Depois de anunciar no início do ano a aquisição da Piraquê, o grupo M.Dias Branco sinalizou a pretensão de manter a família Colombo, fundadora da marca de biscoitos, no quadro diretivo da companhia. Segundo comunicado do grupo cearense a compra de 100% da empresa fluminense de biscoitos foi fechada pelo valor de R$ 1,55 bilhão. “Após o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) se pronunciar sobre a aquisição, vamos conversar para saber se a família Colombo tem interesse em se manter na gestão. “Queremos a continuidade da Piraquê”, frisa Geraldo Luciano Mattos Júnior, vice-presidente de investimentos e controladoria da M.Dias Branco.
Fundada pelo empresário Celso Colombo, já falecido, a Piraquê vinha sendo administrada por seus herdeiros com anuência da família Ometto, sócia investidora da companhia, que sai totalmente do negócio. “A Piraquê é muito bem gerida e, portanto, nosso interesse é manter a marca da melhor maneira possível”, assinala. Com cerca de 70% de sua receita gerada no Nordeste, a M.Dias Branco avaliava opções para fortalecer sua posição no Sudeste. E a Piraquê foi considerada a melhor, explicou Mattos, acrescentando que, por conta da geração de caixa excedente, a companhia vinha sendo pressionada por investidores a fazer uma aquisição. “A negociação foi para dar resposta aos investidores. Vamos usar o excesso de caixa e analisar outras oportunidades, mas dificilmente a curto prazo será feita outra aquisição, embora a empresa permaneça de olho”, grifa Mattos.