dry pasta made without eggs, Brazil is among the world’s 20 largest suppliers, recording the biggest increase in global external sales between 2012 and 2013: 82.3% increase in value and 93.3% increase in volume. Brazil clearly establishes stronger trade relationships for dry pasta made without eggs in the international market. This means that the country sells, but also buys intensive great volumes of pasta in this category. According to MDIC’s data, last year, export of pasta made without eggs reached US$ 50 million, equivalent to 46 thousand tons.
According to data from Euromonitor International, Brazil is the world’s third largest consumer of pasta (whether made with or without eggs) – behind only to Italy and the United States –, with US$ 2.2 billion and 760 thousand tons of domestic sales in 2014. With the dollar exchange rate above R$ 3.00, Brazilian exporters can present more competitive prices, making the offers more attractive to international buyers. Thus, among the main trends for Brazilian exports in the coming years are the increase in volumes of wafers, waffles, panettones, toast and cereal-based items, in addition to the acceleration in the development of specific products to meet international demands and the opening of new markets, expanding the export base.
Brazil exports biscuits, pasta, and processed breads and cakes to more than 100 countries in 2014. Companies participating in the Happy Goods project have exported its lines to more than 80 destinations. Thus, the Brazilian industry has reached all five continents. Still, the importance of Brazilian exports in South America is undeniable, based on the Mercosur economic block. The region was responsible for 49% of domestic exports in the sector in terms of value and 57% in volume, at US$ 83 million and 49 thousand tons, respectively.
Africa was the second most important area for Brazilian exports in 2014, importing US$ 44 million and 24 thousand tons of Brazilian products. Unlike South America, which demonstrates interest in the entire portfolio offered by sector, Africa’s imports from Brazil are concentrated in biscuits. Angola and Mozambique, for example, share most Brazilian exports to Africa, especially of traditional biscuits and wafers.
The United States accounted for 17% in value and 10 percent in international sales volume of Brazilian products in the industry in 2014. ABIMAPI expects that in 2015 Brazil should export US$ 30 million and 9 thousand tons to the North American region. The items that obtained the best results were traditional biscuits, wafers, panettones, dried pasta made with eggs, and toast.
Through the Happy Goods project, Brazilian companies participate regularly in the sector’s main international business events. Some of the most traditional events include fairs such as ISM (International Sweets & Biscuits Fair) and Anuga (International Food and Beverage Fair) promoted in Cologne, Germany, the Gulfood fair in Dubai, at the United Arab Emirates, and the SIAL fair (Global Food Marketplace) in Paris, France. Considering the opening of markets and greater possibilities for expanding exports, companies also started to participate regularly in relevant regional food and beverage fairs. These include fairs such as Prodexpo and World Food Moscow, in Russia; Expoalimentaria in Lima, Peru; Summer Fancy Food in New York, USA; Americas Food & Beverage in Miami, USA; Foodex in Tokyo, Japan; and SIAL China, in Shanghai.
In addition, Brazilian companies are also present in business-specific events. Thus, every year they participate in fairs in Angola, such as Filda, and FIHAV, in Cuba, both multi-sectoral fairs. These international promotion activities also include business meetings, such as those programmed annually during the Apas fair (São Paulo Supermarket Association), considered the largest business event in the self-service sector in Latin America. •
La marca de Brasil
El proyecto Happy Goods consolida la acción unificada de las industrias de galletas, pastas, panes y pasteles procesados en el mercado internacional
Acción sectorial para promover las exportaciones brasileñas de galletas, pastas, panes procesados y pasteles, el proyecto Happy Goods fue creado en 2005 como resultado de la evolución de la posición unificada de las empresas del sector en el mercado internacional. Originalmente involucrando sólo al segmento de galletas bajo el nombre de Brazilian Biscuits, la marca colectiva Happy Goods fue desarrollada por la consultora norteamericana GadLippincott en 2013 enalteciendo las funciones atribuidas a los brasileños en el mundo, como alegría y espontaneidad, así como destacando las bases sectoriales y la identidad nacional, todo sintetizado en la apelación “Brasil Bakedin”. Así, con la firma Happy Goods Baked in Brasil o Horneado en Brasil en el portafolio de galletas, pastas, panes y pasteles, entre otros relacionados, el sector busca mejorar la percepción de los productos brasileños que apoya en el mercado global, perfeccionando el concepto ya establecido por las empresas participantes en el proyecto.
La marca opera a favor de la promoción internacional de líneas industrializadas brasileñas a través de una asociación entre la Asociación Brasileña de las Industrias de Galletas, Pastas Alimenticias y Panes y Pasteles Industrializados (ABIMAPI) y la Agencia Brasileña de Promoción de Exportaciones e Inversiones (Apex-Brasil). Además de los elementos bajo el paraguas de ABIMAPI, el proyecto incluye las categorías de cereales para el desayuno, granolas y barras de cereales, además de bocadillos (snacks), pan tostado y panetones, entre otros.
