Sem muito alarde, a Dori Alimentos coloca em marcha mais uma unidade industrial, integrada ao complexo da companhia em Marília (SP). Localizada no mesmo distrito onde já possui duas plantas, a instalação ocupa 29,8 mil metros quadrados dentro de um terreno com área total de 159,6 mil metros quadrados. Com esse passo, totaliza agora quatro unidades fabris, sendo três em Marília e uma em Rolândia (PR).
Com a aquisição, a Dori busca sustentabilidade para expandir ainda mais o negócio, que vem apresentando crescimento consistente e em linha com o plano traçado há cinco anos, relata Pedro Lobo, CEO da empresa. A nova unidade, completa ele, será um apoio importante à ala de suprimentos (supply chain) da companhia, contribuindo para que aumente ainda mais a sua participação na cadeia produtiva de amendoim. Segundo dados da Nielsen, repassa o dirigente, o Estado de São Paulo continua sendo o maior produtor nacional do grão e a Dori se posiciona entre os líderes desse segmento no país.
O plano da empresa, com a implementação da nova fábrica, envolve ainda o desenvolvimento de mais itens para o portfólio de snacks e o aprimoramento de tecnologias para expandir o reduto de saudáveis. Para Vitor Barion, presidente do conselho de administração, é essencial investir na diversificação, mantendo a excelência pela qual a Dori é reconhecida há 53 anos no país e exporta para mais de 50 destinos. “Estamos otimistas e confiantes em relação à forma consistente com que temos conduzido os negócios, comenta Barion.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) mostram que o amendoim brasileiro tem aumentado paulatinamente sua presença no mercado externo, em um movimento que, segundo o segmento, tem relação direta com investimentos, como o da Dori, e a adoção de novas cultivares, além da criação do selo Qualidade Certificada Pró-Amendoim. Em 2021, a certificação completa 20 anos de existência, sublinha Renato Fechino, vice-presidente de amendoim da entidade.
Segundo ele, o Brasil exportou 259 toneladas do produto in natura em 2020, volume 30,8% maior que o do ano anterior. Essas vendas renderam US$ 318,9 milhões, ou 38% a mais que em 2019. Os embarques cresceram sobretudo para a Rússia.