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Licenciamento trilegal

Controlada da Florestal Alimentos, a gaúcha Boavistense mata dois coelhos com uma só cajadada ao fechar três megalicenças para a sua linha de candies e iniciar o embarque dos produtos para os Estados Unidos. Assim, inicialmente ilustrações do arrasa-quarteirão Procurando Dory, da Disney; da Liga da Justiça, da Warner Bros. e do desenho My Little Pony, da Hasbro, enfeitam a linha de pirulitos planos da marca, repassa Adriano Orso, gerente de marketing da Florestal. “É um importante passo para a empresa comprovar o seu padrão de qualidade e, com isso, ganhar espaço nesse grande e potencial mercado”, comenta o executivo. Para ele, os personagens desfrutam de alto reconhecimento de público, sacada que permitiu à marca fechar acordos com grandes operadoras, viabilizando a distribuição dos pirulitos por todo o país.

A marca Boavistense conta atualmente com 170 itens no portfólio e exporta seus produtos para mais de 60 países. Neste ano a empresa está completando seis décadas de atuação no segmento de doces.

Firmeza no atacado

Apesar das dificuldades enfrentadas pela economia em todas as frentes, dados recentes mostram que o setor atacadista manteve a média de crescimento de 7-8% ao longo do ano. Com esse patamar, considerando a queda da inflação, os atacadistas preveem saldo positivo no fechamento de 2016. Pesquisa da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), apurada pela FIA/USP (Fundação Instituto de Administração/Universidade de São Paulo), aponta crescimento do faturamento do setor atacadista distribuidor de 7,68% entre janeiro e setembro, em termos nominais. Na comparação com setembro de 2015, a alta foi de 2,39%. Já em relação ao mês de agosto, houve queda de -2,24%. O levantamento leva em consideração o faturamento de um conjunto representativo de empresas que fornece números preliminares sobre o setor.

Em termos reais (deflacionados), o faturamento ainda sofre o impacto da inflação acumulada em 2016. Houve queda em todas as bases de comparação em setembro: -1,49% no acumulado do ano; -5,61%, em relação a setembro de 2015, e -2,32%, versus o mês de agosto.

“A média de crescimento nominal acumulada no ano vem se mantendo entre 7-8% e, se a inflação continuar a tendência de recuo, apresentada nos últimos meses, teremos condições de fechar o ano com um crescimento mínimo”, considera José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Abad. A expectativa da associação, ele conclui, é encerrar o ano com alta de 1% no faturamento em termos reais.

Chocolate estrelado

O chocolate brasileiro ganha cada vez mais espaço no cenário global. Prova disso são os destaques alcançados nas competições pelo mundo afora. Em outubro, o International Chocolate Awards, promovido em Londres, concedeu medalha de bronze ao tablete Serra do Conduru 80% Cacau, da catarinense Nugali Chocolates, que utiliza cacau cultivado nos sopés dessa serra baiana, conferindo ao tablete de 85g um sabor naturalmente adocicado, com predominância de aromas frutais e cítricos. Única marca brasileira na categoria chocolates puros, a Nugali disputou com outros 1.700 produtos, a maioria de países com tradição em chocolates de qualidade, como Bélgica e Suíça.

Em junho, o Serra do Conduru 80% Cacau participou da etapa regional dessa premiação, nos Estados Unidos, concorrendo com os melhores das Américas, Ásia e Pacífico. “É a confirmação de que nossos produtos realmente se destacam entre os melhores chocolates do mundo”, frisa Ivan Blumenschein, diretor de produção da Nugali.

Campeão gaúcho

Reconhecida nacionalmente, desde 1984, como uma das mais importantes láureas do ramo supermercadista, a premiação Carrinho Agas, da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), destaca os melhores fornecedores do ano de diversas categorias. Em 2016, a Florestal Alimentos foi pela quarta vez destaque na categoria Fornecedor de Balas e Doces.

A cerimônia de premiação com entrega de Troféu Carrinho Agas foi realizada na noite de 28 de novembro na Casa NTX, de Porto Alegre (RS). “É o reconhecimento ao trabalho e dedicação da nossa empresa e à eficiente cobertura da equipe de vendas orientada ao canal supermercadista no Rio Grande do Sul”, sintetizou Mauricio Weiand, diretor da Florestal.