Propietaria de la marca y el dominio Happy Goods, cabe a ABIMAPI la misión de promover las exportaciones del sector en conjunto con Apex-Brasil. El proyecto está actualmente compuesto por unas 40 empresas brasileñas exportando a más de 80 países. Para participar en la iniciativa, las industrias deben estar asociadas con la entidad y producir artículos relacionados con segmentos de productos de panadería, pastas y/o pan. A cambio, reciben asesoría técnica en comercio exterior, apoyo estratégico para los negocios internacionales, indicaciones de mejores soluciones para la mejora de la estructura de gestión y producción para la exportación. También tienen acceso a los estudios que ayudan a la realización de ventas continuas para clientes extranjeros. Además, participan en ferias internacionales, ruedas de negocios en Brasil y en el extranjero con potenciales importadores y distribuidores de sus productos, así como en misiones comerciales con el fin de sondear el mercado y sus oportunidades.
Como complemento a la asociación con Apex-Brasil, ABIMAPI desarrolla varias alianzas para ofrecer soluciones a los miembros en el marco de las exportaciones. También trabaja en la organización y celebración de seminarios y talleres con temas estratégicos de apoyo a la gestión de negocios en el ámbito del comercio exterior. Orientados hacia la minimización de los problemas que enfrentan los exportadores, los eventos muestran la visión de los conferencistas y discuten casos reales, además de brindar sugerencias, recomendaciones y soluciones prácticas para empresas que se reunieron en Happy Goods.
Información adicional la iniciativa indicada en el propio sitio web (www.Happy Goods.com.br), creado con contenido en ingles, español y portugués, para la difusión del sector brasileño, sus empresas, marcas y productos.
Datos brindados por el Ministerio de Desarrollo, Industria y Comercio Exterior (MDIC) indican que las exportaciones brasileñas de productos de la industria en el año 2014 alcanzaron 90 mil toneladas (t), volumen equivalente a aproximadamente $ 170 millones. Las empresas que participan en el proyecto Happy Goods representaron el 70% de estos envíos. La facturación de las exportaciones brasileñas de galletas, por ejemplo, representaron el 54,2% del resultado total. En cuanto a volúmenes, además de las galletas, las pastas alimenticias secas sin huevo llegaron al 24,4% de los artículos enviados al exterior (ver tablas en página 60).
En el caso específico de los galletas del tipo wafers y waffles, considerados de valor agregado más grande, Brasil registró exportaciones sólidas en los últimos años que lo posicionaron entre los 20 más grandes proveedores del segmento en el mundo. Dominado por los países europeos, especialmente en el caso de las ventas globales de waffles, Brasil es el único proveedor en el hemisferio sur e incluso de Latinoamérica entre los principales players de esta categoría mundial. Con un parque industrial que atiende al segundo más grande consumo mundial de galletas, Brasil es extremadamente competitivo hoy en día, por ejemplo, en el segmento de wafers, con facturación que llega hasta US$ 2 mil millones sólo a nivel interno, que representa poco menos del 10% de las ventas de galletas en Brasil en 2014, indica la consultoría Nielsen.
Entre los 30 proveedores globales más grandes de galletas y pan tostado, Brasil figura como sub-líder de Latinoamérica en ambos segmentos, detrás de México. La pujanza del segmento es tal que, actualmente, Brasil es el segundo más grande productor y consumidor de galletas en el mundo, después de EE.UU., con un total de US$ 8 mil millones y 1,2 millones de toneladas en el año 2014, informa Euromonitor International.
Brasil también brilla en exportaciones de panes especiales y panes de especias. Según los datos del International Trade Center (ITC), el país se coloca entre los diez mejores proveedores mundiales de estos productos, con especial énfasis en el panetone, tradicional producto originario de la cocina italiana que fue adaptado a los hábitos alimentarios brasileños, con receptividad en aumento en varios países. Desde hace varios años, los EE.UU. son el principal socio de Brasil en esa categoría. En 2009, según MDIC, los estadounidenses importaron casi US$ 2 millones y 720 t producto brasileño y, en el año 2014, llegaron a casi US$ 6 millones y 2 mil t en compras de panetones. Durante este período, Brasil también consolidó las relaciones comerciales con otros países sudamericanos, como Perú, Venezuela y Paraguay, que importan anualmente más de US$ 1 millón de panetones brasileños.
El panetone representaba hace cinco años, sólo el 5% de las exportaciones globales brasileñas del sector, con aproximadamente US$ 6 millones, avanzando hasta el 8% y casi US$ 13 millones en 2014. El crecimiento anual promedio ponderado de las ventas externas del producto brasileño en el período fue del 17%, pero la acumulación fue alrededor del 120 %. Con alto valor añadido para el sector, incorporando alimentos procesado brasileño de calidad en el comercio internacional, los panetones ya cruzan el mundo llegando a países como Sudáfrica, Japón y Australia.
