Número um do setor de massas e biscoitos no país, o grupo M.Dias Branco reavalia o investimento anunciado em 2016 para a instalação de um parque fabril em Juiz de Fora (MG). O projeto contemplava o aporte de R$ 300 milhões para a construção de uma fábrica, um moinho de trigo e um centro de distribuição (CD), em área já adquirida pela companhia e com início das obras previsto para o início deste ano.”Mas após a compra da Piraquê se fez necessário repensar algumas ações programadas, inclusive a fábrica mineira”, frisa Geraldo Luciano Mattos Júnior, vice-presidente de investimentos e controladoria do grupo. Segundo ele, a empresa contratou uma consultoria para analisar sua estrutura industrial e logística e uma avaliação deve ser finalizada até novembro. Avaliada em R$ 1,55 bilhão, a aquisição da Piraquê envolveu a incorporação de duas fábricas e foi concluída em maio deste ano.
Em paralelo, a M. Dias Branco informa que pretende melhorar a margem de lucro da Piraquê nos próximos trimestres. Sem a operação carioca, o Ebitda (margem antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia foi de 18,9% no segundo trimestre em comparação a 18% em igual período de 2017. Incluindo a Piraquê, essa margem ficou em 18,6%. “A empresa tem despesas altas, mas existem oportunidades para baixar os custos”, avalia Fabio Cefaly, diretor de novos negócios e relações com investidores da M. Dias Branco. Ele acrescenta que a companhia também deve ampliar o nível de verticalização da Piraquê, que se abastece de farinha de trigo de terceiros. “Estamos analisando se custaria menos usar farinha própria”, grifa o executivo, adiantando que o ingresso em novos segmentos com a marca Piraquê, a exemplo de torradas prontas, também está nos planos da companhia cearense.