Vaca mecânica

Supridora de aromas e insumos para alimentos e bebidas, a Duas Rodas firmou parceria com a Itambé para o desenvolvimento da linha Selecta Lac, de compostos lácteos que substituem o uso do leite em formulações de confeitos e sorvetes. Hilton Siqueira Leonetti, diretor comercial da Duas Rodas, ressalta entre os diferenciais da novidade a alta capacidade de homogeneização e excelente relação de qualidade e preço. “O composto vai ampliar a competitividade nos mercados para os quais ele foi desenvolvido”, assinala Leonetti.

Para Ricardo Cotta, diretor de novos negócios e relações institucionais da Itambé, o projeto confirma o domínio tecnológico e expetise das equipes de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das duas companhias. Elaborado a quatro mãos, o novo Selecta Lac terá comercialização exclusiva da Duas Rodas, com produção e distribuição a cargo da Itambé.

Desafio na rede

A Guarani, controlada do grupo Tereos, coloca no ar a campanha Doce Desafio, que reúne nomes importantes da gastronomia brasileira em auxílio à ONG Banco de Alimentos. Foram convidados para a ação as youtubers Ju Ferraz, do TPM Pra que Te Quero; Tati Romano, do Panelaterapia; Tata Pereira, do Arte Culinária; Gabriela Rossi, do Blog do Bom Gosto; Sandra Matarazzo, do Receitas e Temperos; Francielle Nogueira, do Vai Comer o Que? e Carol Thomé, do Cozinha para 2. Elas foram desafiadas a ensinar, em seus canais no YouTube, uma receita de doce harmonizado com café e açúcar Guarani para conquistar os 10 mil compartilhamentos, que serão revertidos em uma doação de R$ 10 mil para o Banco de Alimentos. Há mais de 18 anos, a ONG atua no combate ao desperdício de comida e reduções os efeitos da fome, levando alimentos para 40 instituições e mais 22 mil pessoas por mês.

“A Guarani tem atuado de forma muito incisiva nas questões de sustentabilidade e essa ação reafirma esse compromisso, coma ideia de ajudar a promover as ações do Banco de Alimentos, trazendo ainda mais engajamento para a causa de redução do desperdício de alimentos no mundo”, sintetiza Gustavo Leite Segantini, gerente de marketing e produtos de varejo da Guarani.

Os vídeos são disponibilizados na página do Facebook do açúcar Guarani e no site guaranimaisqueacucar.com.br todas às quintas-feiras. O avanço dos compartilhamentos pode ser acompanhado pelo site guaranimaisqueacucar.owinteractive.com.

Reforço à boa forma

Nacionalmente conhecida no varejo de alimentos e bebidas, a Ajinomoto do Brasil ingressa no segmento esportivo com a marca AminoVital Gold. Os produtos da linha encorpam o portfólio mundial focado em nutrição esportiva especializada do grupo japonês, que conta com cerca de dois milhões de consumidores em todo o mundo. A estreia local de AminoVital Gold também celebra o 60º aniversário da empresa no Brasil. Durante os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a companhia lançou uma versão especial de AminoVital Gold para complementar a alimentação dos atletas olímpicos do Japão. Logo após a boa participação da delegação japonesa nas Olimpíadas, o produto foi disponibilizado ao público em geral e aos praticantes de esportes ao redor do mundo, relata Eduardo Yamanaka, gerente da divisão Amino Science, da Ajinomoto.

Segundo ele, o produto oferece nove aminoácidos essenciais, que não são produzidos pelo organismo e devem ser supridos por meio da alimentação. “Trata-se de um alimento que fornece uma combinação de aminoácidos essenciais isolados, sem o aporte excessivo de calorias, gorduras ou carboidratos”, detalha Yamanaka. Sua composição exclusiva, completa ele, também permite a absorção mais rápida dos aminoácidos pelo organismo, levando aproximadamente 30 minutos.

Apresentado em sachês individuais, o AminoVital Gold pode ser diluído em 200 ml de água ou ingerido diretamente pela boca. A recomendação de consumo é de um sachê ao dia e, para praticantes de esportes, ele pode ser consumido logo após a atividade física. Inicialmente, o produto será distribuído exclusivamente por e-commerce, no site www.aminovital.com.br, com entregas para todo o Brasil. Cada embalagem contém 14 unidades e tem preço sugerido de R$ 125,00.