Datos de comercio exterior del sector estimados por MDIC y ITC, entre 2012 y 2013, señalan además un crecimiento del 60% de las exportaciones brasileñas de preparaciones obtenidas de copos de cereales, como galletas y barras de cereales. El aumento posiciona Brasil entre los 30 más grandes proveedores del mundo en este segmento que en 2013, cerró con US$ 1,5 millones y casi 333 t exportadas. A pesar de los números positivos de galletas y barras de cereal, destacan las líneas de cereales para el desayuno y bocadillos de trigo o de maíz, que suman el volumen principal de las exportaciones de Brasil en este segmento, con más de US$ 12 millones y 4,6 t en el año 2014.
Brasil también destaca en la escena global por el avance de las exportaciones de pasta alimenticia seca con huevo. Entre 2009 y 2014, se registraron tasas de crecimiento acumulado del 83% y 13% de crecimiento promedio ponderado anual. El resultado incluye Brasil entre los 20 más grandes proveedores de pasta seca con huevo en el mundo, con ingresos de US$ 4 millones en 2014, equivalentes a los envíos de 1,2 millones de toneladas.
En el caso de pasta seca sin huevo, Brasil es uno de los 20 más grandes proveedores en todo el mundo, habiendo registrado el más grande incremento de ventas externas globales entre 2012 y 2013, con 82,3% de aumento en valor y 93.3% en volumen. Claramente, Brasil establece relaciones comerciales más sólidas para pastas alimenticias secas sin huevo en el mercado internacional. Esto significa que el país vende, pero también compra con gran intensidad pastas de esta categoría. El año pasado, confirman datos de MDIC, los envíos totales del segmento de pasta sin huevo alcanzaron US$ 50 millones, equivalente a 46 mil t.
Con o sin huevo, Brasil es el tercer más grande consumidor de pastas alimenticias del mundo, detrás de Italia y EE.UU. – con US$ 2 mil millones y 760 mil t de ventas nacionales en 2014, indican datos de Euromonitor International. Con el dólar por arriba de R$ 3,00, los exportadores brasileños renuevan ímpetu con precios más competitivos frente a los competidores, haciendo las ofertas más ventajosas para los compradores internacionales. Así, entre las principales tendencias de las exportaciones brasileñas en los próximos años son el aumento en los volúmenes de wafers, panetones, pan tostado y productos a base de cereales, además de la aceleración en el desarrollo de productos específicos para satisfacer las demandas internacionales y la apertura de nuevos mercados, con la expansión de la base de exportación.
Las exportaciones brasileñas de galletas, pastas, panes y pasteles industrializados, llegaron a más de 100 paises en 2014. Los miembros de las empresas del proyecto Happy Goods enviaron sus líneas a más de 80 destinos. De esta manera, la industria brasileña ya cubre los cinco continentes. Sin embargo, es innegable la importancia de las exportaciones brasileñas a Sudamérica, debido, por ejemplo, al bloque económico del Mercosur. La región fue responsable del 49% de las exportaciones nacionales en el sector en términos de valor y un 57% en volumen o US$ 83 millones y 49 mil t, respectivamente.
La segunda región más importante para las exportaciones brasileñas en 2014 fue África, que importó US$ 44 millones y 24 mil t de productos brasileños. A diferencia de Sudamérica, que registra interés por todo el portafolio ofrecido por el sector, África concentra sus importaciones desde Brasil en galletas. Angola y Mozambique, por ejemplo, dividen los principales envíos a África especialmente con galletas tradicionales y wafers.
Los EE.UU. representaron el 17% en valor y 10 por ciento en volumen de las ventas internacionales de productos brasileños del sector en 2014. Según las proyecciones de ABIMAPI, en el año 2015, el Brasil debe exportar US$ 30 millones y 9 mil t a la región. Los mejores resultados se lograron con galletas tradicionales, wafers, panetones, pastas alimenticias secas con huevos y pan tostado.
A través del proyecto Happy Goods las empresas brasileñas participan con regularidad en los principales eventos internacionales para negocios del sector. Entre las más tradicionales, se destacan las ferias ISM (Feria Internacional de Dulces y Galletas) y Anuga (Feria Internacional de Alimentos y Bebidas), promovidas en Colonia, Alemania; Gulfood, de Dubái, en los Emiratos Árabes Unidos, y Sial (Salón Internacional de la Alimentación), de París, en Francia. Teniendo en cuenta la apertura de los mercados y más grandes posibilidades de expansión de las exportaciones, las empresas también comenzaron la participación regular en ferias regionales de alimentos y bebidas de más grande relevancia. Se incluyen en este rubro la feria Prodexpo y World Food Moscow, en Rusia; Expoalimentaria, en Lima, Perú; Summer Fancy Food en Nueva York, EE.UU.; Americas Food &Beverage, en Miami (EE.UU.), Foodex en Tokio, Japón; y Sial China, en Shanghái.
Además de la participación en estos eventos, las empresas brasileñas además están presentes en agendas específicas de negocios. De esta manera, cada año participan en ferias en Angola, siguiendo el ejemplo de la Filda y, en Cuba, de la FIHAV, ambas multisectoriales. Estas actividades de promoción internacional también incluyen ruedas de negocios, como las programadas anualmente durante la feria de Apas (Asociación Paulista de Supermercados), considerada el mayor evento de negocios en el sector del autoservicio en América Latina. •
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.