Referência global na fabricação de chocolate, a americana Mars ordenou em fevereiro a retirada das barras Mars, Snickers, Milky Way, Celebrations e Mini Mix produzidas na Holanda das lojas de 55 países, após um pedaço de plástico ser encontrado em uma barra de Snickers na Alemanha. A subsidiária brasileira informou que o recall dessas linhas não envolverá o Brasil, porque a Mars importa para o mercado doméstico apenas itens fabricados na América do Norte. A autoridade de segurança alimentar holandesa alertou que o pedaço de plástico encontrado no produto poderia levar à asfixia. Por isso, a companhia decidiu fazer o recall de todas as linhas produzidas na mesma fábrica de onde saiu o lote da barra de chocolate. Os lotes referem-se a itens fabricados entre 5 de dezembro de 2015 e 18 de janeiro de 2016, rotulados como produzidos por “Mars Holanda”/”Mars Netherlands”.
Assim, uma verdadeira operação de guerra foi colocada em andamento nos 55 países da Europa e Ásia para retirada dos chocolates da Mars. Rastreabilidade e segurança do consumidor são os conceitos de automação que a empresa está usando, já que é uma das mais de 1,5 milhão de associadas da organização global GS1 e tem em seus processos a padronização orientada pela entidade. Embora os produtos em questão não tenham chegado ao Brasil, por aqui tanto a iniciativa privada quanto o poder público estão atentos ao processo de rastreabilidade de alimentos com base em padrões de identificação bem definidos. Padrões globais de identificação e do código de barras GS1 são as principais ferramentas que auxiliam produtores de alimentos no cumprimento da nova norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a resolução RDC 24/2015 – rege o procedimento de recall de alimentos no caso de risco à saúde da população –, em vigor desde dezembro passado.