Moinho moderno

A Bunge Brasil aciona neste fim de ano o novo Moinho Fluminense, transferido do centro do Rio de Janeiro para Duque de Caxias (RJ). Com investimento de R$ 500 milhões, a empresa construiu em dois anos uma unidade greenfield, isto é,  totalmente automatizada, desde o recebimento da matéria-prima, passando pela classificação e beneficiamento dos grãos, até o monitoramento e controle dos equipamentos de moagem e envase, repassa Raul Padilla, presidente e CEO da Bunge Brasil. “Para se ter uma ideia, em todo o mundo, existem apenas 20 equipamentos similares ao que realiza o envase da farinha de trigo no novo moinho”, frisa o executivo. O empreendimento abriga ainda um Centro de Distribuição (CD), com sistema de acionamento dinâmico e capacidade para armazenar 6.600 toneladas (t) em uma área de 7.000 metros quadrados.

A Bunge começou suas atividades no País no negócio de trigo e ainda hoje o segmento é uma das prioridades da empresa no Brasil e no mundo, comenta Padilla. “Somos líderes no mercado brasileiro de moagem de trigo e, com essa nova unidade, fortalecemos e consolidamos nossa posição”, assinala. O Moinho Fluminense tem capacidade para moer mais de 600 mil t de trigo por ano, volume que representa aumento de mais de 50% sobre o que era processado na antiga estrutura. O prédio que abrigava o antigo moinho foi desativado para a construção do Porto Maravilha, levando a empresa a se instalar em novo endereço. Com a mudança, a Bunge ingressou em uma nova era da moagem de trigo no Brasil, ampliando a capacidade com a incorporação de conceitos de automação industrial no processamento de trigo e o emprego de uma tecnologia ainda inédita no país. “Ela permite melhorias nos níveis de produtividade, eficiência energética e segurança alimentar, ampliando a qualidade do produto final”, destaca Francisco Ganzer, diretor de trigo e ingredientes da Bunge Brasil.

Vai deixar saudade

Dona das marcas Häagen-Dazs, Nature Valley e Yoki, a americana General Mills colocou em marcha a reestruturação, que inclui o fechamento até o fim do ano das fábricas da Yoki em Marília (SP) e São Bernardo do Campo (SP). Em comunicado, a companhia informa que a produção mariliense está sendo descontinuada. A unidade chegou a produzir  30 mil toneladas mensais de confeitos à base de amendoim, como paçoquinha e doce de amendoim. As linhas de produção no ABC paulista, por sua vez  estão sendo transferidas para as fábricas de Cambará (PR), Nova Prata (RS), Paranavaí (PR) e Pouso Alegre (MG).

Além da Yoki, a General Mills detém no país a CPW, uma parceria com a Nestlé para produção de cereais matinais, com unidades em Caçapava (SP) e Feira de Santana (BA). A companhia também importa outras linhas dos Estados Unidos e, no ano passado, anunciou a compra da fabricante paranaense de iogurte Carolina.

Segundo a empresa, as vendas para a América Latina tiveram queda de 19% no ano fiscal encerrado em maio passado, somando US$ 709 milhões. No ano fiscal anterior, as vendas na região também tiveram queda de 14,4%, para US$ 87 3,1 milhões. A piora é associada ao impacto da variação cambial e do enfraquecimento das vendas no Brasil devido à recessão. Dados da Euromonitor International mostram que a General Mills detém no Brasil 7,3% de participação no segmento de salgadinhos, 4,6% de participação na categoria de molhos e temperos e 5,3%, em sopas instantâneas.

Visual astral

Para comemorar os 70 anos da marca, a Estrela decidiu renovar a sua identidade visual. Revitalizadas, a logomarca e as embalagens de uma das mais tradicionais marcas de massas e biscoitos do Norte e Nordeste podem ser conferidas nas gôndolas desde o início de novembro. “Procuramos preservar a essência da atuação da marca nesses 70 anos, porém com uma roupagem moderna e alinhada às tendências atuais do mercado de alimentação”, comenta Márcio Holanda, gerente de marketing da empresa, controlada do grupo M.Dias Branco.

Com um portfólio encorpado por mais de 30 itens, a Estrela sobressai na cena de guloseimas pelo mix de biscoitos sortidos (cream cracker, água e sal, maria, maisena e rosquinhas), recheados e wafers, com licenciamentos de personagens da Disney. Sem mexer na formulação, os demais itens da marca terão atualizadas a identidade visual ao longo desse semestre, avisa Holanda.